TRUE LOVE
AMOR VERDADEIRO
SELEÇÕES DE OURO
Os créditos de copyrihts das obras contidas neste volume estão discriminadas à ultima página. Todos os direitos reservados. Salvo por autorização expressa, é proibida a reprodução integral ou parcial dos textos que compõem este volume. Impresso na Itália (Veneza). O logotipo deste, foi-me autorizado pelo responsável direto.
Lei e decreto discriminados em parte na ultima página.
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Autor: Anthonny G. Ramos
(Tonnypoeta)
ATOS DO AUTOR
(Tonnypoeta)
ATOS DO AUTOR
Este romance fez com que eu conhecesse um pouco mais sobre a cultura do exterior, e um pouco mas de minha cidade natal, São Gonçalo do Sapucaí. Sempre me interessei por diferentes culturas, e esta mais uma vez vem formar minha opinião sobre tal escritos. Costumes...Principalmente quando se fala de amor verdadeiro, amor intermitente, amor sem travessão, amor paixão que nunca acaba, amor que se entrega...que se é embriagado pelo mundo, se espalha com o vento. Amor sem fronteiras. Amor qe não se vende...Amor sem fim. Amor verdadeiro. Feito, eu e você.
AMOR VERDADEIRO
Antes sonhar...
Dez de julho de 1960.
Oficialmente, porem e na falta de documentos mais detalhados foi adotado o município de São Gonçalo do Sapucaí. Datado na época de dois de março de 1743. Tem todo um aparato deste lugar. Contados até os dias de hoje como pacata de clima amigável. Assim é São Gonçalo do Sapucaí. Desta forma tornou-se um núcleo populacional oficialmente reconhecido. Em março de 1943, foi comemorada a sua fundação. Com seções cívicas e religiosas. Tendo havido grande entusiasmo de toda a sua gente. O dia 31 de maio ficou datado o aniversario da cidade. Era acometido o selo dado Lady Laura, sua moradora das mais ilustres, embora não se deleite deste titulo como forma de honras e sim, pelo visto de que fora criado desde menina, vinda de uma família de aristocratas instalados nos primórdios da construção de São Gonçalo. Hoje já em idade madura digamos assim, Lady Laura e tida como a Condensa de Monte Verde e situada em São Gonçalo, ela da palestras sobre cada pedra de São Gonçalo e Monde Verde, ambos a mesma coisa seria não fosse um mais velho que o outro. Há os que dizem viúva de Monte Verde.
Vinte de julho de 1960.
Os ventos sopravam pelas encostas da cidade Italiana. Quem me as de ler, sabe do que digo. Veneza é o topo do mundo turístico. Uma exibição de Artes. Quem não conhece a coroa dourada de Veneza? Os filmes, as gôndolas descendo o rio. Veneza fica na região de Veneto.
A classe turística da Itália. Onde o fluxo de turistas é intenso. Breve foram os minutos em que estivem aquele que seria o sonho de Lady Laura. Uma pessoa de abrilhantada pela gleba Sapucaiense.
Após a sua idade matura digamos assim, ela quer conhecer Veneza. Vive desde quando nasceu em São Gonçalo do Sapucaí. Viúva faz cinco anos, desde lá pra cá, vive com seu filho Bentho Benedetto. Trinta e cinco anos, formado em engenharia civil. Casado há dois anos com Suellen Sales, a filha do maestro Henrico Sales e escrivão da cidade de São Gonçalo. Mas, no entanto, era preciso uma fortuna pra alcançar este sonho. Mil dólares eram preciso. Desde os tempos de menina, Laura ouve da boca de emigrantes italianos sobre Veneza dos poetas. Dos pintores como Picasso, Salvador Dali e Miró, mestres da pintura mundial. Entre muitas outras expostas em museus de Veneza. É um amor visitar a Itália tão famosa por suas arquiteturas seus afrodisíacos parques e encantos! Estar em Veneza! Amar os passeios de gôndolas pelo centro da cidade. Quem não gostaria? Este era o sonho de Lady Laura. A cidade chama atenção pra si, quando esta e de idade milenar. Artistas não parar de chegar de todo mundo desfrutar deste encanto que é. Um bom lugar pra um passeio a dois. Veneza venerada pelos deuses do cinema. Terra Nostra. Veneza acumula séculos de historias. Não muda jamais, o espaço fisicamente imutável. Suas ilhas inteiramente ocupadas por construções antigas. Erguidas há muito tempo. Daí a sensação de Que a cidade parou no tempo. Tudo permanece em constante mutação. Por enquanto Laura sonha acordada, pois depois que seu esposo ter feito uma viagem que assim podemos dizer, e não há de voltar bem o sei em vida, se, pois jaz deste mundo. Os amigos acharam que deveria sair ser feliz, amar, ter a sorte de encontrar outro amor.
Vinte e cinco de julho de 1960
- Quem sabe? E porque não? Veneza não é lá tão distante!
Talvez encontre um viúvo rico e...
Disse ela olhando para o riacho que corre ao fundo de sua morada. Embora tenha sonhos diversos, como estar numa noite de verão em Veneza, em um daqueles restaurantes de renomado gosto. Falo de Veneza com carinho de quem lá viveram anos a fio poetas famosos. O sentimento, o amor e o desejo de estar apaixonado, assim é Veneza. Ao que parece ser inspirado pela paisagem, navegar pelos estreitos rios milenares. Para celebrar a tradição do lugar. É um mundo mágico! Esplendido. Diversas atrações prendem seus olhares milhões de vezes, a força da beleza inesquecível trás um clima saudável a quem por Veneza parar. Alias o que se pode dizer da Itália é que é com certeza Veneza dos prazeres adversos. Museus, pontes, ilhas ambas iluminam as noites que as tornam românticas. Laura mora numa casa ao norte de São Gonçalo do Sapucaí. Quem não a conhece? Fica perto de um riacho de águas límpidas, que corta parte das terras de Laura. Pouco mais que uma casa comum, ela é construção antiga, seu piso, na maioria são de tabuas corrida. As janelas e portas são de madeiras coloniais. Na frente, um jardim, onde Laura faz questão de estar sempre. Seu quarto na cor bege, e pêssego, o teto branco e poucos quadros nas paredes. Ainda maior do que se pode imaginar! É o restante de sua morada. Moras com ela, duas amigas que trabalham no albergue, são divertidas, e estão sempre passando férias fora de São Gonçalo. No que se pode averiguar Laura esta sempre só. Doze seus cômodos. Uma sala ampla para receber os amigos, dos quais ela tem aos montes. Às vezes falamos de alpendres e muita gente, nem sabe o que é um, Talvez tenha um em casa! Mas não se usa. Vêem a lua doutos ângulos.
Existe um lugar reservado, aonde ela adora estar. Ao fundo, perto da churrasqueira, sentada ao balcão de seu bar particular, embora não tem oficio de beber, mas é ali, olhando para a pequena de águas azuis, é que seu tempo passa despercebido. De seu alpendre, avista a parte privilegiada de São Gonçalo. A rua dos romeiros 51 é sua morada. Muitas flores adornavam-na. A cidade encantada. Quando se pode sair, ela vai à lagoa de uma cidade vizinha fazer um ritual pelas manhas. Aos domingos vai a um conglomerado turístico Monte Verde, contar historia aos turistas que por lá não se sabe viver sem a brilhante pessoa que é Lady Laura. Tinha ela carinho por animais de estimação. Um gato siamês era de ter um dia! Sua vontade era estar com ele nos braços, se banhar nas fontes eternas de Veneza, ao lado duma daquelas tantas estatuas espalhadas pela cidade. Outro dia, Laura, saiu de casa para ver um amigo Martins Vignoli, artesão, que faz a vida numa daquelas calçadas do mercado central de sua cidade. São Gonçalo do Sapucaí é uma pacata cidade Mineira, fica mais perto de Sampa do que de beaga. Ela e seu amigo artesão se dão muito bem. Laura chega e o encontra de cabisbaixo e logo trata de dar um jeito de animá-lo.
Vinte e nove de julho de 1960
- Meu amigo? Que passas ô?
- Ola Lady Laura! Hoje esta um dia daqueles! Antes ficasse em casa!
Meus quadros merecem um ateliê mais requintado, mas sem um investimento não surgem os frutos.
Quem sabe um dia não vai para Veneza comigo?
- Sei disto meu amigo! Mas a vida não esta nada mole! Eu dou duro pra cuidar de minha casa, E ainda trabalhar no albergue de Monte Verde.
Não se faz gentes elegantes como em Veneza! Lá sim, é que é lugar de viver.
Quería estar la!
- Oras mi Lady! Siempre soñando! Me gusta mucho os pesares desta vita maluca ter sonhos assim.
Acaso pensas ir al? Solo?
- Que me as de ser? Se me esta difícil encontrar um vechio pra enamora-me!
Os homens de bem sumiram! Os galanteadores morreram com um Pablo Neruda da vida, se perderam no tempo. Homens dos tempos românticos se foram pelos rios quem corre os estrumes dos ignorantes e desprecavidos homens modernos.
- Eu sempre tive os pés no lugar! Quero agora te-los nas nuvens.
Venha mi Lady, vou lhe pagar um chá.
- Certo! Mas depois...
Depois vamos encontrar pra você um ateliê digno de seu trabalho. Sonharemos junto, meu amigo. Buscaremos a fonte de tudo isto que muitos encontram e só nós que ainda não encontramos.
- Verdade minha amiga! Vamos então?
- Sim.
Vou deixar meu carro no estacionamento e já volto.
Não tarda e ela chega com uma bolsa a tira-colo.
- O cartão de crédito e um pouco de economia não se pode fazer muito!
Mas dá pra um chá a dois.
Opa!...
Trinta de julho de 1960
Ela se dispõe a pagar a primeira rodada. Depois saem em busca do então ateliê. Poucos metros dali eles encontram uma loja pra alugar. Mas quando encontram algo de bom, é caro e zona sul. Mas Lady Laura não desiste em procurar o proprietário, este encontro fica pra depois, pois Fred não se encontra. Chama-se Fred. Senhor Frederico Giacono. Neste momento esta na casa de sua filha Helen Giacono. Casada com Jorge, um joalheiro falido. Este ficava no aguardo do testamento do sogro pra se dar bem na vida, quando este já dizia ser eterno quanto às estrelas, não haveria de morrer e lhe dar este gosto, sem que antes tenha uma vida melhor encontrada. Fred tem suas economias para futuro, e já com a idade entre cinqüenta e dois anos. Um tanto novo ainda pra se queixar das dores dos anos e com problemas de resfriados, tem diabete, toma seus remédios e esta sempre se lembrando de que uma hora desta, ele se vai. Seus cinqüenta e dois anos, já trás a idade as marcas do tempo. Sabe que não é mais um garoto. Espera deixar pra sua filha as propriedades, e sua aposentadoria. Avaliada sua fortuna em pouco menos de um milhão de dólares. Vive numa pequena mansão na zona sul de S.Gonçalo. Numa das ruelas menos movimentadas em um condômino, de classe media alta. São na verdade aonde a burguesia reside. Condomínio de Miró. Salão de festas elegantes, aonde recebe as damas da maior estirpe Sapucaiense já vista. Há de encontrar lá uma dona que o fará feliz. Acredita-se que tem seus dias poucos de vida, embora não o digas a quaisquer um. Lady Laura, poderia ser a esposa ideal, senão a distancia entre eles não fosse aqui registrada, que era tamanha. Tinha ela também o desejo de ser continuar a ser só. O medo de ter alguém era estampado no rosto. Lady Laura é a elite, a sabedoria de mulher conselheira, e amiga de todos os momentos. Quem não a desejava em São Gonçalo! Não houve audacioso o bastante para tal.
Ela tem um pouco disto tudo! A elegância no andar ate mesmo o riso largo, os olhos verdes,
cabelos aloirados e cacheados. Tem o tamanho de mulher brasileira alienada a italianos. Atraente,
poderia assim dizer. Cuida dos afazeres da matriz desde os tempos de faculdade.
Tocava o piano nos casamentos. Era convidada, vivia da musica que trazia na calda daquele piano que seu esposo,
que Deus o tenha. Sua aposentadoria só dava pra alimentar seus pequenos desejos e nunca o de ir até Veneza.
É caríssimo um passeio deste tipo. Esperava um dia encontrar um grande amor que lhe desse este presente.
Ou que seu filho Bentho ficasse rico com seus dotes profissionais lhe desse este gosto.
Já desde pequeno, era instruído pelo pai na profissão. Mulher do tipo de Lady Laura, nos dias de hoje,
só em telenovelas! Se bem que conheço varias na classe media alta da sociedade.
Poderia descrevê-las, mas não o faço por algum esquecimento acometer equivoco.
Cinco de agosto de 1960.
- Adoraria ficar de falas com você Martins, mas... Marquei de encontrar-me com meu filho!
Ainda hoje me apresento ao dono do
estabelecimento que te falei, depois lhe
digo. Faz dias não o vejo!
E minha nora? O que pensarias de mim?
Uma sogra desnaturada?
Não quero esta marca pra mim.
Disse a Martins e se foi.
Tão logo que Laura chega à casa de seu filho, à frente ao apartamento, e no estacionamento,
uma família acaba de entrar, um garoto com cara de poucos amigos desce do carro enquanto seus pais entram no prédio.
Laura nunca foi eximia manobrista, nem sei se tinha carta, mas tenta a todo esforço entrar numa minúscula vaga no estacionamento.
Ela dá uma ré e amassa o pára-choque do veiculo. O garoto vê e quando este se aproxima pra ver o estrago.
- Quem manda não saber estacionar? Com tanto lugar, este metido quer tomar tudo pra si.
- Este carro é do meu pai!
Disse um garoto que estava por perto.
- O que? Pois então diga pra o seu papai querido que...
Não diz nada! Na verdade você nem me viu. Bico calado se não!...
- Esta bem! Nada direis, mas e se minha mãe me perguntar? Quer me colocar de castigo? Ela é muito brava e...
- Fique calado nada digas a ela! Ainda não aprendeu com a política deste país?
Nada se viu nada se vê. Caso contraria minha vontade, eu mesma te colocarei no castigo.
- Esta bem minha senhora! Nada sei! Tampouco do que diz sobre os políticos.
Sou um garoto ainda e...
- Ops! Melhor não saber mesmo!
Nisto o elevador se aproxima e Laura sobe para o terceiro andar.
O garoto mora no mesmo prédio, era filho de Helen Giacono.
Seu apartamento fica do outro lado, de Bentho, filho de Laura.
Laura entra, bate a porta bem devagarzinho enquanto é observada pelo garoto.
Sete de agosto de 1960.
- O que foi mãe? Parece-me estar tensa!
- Que nada Bentho! Estive atarefada por estes dias, tentando encontrar um gato perdido no Monte Verde.
- Esta bem! Se for isto que diz
Tomas um chá comigo e Suellen?
- Aceitarei com gosto meu filho!
Deveras estar uma manha de muito frio nestes últimos dias de julho, entrando para agosto, logo virá vento frio por ai.
Não demora e Suellen trás a Laura uma xícara de chá com toradas fresquinhas
Tal foi o movimento que se dava lá fora quando o dono do carro de pára-choque amassado vê
E culpa sua mulher de não saber dirigir.
- Que eu tenha feito isto, não o sei! Sai com este carro pela tarde, fui ao cabeleireiro e depois a uma loja de roupas de verão. Nada senti bater, ou tampouco bati nalguma coisa.
O garoto que vira tudo, nada pode este fazer. O castigo prometido, embora Lady Laura não o fizesse, por se tratar de uma dama de preceitos.
Tinha medo de denunciá-la aos pais.
Ficou o dito pelo não.
O carro foi à oficina, ao cabo de que era apenas um pequeno arranhão.
O prejuízo ficou ao dono. Sem que este soubesse a verdadeira razão.
Dez de agosto de 1960.
Poetas nunca morrem!
Assim da-se inicio a uma palestra no salão principal do Monte Verde.
Frederico Giacono. Professor de literatura internacional. Acaba de chegar de Veneza, fez uma breve pausa para dizer sobre a Collezione Peggy Gunggenheim expõe um acervo em toda a Veneza, considerada um tanto quanto exótica, com obras de grandes pintores, tais eles como, Picasso, Salvador Dali e outros mais. Obras inéditas de poetas como Neruda, Machado de Assis.
- É o que diz os tempos.
Uma senhora de traços finos ergue o som da voz no salão, as pessoas se voltam pra si.
Disse;
- Conheci vários poetas, muitos deles, e os guardo na mente. As suas palavras, suas poesias e seus sonhos de vida. Os poetas são tão eternos quanto seus corações. Os poetas! Ah! Os poetas imaginários. Férteis são seus olhos, seus pensamentos, sua maneira de se vestirem e agir.
- São excêntricos por natureza.
Interfere Frederico.
Ela continuou
- Mesmos não querendo... São assim. Pena que o mundo ainda não decifrou seus enigmas! Seus meios de verem a vida. Ah!... Os poetas, estes meros coadjuvantes de destinos incertos.
Terminou a palestra e a convite de Frederico, Laura lhe faz companhia a um demorado lanche ao pé duma mesa redonda na beira duma lareira ao fundo do Hotel. Do qual aceitou com bom gosto a conversa. Ao fundo ouve-se o murmurar das pessoas dizendo que a condensa de Monte Verde, é bem capaz de fazer tais conjunturas aos palestrantes. Nem tanto pela curiosidade, mas pelo que se é permitido ousar.
- Olhe... Como se chama mesmo?
- Laura Flayng. Formada na Universidade de Amsterdam, em psicologia. Conheço cada passo deste chão poeta, li seus olhos, seus corações, poemas e contos. Fui esposa de um.
Deixaram-me dois belos presentes, filhos da poesia. Bentho. A gente era e sabia ser feliz. Eternizei este amor.
Dizem que faço parte do acervo deste albergue em Monte Verde. Rsrsr.
- Continuamos as descobertas.
Disse Fred.
- Nada se passa por acaso, nada se cria por criar, não se ama só por amar. Tudo na vida tem um por que. Um peso sem medidas. Tem um querer mais querer, tem um cheiro de mais querer. Tem um gosto mais gostoso quando se ama, quando se quer bem querer. Quando se beija mais beijar. Quando se faz a diferença... Quando vê o mundo com outros olhos. Querer-se bem.
- Olhos de lince?
Não é assim que os poetas vêem? Se você é um deles... “Vê com olhos de lince” e a cada momento em suas vidas uma poesia surge do nada! Do falar, do pensar. Você é assim?
Tem antenas imaginarias?
Perguntou Lady Laura;
- Não Laura! Sou poeta por natureza, tenho os pés ao chão e a mente no coração. Olhos voltados ao mundo, vidrados com as estreitas trilhas do destino.
Venho duma estirpe de poetas em que vê além de um todo, o mundo com bons olhos.
Vivido por países distantes, conhecedor doutas almas.
- Doutas almas?
Como assim meu poeta?
Oh! Desculpe-me! Às vezes esqueço com quem falo! Os poetas têm seus palavreados diferenciados. Quem não os entende?
- É um mundo em que se ama de corpo e alma aquilo que se faz.
Já ouvi dizer, que são solitários! Que são pensativos sempre. Aonde a palavra pertence ao coração.
Um momento a sós com um poeta...
Deverias não seria demasiado tempo de conhecê-lo.
Apertou-lhe as mãos e as beijou, seguiu-se em pausa de silencio entre eles. Um chá não seria o suficiente pra se conhecerem ambos.
- Parece-me que não. Sou duma era em que os homens vieram a pedir delicadamente a uma dama a sua mão antes mesmo de um pedido em casamento. É mais demasiado familiar. Não achas assim? Também com as poesias?
- Não me vejo assim mi Lady! Nem sempre somos, ou vivemos desta obsessão pela poesia. Temos sim os nossos momentos excêntricos. Mas não os chegam ser solitários poetas. Às vezes somos desejos de eternas paixões. Asas são pra voarem, se não os fosse Deus não as dariam aos pássaros. Como dizer duma inteligência omitida?
Omissão é pecado se não o sabes! Não deixar fluir a mente de um escritor... Pode estar contribuindo para o seu decline de vida. Ao pé que se diz com todas as letras; deixe o pássaro cantar seu canto, deixe o poeta a inspirar seus versos. Deixe o amanha nascer. O rio seguir seu curso. Afinal todos os rios correm mesmo para o mar.
“A fé sustenta o mar.”...
O rio sustenta o mar.
O mar cria os peixes.
Os peixes sustentam os homens.
Os homens sustentam a vida.
É a vida sustenta a alma.
Nós somos as almas deste mundo.
- Você é solteiro? O que faz na vida?
Alem de dar palestras? E ficar poetando por ai!
O que mais faz?
- Sou professor aposentado. Vivo do meu passado.
Tenho uma filha que mora aqui na sua cidade! Um ou outro imóvel pra ter com o que viver.
Nada mais. Esta filha me veio de um primeiro casamento, namorei outras mais. Enfim estou só. Não sei se... Bem...
A idade vem chegando e...
- A idade vem e tão logo se vai! Não é assim que queria dizer?
- De certa forma que sim! Eu queria uma mulher que ao pé do sentimento deste coração, fosse capaz de amar sem que a idade, fosse uma barreira. Que ao pé duma amizade, seguisse a ter uma relação mais profunda.
Devo ir agora... A Hellen me espera!
- Com licença – ele disse a ela e se foi.
Deixe-me passar, por favor.
-Ligue para mim assim que a noite cair!
- Lembrar-me-ei disto!
Toda esta razão, com efeito, as foram ditas. Fred não imaginava que seu destino era previsto. A razão é o cérebro agindo direto ao coração.
Um gesto é nada mais deveria acontecer, senão o obvio.
- Acaso você é o pai de...
Hellen? Será a que conheço em São Gonçalo?
- A conhece então! É minha filha.
- Estive antes de ontem a sua casa!
Procurei-a para alugar-me uma loja na área central pra um amigo meu e...
- Esta alugada!
- Mas me disseram que estava por ser alugada e...
Esta desde já alugada pra você Laura.
- Mas como se não nos contratamos?
- Façamos um negocio! Você aluga e depois que tiver os lucros, combinaremos um preço adequado.
- Esta bem.
Tão logo chegarmos, irei até a loja ver se não precisa de uma pintura nova.
Agora tenho mesmo que ir.
Tem uns turistas chegando de Los Angeles e devo fazer-lhes companhia.
Encontramo-nos em São Gonçalo há qual dia?
- Pode ser no sábado pela manha, se hoje ainda é quarta-feira.
- Pode ser! É mesmo o dia em que me encontrarei com Martins.
Aquele amigo que te falei.
- Combinado mi Lady!
Os sentimentos acabam comigo
Um caminho não é pouco, mas será ilusão dos meus olhos?
Aonde foram parar os sentimentos que me acabam de revelar Trespassará minh’ alma uma flecha, se não é este meu destino.
Pensou Frederico.
O que eras pra ser uma manha de chá haveria de se tornar mais tarde em algo mais serio.
Suspirou Fred. O amor é um caminho sem volta, só quem ama sabe do que digo.
E ela se foi. I thrink about you all the time.
Frederico escreveu neste mesmo dia a Veneza, sobre a magia de Monte Verde, era de ser a força inacreditável do amor emanado neste espaço de mundo. Tal qual Veneza.
A luz do luar de Monte Verde é mais que um luar. Ha de ser saber lo que digo o lector.
Se existe certo tempo para tudo nesta vida.
Doze de agosto de 1960.
Belo dia em que Lady Laura, se encontra com Martins.
- Ó Dios mío! Se não é meu amigo, Martins!
Suspira ao vê-lo! É uma amizade antiga, se deu numa tarde em que Laura, seguia.
Para Monte Verde e seu carro sofrera um estrago e parou de funcionar.
Martins que vinha de São Gonçalo de Sapucaí fez-lhe o favor dos primeiros socorros mecânicos. Tratava-se apenas de uma regulagem no carburador, nada mais. O que não foi mistério pra Martins. O veiculo maverik já conhecido dele, não seria obstáculo. Assim fomos apresentados. Era o que se lembrava Lady Laura ao se reportar ao amigo com carinho.
- Enfim! Martins. Conseguimos um ateliê pra você!
- Que dizes minha amiga?
Que me conseguiu um aluguel?
- Sim! E quero que me acompanhe agora mesmo! Vamos ter com o senhor Frederico.
Não tarda e se encontram no lugar devidamente marcado por Laura e Fred.
Um restaurante fino de São Gonçalo fica ali na praça dos bandeirantes. Lá se encontram.
Frederico vê com bons olhos os de Laura, ao pé que Martins observa este tento. Após um chá com torradas, eles se dirigem ao que propósito era fim. Tão logo se deu as apresentações seguiu-se em frente. Não mais que dois quarteirões, era situado o imóvel do qual se falara.
- As chaves?
- Não as trouxe?
- Sim! Mas que as trouxe é de certo.
- Aqui, senhor Frederico!
Bem aos seus pés quando se abaixou os olhos a olhar os olhos de quem não viu, deixou-as cair.
- Desculpe-me meu rapaz! Ando distraído ultimamente. Venham, entremos e que seja feito tal como idealizaram.
Frederico Giacono, dono de uma inteligência ilibada, se vê empolgado com os brilhos nos olhos de Lady Laura. Pra uma condensa, o que se esperaria era de que um palácio nada mais nada menos que.
Um hall enorme, era de ser muito caro, pensava ao fundo Martins. O piso, e a escadaria eram de mármore. As portas de madeira maciça e ferro, o lustre que adornava o hall, era cristal, e foram conservados com o tempo. Mediam juntos de área construída e não, pelo menos uns 3200 metros quadrados. Quadras, uma piscina, campo de golfe, uma lagoa ao pé da montanha aos fundos da propriedade.
Um pequeno escritório a direita, depois seguia um espaço que serviria de oficina. Seja o que for a resposta era sim. Há um preço simbólico. Servia antigamente como um clube da cidade, hoje, se transformaria em um albergue. Haveria de ser o lugar ideal pra se concretizar o ateliê de Monte Verde, assim Martins, daria cabo de suas pinturas, daria aulas aos habitantes de São Gonçalo do Sapucaí.
Dali em diante, o mundo o aguardava. Exporia ali adereços de tal modo que influenciaria a cultura das cidades dos arredores de São Gonçalo do Sapucaí. A condensa seria o elo entre a arte e cultura de São Gonçalo. Tinha ela ousado em acreditar em projetos assim, tanto que se fez de aparente aquela que viria a ser um ícone da literatura brasileira. A tudo era permitido ousar. Lavrou-se um documento, para fins de uma parceria entre eles.
No dia seguinte ao se mudar com todos os adereços que lhe era concebido, Martins se muda pela manha. Com a ajuda de Laura, segue um ritual quase que sagrado.
O retrato de Lady Laura seria exposto ao hall de entrada do salão.
Ao que se diga à poesia que Frederico Giacono, lhe descrevia. Seria o ponto único de exigências entre o proprietário e o pleiteante do imóvel.
Condensa de Monte Verde
Sou o sol
Que o mundo
Vem afagar!
Sou
O vento...
Que venta
E não para pra
Esperar.
Sou a água
Que vem banhar
Seu corpo...
Nas noites de luar.
Sou...
Oásis que jorra
E não para
Nos desertos
Do Saara.
Nem o rio,
Nem o mar.
Sou a fonte
Das
Corredeiras
Nas
Trilhas
Do mundo...
Tentando
Te
Encontrar
Nas rimas
Deste
Poema
Que do acaso
Veio-me
A
Inspirar.
Frederico Giacono
Quinze de agosto de 1960.
Fundada em São Gonçalo de Sapucaí, o ateliê do professor Martins. Sob a direção de Lady Laura e Martins.
Obra realizada em particular, com fins lucrativos, digo-o por se tratar de uma oficina das quais as obras seriam destinadas aos seus produtores, para que estes se mantivessem em torno de seus trabalhos e sustentariam assim sucessivamente. Ter conceitos fundamentados em fazer fluir a literatura seja escrito composta em obras desenhadas a punhos. Paraninfo deste se auto entitualiza o poeta de Monte Verde. Deu-se o titulo cidadão no dia do aniversario de São Gonçalo do Sapucaí. Da-se 31 de maio de cada ano, em que é atribuído o seu idealizador Frederico Giacono, a primeira exposição de quadros do ateliê de Monte Verde, na cidade de São Gonçalo. Há indícios de que toda a corte de Monte Verde se faça presente também na inauguração do ateliê de Monte Verde. Para deleite dos transeuntes, é apresentada “O luar de Monte Verde”, obra criada por Martins. Cuja obra foi avaliada em duzentos mil dólares. Os pais da pintura podem ter copias em suas casas, ao preço de pouco menos. A obra será mostrada ao publico pagante ao preço de vinte dólares. Parte será destinada ao acervo do Ateliê. No dia vinte foi à data indicada pra a abertura da semana literária de São Gonçalo.
ANTES SONHAR
19 de agosto de 1960.
Sexta feira
Antes sonhar...
Que ficar tecendo conjunturas. Falemos de sonhos concretos.
Francamente eu conheço talvez se ninguém entender os motivos que os sonhos revelam aos corações, quem me as de entender? Ser ou não ser... Eis a questão. Ops!... Acho que li isto em algum lugar.
Basta-me crer naquilo que cada um se propôs a fazer nesta vida. Andei em boa sombra desde meus dias de adolescente. Viajei por mares distantes, se amei , amaram-me. Se não me amaram, não os amei. Por menos... Não os esqueci. Escrevo minhas formas de ver a vida, imagino-as discretamente, nem pra mais nem pra menos. Uma literatura diferenciada. Ao que se pode ver hoje a cidade de São Gonçalo do Sapucaí, recebe seus ilustres convidados, numa vez que pode ser das melhores obras já registradas em Minas Gerias, sem dizer ou porque não o dizer, um atraente marketing literário desde o nascimento de Salvador Dali. Outros mais. Excelentes pintores.
A principio era esperado um numero menor, em virtude de ser o primeiro de muitos que virão, foi-nos surpresa, digo em termo histórico que recebemos obras inéditas de homens famosos, tais como os de Frederico Giacono, e Martins, seguidos doutos mais. Apresento-lhes o senhor Eriberto Cunha, nosso vice-presidente da câmara dos vereadores da cidade.
Bem senhoras e senhores...
São Gonçalo do Sapucaí e Monte Verde recebem de braços abertos este evento literário. Tão logo abriremos as cortinas para que estejam para julgamentos e leilões com forme dito, em nossas propagandas.
São dezoito horas e os convidados se encontram ao pé do jardim do Ateliê de Monte Verde. Ao todo são duzentas obras a serem apreciadas pelos jurados e convidados. Um bufe acompanha com toda uma infra-estrutura feita com louvor aos participantes. Fico agradecido pela gentileza de ouvir-me. Deixou-os com a senhora Pinkerton.
Oras o que traz aqui, belos quadros e muita gente bonita. Sou a senhora Pinkerton, de Los Angeles, literatura internacional. A principio pensou-se no que fazer. Tínhamos no controle o patrocínio de um banco mineiro, algumas financeiras no caso do ateliê não exigir pagamento imediato. Lembrando que são obras de cunho requintado. Sempre sorrindo. Laura diz que é preciso estar acordada e em tudo ter o controle da situação. Pois somos seres iluminados. Tudo o que se toca vira-se ao nosso favor se os tocar-mos em pontos adequados. É sabedoria criar coisas que demonstre seriedade. Bem vindos ao ateliê de Monte Verde. Quem vos fará saber um pouco mais é o senhor Anthonny, mestrado em poesias, mineiro que encontrei em Veneza ano passado.
Obrigado senhora Pinkerton!
O Brasil precisa de imaginação para sair deste sistema ante literário que faz da gente um punhado de pessoas menos esclarecidas, e perante a sociedade, ser ágil no saber, ser ágil do criar, é algo serio de que falo aqui. Nós temos o dever de raciocinar naquilo que é digno de ser apresentado, e hoje, o Monte Verde ateliê apresenta uma versão de literatura espiritualmente focada em Antes sonhar... É meditar no ponto que buscamos pra nossas vidas. “Antes sonhar” é o meu mais recente livro de romance brasileiro, do qual estarei autografando-o aqui nesta que é uma casa de poetas, artistas mundiais. Gratos, perdoai-nos a todos os poetas senão os são excêntricos deveras menos que não os são.
Antes Sonhar...
O prefeito Airton e sua digníssima esposa Helena continuam o discursar.
A proposta que temos aos visitantes é de que seguimos um roteiro pela cidade de São Gonçalo do Sapucaí, e aqueles que se dispuser de tempo, lhes mostraremos a cidade e sua boa comida mineira.
O que não falta por aqui.
Termina o discurso a eles são apresentados os arredores do ateliê de Monte Verde.
Fred segue de braços dados à senhora Pinkerton...
Disse;
O nosso hotel lazer é que haja diversão e tranqüilidade, propomos alternativas para que todos fiquem satisfeitos e voltem sempre.
- Bem como para os casais, alem de todo gosto!
- Sim! Investimos em detalhes culinários e atrás de novidades, implantamos pequenas lanchonetes por todas as praças, trazendo melhor conforto e praticidade aos ilustres visitantes.
- Queremos tornar a estadia de vocês, mais confortável, enfim fazendo de tudo para tornar a vida mais bela e divertida.
Disse Marins a um dos convidados de honra da casa. O senhor Alerton de Vasconcelos.
Colecionador de quadros, da cidade de Birigui.
- Se for o que vocês vieram buscar?...
Aqui temos uma cantina bem ao modo caipira, e serve uma das melhores comidas da casa.
E para aqueles que ficarão mais tempo, ao que vamos mostrar-lhes em breve, as cachoeiras e suas trilhas.
- É uma estadia segura e tranqüila, posso assegurar-me disto!
Afirma o prefeito Airton.
- Certamente que sim! Senhor Alerton.
Para o ano seguinte, quero tornar esta cidade em modelo para o estado de Minas Gerais.
O progresso deverá entra pela porta de São Gonçalo e permanecer crescendo. Ao que posso dizer desta obra aqui hoje, os artista são bem vindo, e suas obras magníficas nos indicarão os passos daqui pra frente.
Devo receber agora a senhora Martha do conselho literário de Belo Horizonte, ela vem com o esposo, o senhor Charles de Ventura, colunista do Diário da Tarde Permita-me?
- Pois que sim meu caro Martins.
- Deixo-os com a condensa de Monte Verde e o senhor Fred.
ANTES SONHAR...
20 de agosto 1960
sábado
Às nove horas, Frederico foi ao palco para anunciar, a pedido do senhor prefeito.
Não é de hoje que eles gostam de exibir suas ofertas para inglês ver.
Bem senhoras e senhores, bem vindos novamente.
A beleza nos espera.
Sei que discretamente, cada qual expôs seu trabalho em poucas e brandas palavras, sabias palavras digamos.
O Monte Verde é a casa da literatura, e a partir de hoje nunca mais será a mesma.
Acabo de receber das mãos do senhor excelentíssimo prefeito Airton o apoio de dois mil dólares pra educação turística desta casa. Estejam em casa.
- O que não é uma maravilha! Mas serve de consolo esta oferta do Airton.
Diz Martins a senhora Pinkerton.
- Tomemos um chá senhor Martins?
Falemos de negócios exteriores. Veneza fará gosto ter sua obra em nossos próximos eventos.
- Vai a Veneza?
Perguntou Martins
- Pois que sim!
Tenho negócios lá.
- Deveras que sim madame Pinkerton! Que é lisonjeado prazer.
Vamos á cantina, acompanhado de torradas, ao pé do qual me diz, teceremos algumas palavras.
Dentro de algumas horas, serviremos o almoço.
Saberá saborear a comida mineira.
- Sabe senhora Pinkerton! Ficaras para o baile em Monte Verde, creio eu?
- Deveras meu caro artista! Não o perderia por nada deste mundo.
Dizem em Veneza, que Monte Verde é o segundo melhor lugar de minas em matéria de lazer e privacidade.
Antes mesmo de partir. Quero conhecer o mosteiro de São Gonçalo.
Ficarei dias aqui, devo levar a Veneza o Maximo de informações.
- E pretende levar-me junto? Rsrsr.
Opa!
- Deveras se quiser! Tenho mesmo sentido falta duma boa companhia! Rsrsr
- Levaria uma amiga minha?
- Porque não dizer?
Estamos buscando literatura e seus criadores.
- Oras senhor Martins! Tens alguém em vista?
Oh! Claramente senhora Pinkerton!
Uma amiga do qual sabe quem, se não o sabes lhe direi.
A condensa de Monte Verde! Tens sonhado com uma viagem assim.
Acredita-se que jamais fará tal intento, senão por um milagre divino.
- Falemos mais tarde, no baile, se possível.
Disse e se foi.
Martins resolvera apadrinhar sua madrinha.
Dez horas, 21 de agosto sábado de 1960.
São Gonçalo do Sapucaí.
LÁGRIMAS DO SOL
Martins é homenageado com “O Lagrimas do sol”. Intitulado como uma das mais requintadas de sua obra contemporânea. Diz-se que, já vendeu numa única apresentação, duas mil para o estrangeiro. A Europa inteira soube dele.
Hoje, é o dia da literatura Brasileira. Uma única semana, e já podemos concluir que é sucesso garantido.
Tal foi o dito, que fez fluir o amanhecer em São Gonçalo do Sapucaí, era esperado, o que era previsto pelas pesquisas realizadas entre os dias sete e quinze do mês de julho até os dias de hoje.
Segue o dia, os convidados estão chegando, uns já se encontram no recinto, outros esperam o julgamento de suas obras. Estão em apreciação dos jurados, os quadros; Lagrimas do Sol, de Martins, Antes Sonhar, livro de Anthonny, o quadro de Martins, O luar de Monte Verde. As poesias de Frederico Giacono. Os livros da senhora Pinkerton. E vários outros quadros famosos, sendo que, para a exposição, o importante, é o reconhecimento que esta inauguração poderá surgir. O turismo de São Gonçalo deve trazer o progresso e depois, muitas empresas poderão surgir aqui.
O trem entre Monte Verde e São Gonçalo, deve ser colocado novamente nos trilhos.
- Senhora Pinkerton? Ele...
- Ola Martins! Estava mesmo te procurando!
E ontem à noite? Dormiu bem?
- Claro que sim madame! Fiquei até tarde na praçinha, mas à noite esta estava fria, o clima de São Gonçalo, nestes meses de julho e agosto, é deveras, frio. Mas tive como chegar a casa, tomar uma ducha quente, depois tomar um chocolate ao pé da lareira. Falávamos sobre Veneza, e toda a Itália.
- Falávamos?
Tinha convidados?
Oh! Mil perdões, não lhe falaram de Lady Laura.
Estava aflita por causa da exposição que não dormiu a noite inteira.
Sabe como são as mulheres não?
Ficamos de falas, eu ela e o senhor Frederico, sua filha e seu genro.
E por falar nela...
- Mi lady Laura, me acompanha, quero lhe apresentar à senhora...
- Pinkerton de Los Ángeles!.
Encantada señora Pinkerton.
Recordo-me de suas obras. Já tive prazer de vê-las.
- Não é exagero o que Martins me falara de você!
Es mesmo a dama de Monte Verde.
- Obrigada, mas devo aos amigos este titulo se não é exagero deles.
Mas esta gostando da exposição?
- Sim! Claro, não se fala em outra coisa em toda a cidade.
E o mais aguardado da noite, é o baile em Monte Verde! Não estou certa disto?
- Certamente que sim, senhora Pinkerton!
Ira gostar de lá.
Faz tempo não danço naqueles salões enormes de Monte Verde!
Mas não arredo mão duma boa convença ao pé duma lareira.
Tenho meus convidados, se quiser fazer parte, será recebida com carinho.
Contamos causos diversos. Divertimo-nos muito.
- Acompanhado de um bom vinho escocês?
Ula, lalá! Se não é meu predileto.
- Saberá apreciar os nossos vinhos nacionais também.
Pois a qualidade de uns, são internacionais.
- Olhe, tem um vinho que queria experimentar!
O Campo Largo. Um mineiro me falou muito dele em Veneza.
- Temos uma adega cheia deles.
Pois que fique sabendo, irei com prazer ter com vocês ao pé da lareira.
O dia passa despercebido, muitas obras são vendidas, colecionadores de vários lugares estiveram compradores hoje.
Os desfiles são uma das grandes atrações desta exposição.
Com objetivos adversos, promovendo o instituto Monte Verde, o setor mineiro de hotelaria também,
Trás benfeitorias a cidade. Workshops e palestras consolidadas, com a maioria dos estandes vendidos.
Tinha gente de todos os lugares, Valadares, São João Nepomuceno, Juiz de Fora e outras mais.
O projeto desenvolvido por Martins é sucesso total.
Das obras mais vendidas, estão incluídas o Lagrimas do sol. A Noite de Luar de Monte Verde. O livro Antes Sonhar de Anthonny Guimarães.
O sofisticado quadro do solar dos Pinkerton.
Faturamento alto foi o resumo da festa.
A noite se aproxima, a festa termina com o ultimo leilão do dia. A ponte de Monte Verde, seu criador...
Até o momento, incógnito.
Abramos o envelope que esta exposta junto a ele.
Ao passo que podemos dizer, ser a obra desta exposição. Vendido por cem mil dólares.
Pertencia a família da Condensa de Monte Verde.
Vendida para o arquiteto Jean Paul. Da Inglaterra.
- Como não me disse Mi Lady Laura?
Perguntou Martins.
- Este quadro, falado, desenhou-me. Meu pai quem o pintou. Era hobby de ele pintar ao luar, ou pela manha.
Pintava com a alma. Era pra ser apenas um quadro, mas tornou-se valioso em toda a Itália. Não esperava mencioná-lo como tal, apenas, para ser apreciado. Estávamos sentados ao pé da ponte de Monte Verde.
Meu pai pintava, enquanto eu, na minha ingenuidade aguardava um amigo que havia de chegar de Veneza, e me contar seus causos de sempre. Mas ele tinha outros planos em vista, e acabou não vindo. Esperei-o por longos anos de minha vida. Quis o meu pai, que esta obra, fosse doada. Os quinze anos de minha juventude, escrita em obras, pelo meu pai. Uma delas é A ponte de Monte Verde. Acaso um dia viesse ser sucesso. Como forma de gratidão ao talento de meu pai, Farei esta doação em prol da literatura desta cidade onde nascemos e vivemos.
Criou-a naquele dia, aonde pescávamos quando crianças, eu minha irmã, e meu pai. Mamãe cuidava dos pescados a sua moda.
Disse e se foi do salão do ateliê. Fora tomar um ar da noite que se inicia em São Gonçalo.
A PONTE DE MONTE VERDE
Assim foi assim será todo o sempre em São Gonçalo do Sapucaí. Bem que se sabe que aqui, esta ponte é o elo de muitas amizades entre as pessoas que neste lugar vieram passar apenas uma temporada de férias.
Lady Laura, é que nos conta, em dias que sua equipe comanda a caminhada por estas bandas.
Houve um tempo em que a pesca era proibida na perto da ponte, não fosse os rios aos arredores secarem com a seca, as chuvas eram distantes, tudo teve de ser mudado, ao redor da ponte dava-se o melhor pescado da região. Os peixes tinham mais o que se alimentar. Não era proibido dar comidas aos peixes!
Os visitantes recebiam certa quantidade de ração para peixes, dos quais, fiscalizados pela equipe de Laura, era permitido alimentá-los. Ao pé que, as crianças que nem ousara fazer isto um dia, fazia com gosto. Hoje,
Continua assim. Uma terapia para os adultos, aprendizados para as crianças. Preservar a natureza, para sua própria vivencia. Era esperada a noite, para o grande baile. Senhora Pinkerton, acompanhada de Martins, seguidos de Lady Laura, Fred, o prefeito Airton e sua esposa, seguidos doutos mais, a festa vinha com muita alegria. Bem sabendo, após o sucesso da exposição, era de ser comemorada com júbilos.
- Oi Martins!
-Ah! Ola senhor Bentho!
-Viu ai minha mãe?
Claro! Vi-a com o senhor Frederico indo para o salão.
- Obrigado! Irei ter com eles.
- Com sua licença Martins!
- Passe bem jovem Bentho.
- Boa educação tem este menino! Filhos da aristocracia.
Pode-se esperar tal tratamento.
Sua mãe uma dama, quem não a conhece?
- Pelo jeito que fala dela senhor Martins...
Não se apaixonou por ela?
- Pode ser! Talvez a ame! Quem não se apaixonaria por ela? Bem afeiçoada, sozinha. Que mal tem isto?
Olhos azuis, seios médios, elegante, aqueles cabelos loiros!...
Sempre nos perfumes.
- Nenhum! Apenas um comentário!
- Houve tempo em que se ela me aceitasse... Seria com prazer seu namorado.
Nossas vidas são opostas. Não me enquadro em seus parâmetros de vida! Assim como aos meus.
Sou aparentemente, solteiro por convicção. Nada tenho, senão o dia e a noite. Creio eu,
Não serei domado por mulher alguma! Se isto lhe diz alguma coisa... Senhora Pinkerton.
Sem querer ser rude e...
- Opa!
Pra mim, tudo bem!
Enamorar... É questão de tempo!
Ninguém vive só, meu caro Martins.
“É bom que o homem não viva só”
- Penso assim senhora Pinkerton! Vamos aos vinhos?
Sim! Já esperava este convite, faz tempo.
Ufa! Que calor em? Não esta sentindo?
- A temperatura de Monte Verde? Oh não!
Já me acostumei com ela. Faz frio à noite, e saberá melhor, quando estiver dançando.
- Aquela senhora Pinkerton, haveria de ser menos discreta!
Pensou Laura.
- Dando em cima de Martins! O que ela quer?
- Falou alguma coisa mãe?
- Não meu filho! Pensei alto demais. Acaso viu a Thais?
Pegue um vinho pra mim?
- Oh sim!
Ei-lo aqui.
- Se não percebi, o leitor há de te-lo. Ciúmes por conta de Laura?
Deitou-se ao colo da mãe o filho Bentho. Sentia falta daquele colo! Enquanto os olhos não desgrudavam dos de Martins. Sua irmã era mais requisitada, quando crianças. Ele às vezes deitava e dormia. Tinha que carregá-lo para a cama. Na verdade, os filhos nunca crescem. Era tarde, quando a senhora Pinkerton e Martins se juntaram ao pé da lareira, para uma prosa com os amigos. Interrogou-se por demorar tanto Lady Laura.
- Estávamos nos divertindo Laura! A senhora Pinkerton, é bastante divertida.
Tomou-se vinho suave, acho que tomou até demais.
- Tomou-se? Bebi uma adega inteira de Monte Verde!
Experimentei de todos um pouco.
Esta noite vou me esbaldar.
Aproveitar a vida com estilo.
Deu uma manobra com o corpo e desceu as escadas.
Morena dos olhos apertados, cabelos longos e pretos, idade, entre os trinta para quarenta, essa é aparentemente a senhora Pinkerton de Los Angeles. Bela dona! Sem dono. Ela adora ser fotografada.
E com um requebrado que deixou Martins de boca aberta. Seus olhos caminharam com as ondas daquele corpo.
- Gostou Marins?
- Hâ? Do que falas mi Lady?
- Do vinho suave que esta tomando!
- Belo! Excelente, não sabes o que perde! Se não tomares aos poucos, não saberás o sabor que tem.
- De fato!
Não sei mesma! Bebo por esporte, não por vicio.
Acho que um bom vinho, Poe mesmo a mesa!
Não é verdade senhor Frederico?
- Sim mi Lady!
Ao que se pode dizer; o que seria da festa sem o vinho?
Naquela festa, em Cana da Galiléia, Jesus transformou água em vinho. E dos bons, foi o que disseram.
Os convidados dos noivos.
- A senhora Pinkerton, esta gostando do baile?
Perguntou Fred.
- Ao que se pode expressar, ela esta amando tudo aqui!
O senhor Martins lhe faz a corte. Rsrsrsr
Não é Martins?
- Porque esta sorrindo mi Lady?
- Força do habito Martins.
Não me foi intenção alguma.
- Aceita dançar mi Lady?
- Eu? Oras Martins! Se não me conhece bem, só danço depois das onze! Quando a festa esquenta as turbinas! Mas aceitarei dançar com você!
- Então?
Vamos?
- Sim!
Martins estende-lhe as mãos e a conduz ao salão. Uma musica soava ao fundo, de modo que era romântica.
Duas outras seguidas foram se ajuntando, aos olhos dos transeuntes, eles se davam bem.
De certa maneira que era a alma e o corpo que se tocavam, e não os olhos vistos doutos ângulos.
Martins, e Laura, não seriam outros de muitos, casais de amigos que se encontram situados no amor.
Mas síria pedir ao padre que aceitasse esta união, uma vez dada a mão? Se não as deu, dará.
Ouve quem não se arriscou e viu o roçar dos lábios se, qual outro não cedeu, se não foi desta vez que os olhos viram! Ambos eram de juízo feito, talvez um para o outro. A musica, o inesperado? Tudo pode acontecer. Depois saíram para dar uma volta aos arredores do Monte Verde, a lua esta naqueles dias. Esplendida.
Ficaram de falas até mais que pareceu ser. As noites enluarentas de S.Gonçalo. eram as mais belas.
Outras horas em que se lembraram luas passadas. Inda que seus olhos, o brilho refletisse, mas as mãos tremulam desciam e se apertavam entre a outras. Via que suspirava ofegante Martins, Laura estendeu-lhe os lábios, e este, a beijou. Quis-se fugir do destino, fugir da realidade, era demasiadamente tarde. Era envolvente este momento, tal qual se deu à alma o arremesso esperado. Não que tenha previsto este intento! Mas que o destino é dono de eternos corações dos quais não se sabe o homem. Foi deixando pra trás o mundo! Agora, era de estar estes ligados. O céu se abriu em estrelas, uma delas, cadentes, caiu. Deu tempo de um pedido fazer. Olhou-a nos olhos, beijou-os. Fez-lhe o pedido. As estrelas se encarregarão de sede-los ou não. Eu que vinha este enlace apadrinhando, que se trata de uma mulher envolvente, que me agrada a alma, senão as de Martins, apaixonado por ela. Era de saber, os olhos fitados nos dela, não os parou. Aquela noite poderia dizer dos amantes, em todas, aos cantos e recantos de Monte Verde, se via enamorados entre laçados pela magia noturna. Loucos e apaixonados, feito estrelas, eles se madrugavam, dançavam, espantavam a solidão se existiam antes. Se ontem a saudade era mantida acelerada, ao pé que hoje, é carinho, ternura e amor. Na experiente descoberta dos amores, cuidados e afetos vão além do simples gostar. Para quem as dedica ao amor intenso pode se fizer impossível por alguém, ou tudo acaba se a noite se foi, senão a fogueira deste amor alimentar, seria demasiadamente fugir da realidade vista. Dos amantes, era assim intitulada esta noite. Podem-se contar os beijos, não se deverias de contar estrelas sem se dar conta ao final. Eles ficaram aos beijos e abraços a olharem estrelas.
- É melhor descermos!
Disse Lady Laura.
- Antes mesmo que se dêem por conta de nosso paradeiro.
- Fica comigo mais um pouco?
Pediu Martins.
E esta cedeu um pouco mais, se também não queria ir, não foi. Esperou. Seguiu-se de beijos que só a noite era testemunha do que se passava entre eles. Tão próximo era o paraíso. “Seu gosto, seu carma” dizia um mestre tibetano Lama Gangchen. Um bom vinho os acompanhava, seguidos mais tarde, era esperado uma rodada de champanhe. Dizem que foi Dionísio, um deus grego que inventou o vinho, e depois saiu ele pelo mundo ensinando as pessoas a fermentar frutas para beber. Expansivas, felizes e chegar ao êxtase. Faltaram dizer, os resultados futuros. Era de se esperar, não se conta santos, só pesquisando.
- O vinho é essencial à saúde, aos poucos, não aos exageros.
Disse-lhe Martins.
- “As impurezas do mundo... não pode penetrar na sua intimidade.” É com esta mente, que se pode alimentar a alma de dois corações apaixonados?
Indagou lady Laura.
- Não leve a vida tão a serio, pode dar em tudo ou nada. Mas se ontem era paixão, hoje amor.
E porque não se dizer; “Deixar fluir o amor”?
O momento era a energia das estrelas mais alta que se colocara entre eles. O brilho a favor, o momento é de expansão e muita alegria. Lady Laura, vestida de um vestido na cor verde água, os sapatos bege, o cabelo solto, combinava, com seus olhos azuis. Eternamente apaixonantes. Um sorriso estampados no rosto, era o gesto da felicidade, se não me arrisco em dizer aos leitores; era o sol e a lua que se formava em eclipse. O momento expande alegrias, ilumina os bons fluidos. O lado emocional dispara dentro de nós, o instinto natural a curto ou em longo prazo, refletia luz das estrelas.
Dirigiu-a Laura e;
- A vida é como um mar, quando sem ondas brandas fica turva, e não se satisfaz.
Mas não se esquecendo que as ondas é que faz agir o coração de quem ama.
Às vezes ficam ocultas pela inércia, pela desesperança, mas opta em buscar o essencial.
- “Volta-se um passo atrás para dar dois à frente” meu desejo só quer seu calor.
Diz lady Laura.
- O seu amor é igual ao meu céu... É neste sonho que me encontro.
Antigamente, eu acostumava vir aqui, e me dedicar aos quadros que pintava, hoje sou parte dele, eu e você. A vida não tem graça mais sem você! Às vezes não sabia por onde começar se era de trás pra frente, ou se esperava o momento, embora fosse preciso saber das duas, senão me arriscasse nada arrancaria do destino, senão que ele mesmo se encarregasse de nos aproximar.
Dizendo isto, Martins demonstra seu amor, em poucas palavras.
Ao que ela responde.
- É bom ouvir os grilos, ver os vaga-lumes, é como estrelas e os sinos dos anjos tocando corações.
Há coisas que a memória eternizou, ficou.
Disse entre um e outro beijo, lady Laura.
E não foi douta forma a resposta.
- É deste alpendre que agora velo céus! Ho Mi lady!
Beije-me um beijo eterno como as estrelas dos céus.
À noite, a madrugada varou minha alma de tal forma, de que não me acorde, quero sonhar.
Talvez seja melhor sonhar...
Eu me lembrava da cor dos seus olhos! Pra mim todos os beijos que nos demos, refletia no meu cotidiano. Estava entretido com a musica que passava na vitrola, nem vi o tempo passar, era nove horas, e tinha de me encontrar com o conselho da cultura, e apresentar-lhes o resultado da exposição.
Quando estava por sair, vi lady Laura cuidando do seu cavalo ventania, no jardim, próximo à cocheira.
Era de esperar, a noite fora dada aos beijos, aos sonhos e delírios. O que era visto nos seus olhos, brilhava o sorriso. A satisfação era vista que não se podia descrevê-la sem dar um preço. Já a definição era de cultivar a bondade, A mente sadia ilumina a alma. Dizia certo filosofo. Era bom estar em sintonia com a vida, até os mais simples acenos, demonstraria apreços. Segui meu caminho depois de beijar quem me ama. Esta me compreendeu as intenções, se não me as de entender, saberás. Metade do caminho esta percorrido! Se mantivermos assim, outras exposições virão. E com o tempo, quem sabe, Veneza não vem á nós? Olhar atento mente aberta ao futuro, planejamentos e estratégias são requisitos fundamentais para se ter oportunidades de vida. A chance vem de onde você menos espera. E pronto, ela surge nos momentos mais difíceis de nossa vida.
- Ola senhora Pinkerton!
Senhores... Perdoe-me se o atraso foi de minha parte! ...
- Esta na hora certa Martins! Ainda nos faltam o senhor Frederico.
- Estou aqui senhores! Tive que deixar minha filha no cabeleireiro. Sabem como são estas mulheres!
Podemos começar se faltava apenas a minha presença.
- Estamos com os resultados nos envelopes.
São quatorze ao todo. Abrimos e saberemos quem nos representará em Veneza na próxima semana.
Juntamente escolherá sua equipe de trabalho. O conselho de literatura de Minas Gerais arcará com as diárias de temporada na Itália. Somos ao todo sete pessoas aqui.
Representamos S. Gonçalo do Sapucaí, e o conselho deliberativo de literatura de Minas Gerais.
- O senhor Frederico, nos fará a gentileza dos resultados.
Leia, por favor, os envelopes, senhor Frederico.
Bem senhores, ao que se pode apreciar, aqui esta, o primeiro.
O quadro mais vendido.
1 - “O Luar de Monte Verde” de Martins. O alpendre de Monte Verde de Anthonny
Os sinos da Matriz de Frederico e A ponte de Monte Verde de Lady Laura.
Duas pessoas vão a Veneza representar a cidade de S. Gonçalo do Sapucaí.
Uma delas é o senhor Martins.
A condensa de Monte Verde, lady Laura.
Hoje à noite daremos a ultima noite de autógrafos desta festa maravilhosa que foi.
O senhor prefeito fará as boas vindas.
O coquetel será no Ateliê de Monte Verde.
Os convites eram ao todo para duzentos e cinqüenta pessoas. A orquestra local faria o
Enceramento deste que foi senão a melhor festa realizada aqui, em São Gonçalo.
O prefeito esta feliz fez o que devia, até um pouco mais.
Afinal as eleições estão por vir, e candidato que é...
- Estava pensando...
- O que mi lady Laura?
Perguntou Martins.
- Oras se me conheces, sabes que estou ansiosa pra ir a Veneza.
Quero ir a Praça de São Marco!
Dizem que são um luxo aquelas arquiteturas! Já me vejo andando pelas ruas de Veneza!
- De veras mi lady Laura! Para quem já esteve lá, pode se disser dos palácios erguidos naquele lugar.
O amor parece que renasce ali! Embora a mais famosa das historias de sentimento entre um homem e uma mulher tenha sido a de Romeu e Julieta, aquela peça de Willian Shakespeare, tenha ocorrido numa outra cidade italiana, em Verona ao certo. Não é por puro acaso que, ao longo de sua história, a cidade ficou conhecida por abrigar romances inesquecíveis contados pela literatura, pelo teatro e cinema.
- Vou passar, a saber, o dia e a hora em que partiremos.
- Venha mi lady! Vamos à prefeitura, marquei de estarmos às quinze horas com o senhor prefeito.
Quem me as de lembrar, saberá do que digo. Veneza é a cidade da lua-de-mel. Bem dizem aos transeuntes que por lá estiveram. É esperada uma quantidade de pessoas de outros países em épocas de verão. Veneza se transforma num palco de esperanças dos noivos. Passar sua primeira noite de núpcias era o presente de toda rapariga que se prezava. E não fica por ai, se diz que em Veneza a reabilitação da crise matrimonial e certa. Transpirava magia de amor. Casamentos em crises, não era talvez, o desejo de estar navegando por entre as obras mais belas do mundo: senão o fosse, o que mais seria? Um passeio de gôndolas custava o olho da cara! Em torno de US$60 por 45 minutos. Só os turistas Endinheirados se davam o luxo deste passeio. Falemo-nos de seus ilustres moradores; Ditamos certos músicos, escritores e atores da época. Como; Vittore Carpaccio, o musico Antonio Vivaldi, viveu nos anos de 1678/ 1742.o ator Cesco Baseggio 1897/1971. Ambos detalhistas em suas obras. Vivaldi fez de sua musica o maior reconhecimento musical da era Veneza. Ao que se pode saber, ele entrou para o estudo de sacerdócio, se formou padre, teve seus momentos religiosos, depois, vendo que era a musica seu lado atraente, digamos assim, deixou a igreja, há quem diz que Vivaldi, deixou a igreja por ter se apaixonado por uma religiosa, de nome Anna Goiraud. E para se defender, Vivaldi se viu obrigado a enfrentar as autoridades eclesiais o quanto pode. Mas acabou desistindo da carreira. Para afastar-se do oficio, alegou que tinha sérios problemas de saúde e precisava se tratar. Nem era na verdade uma mentira, ele tinha mesmo uma doença, ou até mesmo duas. A de saber que; asma e angina eram diagnosticadas certo. Mas não parou por ai. Ele tornou-se mais tarde, regente de um conservatório de Ospedale della Pietá. Um dos quatro grandes orfanatos para meninas, na cidade de Veneza. Serviam também como escolas de musica. Nesta função, conheceu a moça por quem se apaixonou Anna Giraud. Inspiradora de suas obras mais famosas. Vivaldi passou a compor com intensidade. No conservatório de Ospedale, permaneceu por três anos. Depois de uns tempos, voltou ao cargo de maestro de concerto. Escrevia para excêntricos instrumentos, incluindo o bandolim. Fantástico, podia assim dizer de Vivaldi. Com tempo deixou o conservatório, mas não deixou de tudo, escrevia musicas e as enviava todo mês. Repetiu isto por trinta anos seguidos, até a sua morte. Inúmeras obras, depois de um esquecimento, reatam novamente suas obras, e desta vez, mais famosas eram.
“Esta é a cidade dos sonhos”
O que se pode esperar de Veneza!
Viveu por algum tempo em Amsterdã na Holanda. Por fim morreu com 63 anos, no dia 28 de julho de 1741. Não se conhece bem, ao pé da letra a biografia de Vivaldi, ao seu tempo, iria pesquisar a fundo.
Suas obras estão espalhadas pelas galerias de Veneza aguardando a quem quiser ver ouvir e cantar.
Veneza é assim.
Não tarda e eles se encontram na sala do prefeito. Ao que não era tão esperado, ele estava com as passagens.
Para Veneza.
- Como vai senhor prefeito?
- Encantado com sua beleza my Lady. É assim que me sinto.
Honrado por representar nossa cidade na Itália. Estive em Veneza no inicio do ano. Continua bela.
Sabia que temos uma Veneza no Brasil?
- Ora senhor prefeito, não me venha com piadas!
Disse Laura.
Se não sabes, nunca esteve em visita ao nordeste?
Pernambuco, Recife, aonde a cidade é rodeada de pontes, e ainda não perde por aquelas gôndolas de Veneza.
- Não quer dizer que nosso destino é Recife?
- Não senhor Martins! Estava retratando que temos esta Veneza, que não fica devendo nada a outra.
Mas aqui estão as passagens. Quero que fiquem a vontade, já temos pessoas que estarão dando suporte.
A vocês na Itália.
- Obrigado senhor prefeito.
A propósito, irá ao baile hoje à noite?
- Não o perderia por nada deste mundo!
Irei com prazer. Senhor Martins.
- Bien! Andiamo-nos Laura.
Temos que nos preparar, à noite esta chegando com a tarde sumindo.
A noite era esperado umas trezentas ou mais de convidados.
Estava sentada a mesa, a senhora Pinkerton, o senhor prefeito, sua senhora, e ao lado a mesa uma jovem rapariga,
Seus olhos verdes, mas pareciam ametistas de tão belos que eram. Ao se aproximarem, digo Laura e Martins, se sentiram em casa. Tão logo foram agraciados com uma taça de vinho. Digamos de passagem, dos melhores que esta corte... Pode oferecer-lhes. A noite era de entusiasmo estampados naqueles rostos de merecidos esforços. Tudo era de sair com forme Laura e Martins. No céu, as estrelas festejavam, tanto quanto os convidados. Conclui que era assim o momento. Para obter a confiança era conveniente a participação deles, uma vez que no dia seguinte, já estariam de malas prontas. Ao grande dia bastam pouco menos que horas. Veneza os esperava. A senhora Pinkerton lhes fará serviços de guia turístico. E cada vez mais, os convidados iam chegando. Ao fundo, uma aparelhagem sonora fazia a noite harmoniosa. Causos e mais causos era, contados ao redor duma mesa repleta de variedades em vinhos, vindo de todo pais.
É verdade, disse a senhora Pinkerton, a Martins, que ouvia atento á suas falas.
- Uma vez estive aos eternos bailes de mineiros, estive num daqueles, dados a celebridades internacionais! Acabar de chegar de Roma, trazia lembranças de Veneza. Bem! Na verdade, estava aqui à procura de um amigo meu, sabe?
Havíamos nos flertado em uma viagem a Roma. Ele dizia que estava acompanhando um bispo de Minas.
Depois nos perdemos.
- E aonde anda este seu amigo? Senhora Pinkerton.
- Oras Martins! Não nos vemos faz tempo! Nem sei se existe mais.
- Não perca as esperanças! O boato de que é a ultima que morre, permanece.
Quando menos esperar, pode encontrá-lo.
- Com sua licença! Senhora Pinkerton!
Martins se levanta e sai à procura de Laura. Ao fundo, as estrelas, e o ar da noite esperavam algo mais.
Talvez um abraço, um beijo. Um papo agradável de uma pessoa esperada.
- Uma taça de vinho, Martins?
- Vou aceitar sua companhia Laura!
Uma taça de vinho me fará bem.
- Estava pensando com saudades dos seus beijos!
Quando passeava pelo jardim.
A inda outra vez, meus olhos não o tinha visto.
- A paixão é antes de tudo, o primeiro passo duma relação duradoura.
E a nossa viagem? Esta de pé?
- sim! Laura, tão logo foi anunciada a viagem para Itália, às malas já estavam preparadas faz bem tempo.
Um avião da Varig tem seu destino marcado. Levará obras dos artistas mineiras, e seus ilustres convidados.
Laura e Martins. A noite passa sem tempo.
Laura fica atônita, a noite traz a magia do luar. Martins se encontra com Laura no salão do baile.
Quando ao fundo a musica tocava, ao centro os convidados dançavam lentamente. Bons tempos.
Era esperado que eles fossem para Itália e voltassem enamorados de lá. Mas Martins nem Laura ainda não
Estavam prontos para amar, faltava-lhes algo mais! Talvez a química necessária.
De um acasalamento seguro. Não basta amizade, e sim amor verdadeiro...
Eram amigos e nada mais. A vida dá voltas como dá seus nós e os desfaz.
Ouve momentos, digo, o destino haveria mesmo de encarregar-se destas duas almas unirem-se.
Do contrario não teria meus versos caídos em terra branda.
Ele vinha de olhos nela, pensava o pretendente ao embalar da musica.
- Ela não me deu entender que quer ficar com Martins! Como dizia meu intimo senhora Pinkerton!
“O amor é algo incitável”, surge a nossa frente, não nos dá muita escolha a não ser...
Amar e se deixar amar. Dizia a senhora Pinkerton a uns amigos que estavam sentados com ela ao pé da porta de
Entrada do salão.
- Bom! Vamos então? ...
Dançar um pouco.
- Não deixemos nossos amigos nos esperando muito!
Esta musica que esta tocando não é...
É sim! Titanic.
Meu coração segue adiante.
- Adoro esta musica!
Disse Laura, ao pé que Martins, afirmou o mesmo.
Eles se encontram na sala principal, dançam algumas musicas depois se vão.
O amanha vem surgindo. E tão logo se apresentam pra viagem á Itália.
O embarque se da no aeroporto de São Gonçalo, às oito horas da manha.
Toda a corte de São Gonçalo segue de perto a partida deles.
Senhora Pinkerton. Martins e Laura.
Uma viagem de sete dias somente.
Eles se vão e em segundos a aeronave ganha os céus de S.Gonçalo.
A rotina toma conta da cidade, e brevemente o retorno de seus compatriotas.
Em poucas horas de vôo, a aeronave dá sinal de estarem em Veneza. Tão sonhada.
É noite, quando estes desembarcam em Veneza.
- Ula lá! Dio mío, come te amo.
Veneza dos meus olhos!
Tenho uma particularidade por ouvir musicas clássica e cantos gregorianos!
Demais! Amo de paixão ouvir e embalar-me ao som destas canções.
Quero um dia ter uma coleção completa, outro dia ouviu Ave Maria orquestrada. Magnífico!
Exclamou Laura ao deitar os pés no solo de italiano. Eram esperados pela cúpula de artistas da cidade famosa.
De certa forma, os nossos artistas brasileiros, também famosos, eram esperados com toda uma cerimônia local.
Entrevistas, palestras eram acionadas pelos movimentos culturais de Veneza.
A senhora Pinkerton, era interprete de Martins e Lady Laura.
- Quase não acredito Martins! Estamos mesmo em Veneza?
- Claro que sim mi Lady! Veja as construções como são. O povo italiano, o clima deferente do nosso.
Estamos cercados por águas, os barcos, as famosas gôndolas de Veneza.
- Quero andar nelas!
- Andarás em todas, mas antes temos nossos deveres aqui. Depois, faremos à festa.
Lembro-me de propósito, sem consultar suas preferências, mi lady, de que devemos agendar cada detalhe.
Disto tudo aqui. Por onde iniciaremos?
A minha preferência, aliás, se não é pedir-lhe muito, quero tomar um café num destes bares a beira do rio, vendo gondoleiros passar, com seus tripulantes a bordo.
- Deveras que sim!
Disse Martins.
E depois, conta-me a tua vida e te direi quem tu és. Hoje de tarde, escreve, porque verás maravilhas deste lugar.
Teatro musica marcam esta época, eles vivem pelas ruelas de Veneza brincando com os turistas.
Eles se hospedam na casa da senhora Pinkerton, que fez questão de suas companhias. Tão logo chegam à casa da senhora Pinkerton, um senhor de cabeleira prateada, se apresenta, pega as malas. De nossos visitantes e as levam pra seus devidos aposentos. Ao pé, que lhe pergunta à senhora Pinkerton, se levasse às malas ao quarto de casal, ou solteiro. Ao que lhe diz que as colocassem-nos de solteiros, por enquanto. Riu-se deles. Deixou-os a vontade.
- Porque por enquanto? Existe ai um flerte ainda maior?
- Oras senhora Pinkerton! Deixemo-nos de lado!
A morada era modesta mansão antiga, ainda trazia aquelas molduras nos arredores da casa. Estatuas pelos Jardins, uma fonte luminosa adornava a moradia. Ali residiam apenas o mordomo e senhora Pinkerton.
Aos fins de semana, era alugada para estrangeiros, servia como um albergue. Isto fazia com que, à senhora. Pinkerton, não se sentisse sozinha.
A vida é um barco que navega para o infinito! Eu e você, sempre sonhando com a natureza! Bela mia! Come-te amo. Gosto de casarões assim!
Martins me leva pra dar um passeio?
Disse Laura, olhando em seus olhos.
Claro que te levarei Laura! Hoje me sinto nas nuvens, junto á você minhas fantasias, meus sonhos... minha vida. Vou te levar onde você quiser!
- Verdade! Bem vou querer mesmo. Iremos, deixe-me ver! Olha só! Você me faz as surpresas. Certo?
-Tudo bem! Vamos nos instalar, e depois vamos escolher um bom lugar e deixar fluir nossos sonhos.
DIAS DEPOIS EM VENEZA
Bom dia senhora Pinkerton!
Disse Martins.
Bom dia senhor Martins. Dormiu bem? Onde esta a Laura?
Sim! Claro, dormi como um anjo! E quanto a Laura? Não a vi desde que acordei, ando a procurá-la também, e avistá-la, diz que estou ansioso por ve-la.
Claro, senhor Martins! Sim, o direi com gosto. Vamos tomar um café? A mesa esta posta, faz tempo.
- Isto vem acordar meu apetite! As guloseimas de Veneza! Bolinhos! Sou apaixonado por bolos senhora Pinkerton!
- Pois fique a vontade senhor Marins, tão logo virá o almoço.
- Olhe só! Quem vem em nossa direção! Nada mais que Laura.
Eis que Laura se aproxima, vestida de branco com sapatinhos pretos, sola baixa, meia calça fumê. É simples sua maneira de se vestir. Uma dama da sociedade, dirias isto. Laura é a classe média de São Gonçalo do Sapucaí.
- Estive dando olha volta ao redor de sua mansão senhora Pinkerton! Quero morar aqui pra sempre! Nunca mais sair de Veneza! Hum!!! Acho isto aqui, um paraíso.
Veneza dos poetas.
- Isto mesmo Laura! A Veneza dos poetas! Intitulada assim. Por aqui não só passaram os poetas, mas toda a corte de desenhos, pinturas das mais famosas. Aceita um cafezinho conosco?
_ Sim! Estou varada de fome. Oh! Desculpe-me pela maneira como falei! Mas estou mesma com uma vontade de comer alguma coisa por aqui.
Tudo bem!
Disse senhora Pinkerton.
Conversaram muito sobre a exposição de logo mais. Tudo estava preparado, os boxe, os ajudantes pra levarem as obras deles. E toda uma montaria de aparentemente formada pra que o evento fosse de sucesso. Era para as dezoito horas dar inicio. O parque de exposição os aguardavam.
O dia passou sem muitos movimentos, a não ser os de muito nervosismo da equipe de Laura e Martins. Mas é assim mesmo quando se trata de expor em Veneza. Cada qual quer agradar mais que outros. Laura e a senhora Pinkerton, estavam já de saída, quando Martins se aproxima e as acompanha.
- Martins? Ainda estas aqui? Pensei que...
Oras my lady! Pensou que iria sem vocês?
Não era se ser um cavalheiro indo sozinho a uma exposição tão esperada por todos! Não évero?
- Sim! Evero mesmo!
Disse senhora Pinkrton com um olhar para Laura.
Exposição de quadros brasileiros
Assim era o Box de Laura e Martins.
Havia uns cento e vinte quadros esperados por toda a exposição no Box de Laura e Martins.
Venderam todos.
Foi um sucesso sem tamanho. O mais famoso, era de esperar, feito criatura de Martins, “O Delirius de Castre”
Tinha por trás dele, toda uma implantação de cores e adereços, onde se via uma figura, dentro de outras, uma paisagem inusitada. Ao fundo, as cores se misturavam com o céu, as montanhas de Salão Gonçalo do Sapucaí.
Vendeu-o por uma quantia de duzentos mil dólares, junto à montante foram mais de dois milhões vendidos de quadros na exposição.
Depois saíram pra comemorar o sucesso de vendas. Eles ficaram famosos com sua pinturas. Tão logo voltariam á Veneza, pois no meio do ano que vem, terá mais quadros pra se expor. Era tudo o que se mais poderia se consagrar. A exposição fora um sucesso. Depois voltaram para casa onde a senhora Pinkerton os aguardavam, já com taças diversas nas mãos juntamente com vários convidados. A noite era uma criança. Tudo fora destinado a ter um fim de maneira que o destino os conduzira a este. Senhora Pinkerton, os preparou, uma festa digna de artistas.
Tão logo a noite estava por findar. Laura se aproxima de Martins e se declara abertamente seu amor por ele, e o pede pra ficar com ela pra sempre. E este, aceita de bom agrado, era um paro o outro como se nasceram. Beijaram-se, e depois, surgiu no meio do salão de mãos dadas, não pela surpresa da senhora Pinkerton, que se se apadrinhara deles. Fez-lhe a corte, e depois os apresentou um par de Alencar, eram tão sublimes, cravejadas de brilhantes, as deu a eles. Como forma de um apadrinhamento, como forma de carinho e simpatia demonstrada e todos os presentes. Senhora Pinkerton era de se mostrar a todos seus feitos antes de uma cerimônia deste tipo. Tudo era de conformidade com ambos. Martins tomou a palavra e em meios aos convidados, feito um pedido oficial de casamento com Laura. Esta se fez de surpresa, embora, era de se esperar um pedido deste porte, por parte de Martins, que era de se consagrar-se de vez este amor reservando suas intenções feitas faz tempo em silencio em seu coração. Feito o pedido, brindaram-se, beijaram-se, profundamente foram aplaudidos pelos transeuntes.
Dias depois de voltara á São Gonçalo do Sapucaí. Foram recebidos com honras e muitas glorias e desfile pelas ruas da cidade, foram condecorados com medalhas de respectivas as quais eram destinadas aos poetas, pintores famosos da cidade mineira. A câmara dos vereadores, os homenagearam com boas vindas, muitas flores eles receberam. Foram dias e mais dias, não se falaram tantos assim de Veneza, como antes se falara.
Dias depois de casaram, tiveram uma vida tão românticas como as de Veneza da Itália. Aqui também era considerada a mais vista cidade interiorana de Minas Gerais, a mais romântica de todas as outras já vistas. Haja visto que, o amor deles era de decolar, como tal era destinado. Encontravam-se sempre à tardinha numa praça, a mais falada de São Gonçalo para se falar de amor, o deles, o de todos os românticos de São Gonçalo de Sapucaí.
Beijaram-se e eternizaram ali este romance, quando tudo se vai bem, a noite era de estrelas no céu... regadas com bom vinho, assim era o amor de Martins e Laura.
FIM
AMOR VERDADEIRO
Antes sonhar...
Dez de julho de 1960.
Oficialmente, porem e na falta de documentos mais detalhados foi adotado o município de São Gonçalo do Sapucaí. Datado na época de dois de março de 1743. Tem todo um aparato deste lugar. Contados até os dias de hoje como pacata de clima amigável. Assim é São Gonçalo do Sapucaí. Desta forma tornou-se um núcleo populacional oficialmente reconhecido. Em março de 1943, foi comemorada a sua fundação. Com seções cívicas e religiosas. Tendo havido grande entusiasmo de toda a sua gente. O dia 31 de maio ficou datado o aniversario da cidade. Era acometido o selo dado Lady Laura, sua moradora das mais ilustres, embora não se deleite deste titulo como forma de honras e sim, pelo visto de que fora criado desde menina, vinda de uma família de aristocratas instalados nos primórdios da construção de São Gonçalo. Hoje já em idade madura digamos assim, Lady Laura e tida como a Condensa de Monte Verde e situada em São Gonçalo, ela da palestras sobre cada pedra de São Gonçalo e Monde Verde, ambos a mesma coisa seria não fosse um mais velho que o outro. Há os que dizem viúva de Monte Verde.
Vinte de julho de 1960.
Os ventos sopravam pelas encostas da cidade Italiana. Quem me as de ler, sabe do que digo. Veneza é o topo do mundo turístico. Uma exibição de Artes. Quem não conhece a coroa dourada de Veneza? Os filmes, as gôndolas descendo o rio. Veneza fica na região de Veneto.
A classe turística da Itália. Onde o fluxo de turistas é intenso. Breve foram os minutos em que estivem aquele que seria o sonho de Lady Laura. Uma pessoa de abrilhantada pela gleba Sapucaiense.
Após a sua idade matura digamos assim, ela quer conhecer Veneza. Vive desde quando nasceu em São Gonçalo do Sapucaí. Viúva faz cinco anos, desde lá pra cá, vive com seu filho Bentho Benedetto. Trinta e cinco anos, formado em engenharia civil. Casado há dois anos com Suellen Sales, a filha do maestro Henrico Sales e escrivão da cidade de São Gonçalo. Mas, no entanto, era preciso uma fortuna pra alcançar este sonho. Mil dólares eram preciso. Desde os tempos de menina, Laura ouve da boca de emigrantes italianos sobre Veneza dos poetas. Dos pintores como Picasso, Salvador Dali e Miró, mestres da pintura mundial. Entre muitas outras expostas em museus de Veneza. É um amor visitar a Itália tão famosa por suas arquiteturas seus afrodisíacos parques e encantos! Estar em Veneza! Amar os passeios de gôndolas pelo centro da cidade. Quem não gostaria? Este era o sonho de Lady Laura. A cidade chama atenção pra si, quando esta e de idade milenar. Artistas não parar de chegar de todo mundo desfrutar deste encanto que é. Um bom lugar pra um passeio a dois. Veneza venerada pelos deuses do cinema. Terra Nostra. Veneza acumula séculos de historias. Não muda jamais, o espaço fisicamente imutável. Suas ilhas inteiramente ocupadas por construções antigas. Erguidas há muito tempo. Daí a sensação de Que a cidade parou no tempo. Tudo permanece em constante mutação. Por enquanto Laura sonha acordada, pois depois que seu esposo ter feito uma viagem que assim podemos dizer, e não há de voltar bem o sei em vida, se, pois jaz deste mundo. Os amigos acharam que deveria sair ser feliz, amar, ter a sorte de encontrar outro amor.
Vinte e cinco de julho de 1960
- Quem sabe? E porque não? Veneza não é lá tão distante!
Talvez encontre um viúvo rico e...
Disse ela olhando para o riacho que corre ao fundo de sua morada. Embora tenha sonhos diversos, como estar numa noite de verão em Veneza, em um daqueles restaurantes de renomado gosto. Falo de Veneza com carinho de quem lá viveram anos a fio poetas famosos. O sentimento, o amor e o desejo de estar apaixonado, assim é Veneza. Ao que parece ser inspirado pela paisagem, navegar pelos estreitos rios milenares. Para celebrar a tradição do lugar. É um mundo mágico! Esplendido. Diversas atrações prendem seus olhares milhões de vezes, a força da beleza inesquecível trás um clima saudável a quem por Veneza parar. Alias o que se pode dizer da Itália é que é com certeza Veneza dos prazeres adversos. Museus, pontes, ilhas ambas iluminam as noites que as tornam românticas. Laura mora numa casa ao norte de São Gonçalo do Sapucaí. Quem não a conhece? Fica perto de um riacho de águas límpidas, que corta parte das terras de Laura. Pouco mais que uma casa comum, ela é construção antiga, seu piso, na maioria são de tabuas corrida. As janelas e portas são de madeiras coloniais. Na frente, um jardim, onde Laura faz questão de estar sempre. Seu quarto na cor bege, e pêssego, o teto branco e poucos quadros nas paredes. Ainda maior do que se pode imaginar! É o restante de sua morada. Moras com ela, duas amigas que trabalham no albergue, são divertidas, e estão sempre passando férias fora de São Gonçalo. No que se pode averiguar Laura esta sempre só. Doze seus cômodos. Uma sala ampla para receber os amigos, dos quais ela tem aos montes. Às vezes falamos de alpendres e muita gente, nem sabe o que é um, Talvez tenha um em casa! Mas não se usa. Vêem a lua doutos ângulos.
Existe um lugar reservado, aonde ela adora estar. Ao fundo, perto da churrasqueira, sentada ao balcão de seu bar particular, embora não tem oficio de beber, mas é ali, olhando para a pequena de águas azuis, é que seu tempo passa despercebido. De seu alpendre, avista a parte privilegiada de São Gonçalo. A rua dos romeiros 51 é sua morada. Muitas flores adornavam-na. A cidade encantada. Quando se pode sair, ela vai à lagoa de uma cidade vizinha fazer um ritual pelas manhas. Aos domingos vai a um conglomerado turístico Monte Verde, contar historia aos turistas que por lá não se sabe viver sem a brilhante pessoa que é Lady Laura. Tinha ela carinho por animais de estimação. Um gato siamês era de ter um dia! Sua vontade era estar com ele nos braços, se banhar nas fontes eternas de Veneza, ao lado duma daquelas tantas estatuas espalhadas pela cidade. Outro dia, Laura, saiu de casa para ver um amigo Martins Vignoli, artesão, que faz a vida numa daquelas calçadas do mercado central de sua cidade. São Gonçalo do Sapucaí é uma pacata cidade Mineira, fica mais perto de Sampa do que de beaga. Ela e seu amigo artesão se dão muito bem. Laura chega e o encontra de cabisbaixo e logo trata de dar um jeito de animá-lo.
Vinte e nove de julho de 1960
- Meu amigo? Que passas ô?
- Ola Lady Laura! Hoje esta um dia daqueles! Antes ficasse em casa!
Meus quadros merecem um ateliê mais requintado, mas sem um investimento não surgem os frutos.
Quem sabe um dia não vai para Veneza comigo?
- Sei disto meu amigo! Mas a vida não esta nada mole! Eu dou duro pra cuidar de minha casa, E ainda trabalhar no albergue de Monte Verde.
Não se faz gentes elegantes como em Veneza! Lá sim, é que é lugar de viver.
Quería estar la!
- Oras mi Lady! Siempre soñando! Me gusta mucho os pesares desta vita maluca ter sonhos assim.
Acaso pensas ir al? Solo?
- Que me as de ser? Se me esta difícil encontrar um vechio pra enamora-me!
Os homens de bem sumiram! Os galanteadores morreram com um Pablo Neruda da vida, se perderam no tempo. Homens dos tempos românticos se foram pelos rios quem corre os estrumes dos ignorantes e desprecavidos homens modernos.
- Eu sempre tive os pés no lugar! Quero agora te-los nas nuvens.
Venha mi Lady, vou lhe pagar um chá.
- Certo! Mas depois...
Depois vamos encontrar pra você um ateliê digno de seu trabalho. Sonharemos junto, meu amigo. Buscaremos a fonte de tudo isto que muitos encontram e só nós que ainda não encontramos.
- Verdade minha amiga! Vamos então?
- Sim.
Vou deixar meu carro no estacionamento e já volto.
Não tarda e ela chega com uma bolsa a tira-colo.
- O cartão de crédito e um pouco de economia não se pode fazer muito!
Mas dá pra um chá a dois.
Opa!...
Trinta de julho de 1960
Ela se dispõe a pagar a primeira rodada. Depois saem em busca do então ateliê. Poucos metros dali eles encontram uma loja pra alugar. Mas quando encontram algo de bom, é caro e zona sul. Mas Lady Laura não desiste em procurar o proprietário, este encontro fica pra depois, pois Fred não se encontra. Chama-se Fred. Senhor Frederico Giacono. Neste momento esta na casa de sua filha Helen Giacono. Casada com Jorge, um joalheiro falido. Este ficava no aguardo do testamento do sogro pra se dar bem na vida, quando este já dizia ser eterno quanto às estrelas, não haveria de morrer e lhe dar este gosto, sem que antes tenha uma vida melhor encontrada. Fred tem suas economias para futuro, e já com a idade entre cinqüenta e dois anos. Um tanto novo ainda pra se queixar das dores dos anos e com problemas de resfriados, tem diabete, toma seus remédios e esta sempre se lembrando de que uma hora desta, ele se vai. Seus cinqüenta e dois anos, já trás a idade as marcas do tempo. Sabe que não é mais um garoto. Espera deixar pra sua filha as propriedades, e sua aposentadoria. Avaliada sua fortuna em pouco menos de um milhão de dólares. Vive numa pequena mansão na zona sul de S.Gonçalo. Numa das ruelas menos movimentadas em um condômino, de classe media alta. São na verdade aonde a burguesia reside. Condomínio de Miró. Salão de festas elegantes, aonde recebe as damas da maior estirpe Sapucaiense já vista. Há de encontrar lá uma dona que o fará feliz. Acredita-se que tem seus dias poucos de vida, embora não o digas a quaisquer um. Lady Laura, poderia ser a esposa ideal, senão a distancia entre eles não fosse aqui registrada, que era tamanha. Tinha ela também o desejo de ser continuar a ser só. O medo de ter alguém era estampado no rosto. Lady Laura é a elite, a sabedoria de mulher conselheira, e amiga de todos os momentos. Quem não a desejava em São Gonçalo! Não houve audacioso o bastante para tal.
Ela tem um pouco disto tudo! A elegância no andar ate mesmo o riso largo, os olhos verdes,
cabelos aloirados e cacheados. Tem o tamanho de mulher brasileira alienada a italianos. Atraente,
poderia assim dizer. Cuida dos afazeres da matriz desde os tempos de faculdade.
Tocava o piano nos casamentos. Era convidada, vivia da musica que trazia na calda daquele piano que seu esposo,
que Deus o tenha. Sua aposentadoria só dava pra alimentar seus pequenos desejos e nunca o de ir até Veneza.
É caríssimo um passeio deste tipo. Esperava um dia encontrar um grande amor que lhe desse este presente.
Ou que seu filho Bentho ficasse rico com seus dotes profissionais lhe desse este gosto.
Já desde pequeno, era instruído pelo pai na profissão. Mulher do tipo de Lady Laura, nos dias de hoje,
só em telenovelas! Se bem que conheço varias na classe media alta da sociedade.
Poderia descrevê-las, mas não o faço por algum esquecimento acometer equivoco.
Cinco de agosto de 1960.
- Adoraria ficar de falas com você Martins, mas... Marquei de encontrar-me com meu filho!
Ainda hoje me apresento ao dono do
estabelecimento que te falei, depois lhe
digo. Faz dias não o vejo!
E minha nora? O que pensarias de mim?
Uma sogra desnaturada?
Não quero esta marca pra mim.
Disse a Martins e se foi.
Tão logo que Laura chega à casa de seu filho, à frente ao apartamento, e no estacionamento,
uma família acaba de entrar, um garoto com cara de poucos amigos desce do carro enquanto seus pais entram no prédio.
Laura nunca foi eximia manobrista, nem sei se tinha carta, mas tenta a todo esforço entrar numa minúscula vaga no estacionamento.
Ela dá uma ré e amassa o pára-choque do veiculo. O garoto vê e quando este se aproxima pra ver o estrago.
- Quem manda não saber estacionar? Com tanto lugar, este metido quer tomar tudo pra si.
- Este carro é do meu pai!
Disse um garoto que estava por perto.
- O que? Pois então diga pra o seu papai querido que...
Não diz nada! Na verdade você nem me viu. Bico calado se não!...
- Esta bem! Nada direis, mas e se minha mãe me perguntar? Quer me colocar de castigo? Ela é muito brava e...
- Fique calado nada digas a ela! Ainda não aprendeu com a política deste país?
Nada se viu nada se vê. Caso contraria minha vontade, eu mesma te colocarei no castigo.
- Esta bem minha senhora! Nada sei! Tampouco do que diz sobre os políticos.
Sou um garoto ainda e...
- Ops! Melhor não saber mesmo!
Nisto o elevador se aproxima e Laura sobe para o terceiro andar.
O garoto mora no mesmo prédio, era filho de Helen Giacono.
Seu apartamento fica do outro lado, de Bentho, filho de Laura.
Laura entra, bate a porta bem devagarzinho enquanto é observada pelo garoto.
Sete de agosto de 1960.
- O que foi mãe? Parece-me estar tensa!
- Que nada Bentho! Estive atarefada por estes dias, tentando encontrar um gato perdido no Monte Verde.
- Esta bem! Se for isto que diz
Tomas um chá comigo e Suellen?
- Aceitarei com gosto meu filho!
Deveras estar uma manha de muito frio nestes últimos dias de julho, entrando para agosto, logo virá vento frio por ai.
Não demora e Suellen trás a Laura uma xícara de chá com toradas fresquinhas
Tal foi o movimento que se dava lá fora quando o dono do carro de pára-choque amassado vê
E culpa sua mulher de não saber dirigir.
- Que eu tenha feito isto, não o sei! Sai com este carro pela tarde, fui ao cabeleireiro e depois a uma loja de roupas de verão. Nada senti bater, ou tampouco bati nalguma coisa.
O garoto que vira tudo, nada pode este fazer. O castigo prometido, embora Lady Laura não o fizesse, por se tratar de uma dama de preceitos.
Tinha medo de denunciá-la aos pais.
Ficou o dito pelo não.
O carro foi à oficina, ao cabo de que era apenas um pequeno arranhão.
O prejuízo ficou ao dono. Sem que este soubesse a verdadeira razão.
Dez de agosto de 1960.
Poetas nunca morrem!
Assim da-se inicio a uma palestra no salão principal do Monte Verde.
Frederico Giacono. Professor de literatura internacional. Acaba de chegar de Veneza, fez uma breve pausa para dizer sobre a Collezione Peggy Gunggenheim expõe um acervo em toda a Veneza, considerada um tanto quanto exótica, com obras de grandes pintores, tais eles como, Picasso, Salvador Dali e outros mais. Obras inéditas de poetas como Neruda, Machado de Assis.
- É o que diz os tempos.
Uma senhora de traços finos ergue o som da voz no salão, as pessoas se voltam pra si.
Disse;
- Conheci vários poetas, muitos deles, e os guardo na mente. As suas palavras, suas poesias e seus sonhos de vida. Os poetas são tão eternos quanto seus corações. Os poetas! Ah! Os poetas imaginários. Férteis são seus olhos, seus pensamentos, sua maneira de se vestirem e agir.
- São excêntricos por natureza.
Interfere Frederico.
Ela continuou
- Mesmos não querendo... São assim. Pena que o mundo ainda não decifrou seus enigmas! Seus meios de verem a vida. Ah!... Os poetas, estes meros coadjuvantes de destinos incertos.
Terminou a palestra e a convite de Frederico, Laura lhe faz companhia a um demorado lanche ao pé duma mesa redonda na beira duma lareira ao fundo do Hotel. Do qual aceitou com bom gosto a conversa. Ao fundo ouve-se o murmurar das pessoas dizendo que a condensa de Monte Verde, é bem capaz de fazer tais conjunturas aos palestrantes. Nem tanto pela curiosidade, mas pelo que se é permitido ousar.
- Olhe... Como se chama mesmo?
- Laura Flayng. Formada na Universidade de Amsterdam, em psicologia. Conheço cada passo deste chão poeta, li seus olhos, seus corações, poemas e contos. Fui esposa de um.
Deixaram-me dois belos presentes, filhos da poesia. Bentho. A gente era e sabia ser feliz. Eternizei este amor.
Dizem que faço parte do acervo deste albergue em Monte Verde. Rsrsr.
- Continuamos as descobertas.
Disse Fred.
- Nada se passa por acaso, nada se cria por criar, não se ama só por amar. Tudo na vida tem um por que. Um peso sem medidas. Tem um querer mais querer, tem um cheiro de mais querer. Tem um gosto mais gostoso quando se ama, quando se quer bem querer. Quando se beija mais beijar. Quando se faz a diferença... Quando vê o mundo com outros olhos. Querer-se bem.
- Olhos de lince?
Não é assim que os poetas vêem? Se você é um deles... “Vê com olhos de lince” e a cada momento em suas vidas uma poesia surge do nada! Do falar, do pensar. Você é assim?
Tem antenas imaginarias?
Perguntou Lady Laura;
- Não Laura! Sou poeta por natureza, tenho os pés ao chão e a mente no coração. Olhos voltados ao mundo, vidrados com as estreitas trilhas do destino.
Venho duma estirpe de poetas em que vê além de um todo, o mundo com bons olhos.
Vivido por países distantes, conhecedor doutas almas.
- Doutas almas?
Como assim meu poeta?
Oh! Desculpe-me! Às vezes esqueço com quem falo! Os poetas têm seus palavreados diferenciados. Quem não os entende?
- É um mundo em que se ama de corpo e alma aquilo que se faz.
Já ouvi dizer, que são solitários! Que são pensativos sempre. Aonde a palavra pertence ao coração.
Um momento a sós com um poeta...
Deverias não seria demasiado tempo de conhecê-lo.
Apertou-lhe as mãos e as beijou, seguiu-se em pausa de silencio entre eles. Um chá não seria o suficiente pra se conhecerem ambos.
- Parece-me que não. Sou duma era em que os homens vieram a pedir delicadamente a uma dama a sua mão antes mesmo de um pedido em casamento. É mais demasiado familiar. Não achas assim? Também com as poesias?
- Não me vejo assim mi Lady! Nem sempre somos, ou vivemos desta obsessão pela poesia. Temos sim os nossos momentos excêntricos. Mas não os chegam ser solitários poetas. Às vezes somos desejos de eternas paixões. Asas são pra voarem, se não os fosse Deus não as dariam aos pássaros. Como dizer duma inteligência omitida?
Omissão é pecado se não o sabes! Não deixar fluir a mente de um escritor... Pode estar contribuindo para o seu decline de vida. Ao pé que se diz com todas as letras; deixe o pássaro cantar seu canto, deixe o poeta a inspirar seus versos. Deixe o amanha nascer. O rio seguir seu curso. Afinal todos os rios correm mesmo para o mar.
“A fé sustenta o mar.”...
O rio sustenta o mar.
O mar cria os peixes.
Os peixes sustentam os homens.
Os homens sustentam a vida.
É a vida sustenta a alma.
Nós somos as almas deste mundo.
- Você é solteiro? O que faz na vida?
Alem de dar palestras? E ficar poetando por ai!
O que mais faz?
- Sou professor aposentado. Vivo do meu passado.
Tenho uma filha que mora aqui na sua cidade! Um ou outro imóvel pra ter com o que viver.
Nada mais. Esta filha me veio de um primeiro casamento, namorei outras mais. Enfim estou só. Não sei se... Bem...
A idade vem chegando e...
- A idade vem e tão logo se vai! Não é assim que queria dizer?
- De certa forma que sim! Eu queria uma mulher que ao pé do sentimento deste coração, fosse capaz de amar sem que a idade, fosse uma barreira. Que ao pé duma amizade, seguisse a ter uma relação mais profunda.
Devo ir agora... A Hellen me espera!
- Com licença – ele disse a ela e se foi.
Deixe-me passar, por favor.
-Ligue para mim assim que a noite cair!
- Lembrar-me-ei disto!
Toda esta razão, com efeito, as foram ditas. Fred não imaginava que seu destino era previsto. A razão é o cérebro agindo direto ao coração.
Um gesto é nada mais deveria acontecer, senão o obvio.
- Acaso você é o pai de...
Hellen? Será a que conheço em São Gonçalo?
- A conhece então! É minha filha.
- Estive antes de ontem a sua casa!
Procurei-a para alugar-me uma loja na área central pra um amigo meu e...
- Esta alugada!
- Mas me disseram que estava por ser alugada e...
Esta desde já alugada pra você Laura.
- Mas como se não nos contratamos?
- Façamos um negocio! Você aluga e depois que tiver os lucros, combinaremos um preço adequado.
- Esta bem.
Tão logo chegarmos, irei até a loja ver se não precisa de uma pintura nova.
Agora tenho mesmo que ir.
Tem uns turistas chegando de Los Angeles e devo fazer-lhes companhia.
Encontramo-nos em São Gonçalo há qual dia?
- Pode ser no sábado pela manha, se hoje ainda é quarta-feira.
- Pode ser! É mesmo o dia em que me encontrarei com Martins.
Aquele amigo que te falei.
- Combinado mi Lady!
Os sentimentos acabam comigo
Um caminho não é pouco, mas será ilusão dos meus olhos?
Aonde foram parar os sentimentos que me acabam de revelar Trespassará minh’ alma uma flecha, se não é este meu destino.
Pensou Frederico.
O que eras pra ser uma manha de chá haveria de se tornar mais tarde em algo mais serio.
Suspirou Fred. O amor é um caminho sem volta, só quem ama sabe do que digo.
E ela se foi. I thrink about you all the time.
Frederico escreveu neste mesmo dia a Veneza, sobre a magia de Monte Verde, era de ser a força inacreditável do amor emanado neste espaço de mundo. Tal qual Veneza.
A luz do luar de Monte Verde é mais que um luar. Ha de ser saber lo que digo o lector.
Se existe certo tempo para tudo nesta vida.
Doze de agosto de 1960.
Belo dia em que Lady Laura, se encontra com Martins.
- Ó Dios mío! Se não é meu amigo, Martins!
Suspira ao vê-lo! É uma amizade antiga, se deu numa tarde em que Laura, seguia.
Para Monte Verde e seu carro sofrera um estrago e parou de funcionar.
Martins que vinha de São Gonçalo de Sapucaí fez-lhe o favor dos primeiros socorros mecânicos. Tratava-se apenas de uma regulagem no carburador, nada mais. O que não foi mistério pra Martins. O veiculo maverik já conhecido dele, não seria obstáculo. Assim fomos apresentados. Era o que se lembrava Lady Laura ao se reportar ao amigo com carinho.
- Enfim! Martins. Conseguimos um ateliê pra você!
- Que dizes minha amiga?
Que me conseguiu um aluguel?
- Sim! E quero que me acompanhe agora mesmo! Vamos ter com o senhor Frederico.
Não tarda e se encontram no lugar devidamente marcado por Laura e Fred.
Um restaurante fino de São Gonçalo fica ali na praça dos bandeirantes. Lá se encontram.
Frederico vê com bons olhos os de Laura, ao pé que Martins observa este tento. Após um chá com torradas, eles se dirigem ao que propósito era fim. Tão logo se deu as apresentações seguiu-se em frente. Não mais que dois quarteirões, era situado o imóvel do qual se falara.
- As chaves?
- Não as trouxe?
- Sim! Mas que as trouxe é de certo.
- Aqui, senhor Frederico!
Bem aos seus pés quando se abaixou os olhos a olhar os olhos de quem não viu, deixou-as cair.
- Desculpe-me meu rapaz! Ando distraído ultimamente. Venham, entremos e que seja feito tal como idealizaram.
Frederico Giacono, dono de uma inteligência ilibada, se vê empolgado com os brilhos nos olhos de Lady Laura. Pra uma condensa, o que se esperaria era de que um palácio nada mais nada menos que.
Um hall enorme, era de ser muito caro, pensava ao fundo Martins. O piso, e a escadaria eram de mármore. As portas de madeira maciça e ferro, o lustre que adornava o hall, era cristal, e foram conservados com o tempo. Mediam juntos de área construída e não, pelo menos uns 3200 metros quadrados. Quadras, uma piscina, campo de golfe, uma lagoa ao pé da montanha aos fundos da propriedade.
Um pequeno escritório a direita, depois seguia um espaço que serviria de oficina. Seja o que for a resposta era sim. Há um preço simbólico. Servia antigamente como um clube da cidade, hoje, se transformaria em um albergue. Haveria de ser o lugar ideal pra se concretizar o ateliê de Monte Verde, assim Martins, daria cabo de suas pinturas, daria aulas aos habitantes de São Gonçalo do Sapucaí.
Dali em diante, o mundo o aguardava. Exporia ali adereços de tal modo que influenciaria a cultura das cidades dos arredores de São Gonçalo do Sapucaí. A condensa seria o elo entre a arte e cultura de São Gonçalo. Tinha ela ousado em acreditar em projetos assim, tanto que se fez de aparente aquela que viria a ser um ícone da literatura brasileira. A tudo era permitido ousar. Lavrou-se um documento, para fins de uma parceria entre eles.
No dia seguinte ao se mudar com todos os adereços que lhe era concebido, Martins se muda pela manha. Com a ajuda de Laura, segue um ritual quase que sagrado.
O retrato de Lady Laura seria exposto ao hall de entrada do salão.
Ao que se diga à poesia que Frederico Giacono, lhe descrevia. Seria o ponto único de exigências entre o proprietário e o pleiteante do imóvel.
Condensa de Monte Verde
Sou o sol
Que o mundo
Vem afagar!
Sou
O vento...
Que venta
E não para pra
Esperar.
Sou a água
Que vem banhar
Seu corpo...
Nas noites de luar.
Sou...
Oásis que jorra
E não para
Nos desertos
Do Saara.
Nem o rio,
Nem o mar.
Sou a fonte
Das
Corredeiras
Nas
Trilhas
Do mundo...
Tentando
Te
Encontrar
Nas rimas
Deste
Poema
Que do acaso
Veio-me
A
Inspirar.
Frederico Giacono
Quinze de agosto de 1960.
Fundada em São Gonçalo de Sapucaí, o ateliê do professor Martins. Sob a direção de Lady Laura e Martins.
Obra realizada em particular, com fins lucrativos, digo-o por se tratar de uma oficina das quais as obras seriam destinadas aos seus produtores, para que estes se mantivessem em torno de seus trabalhos e sustentariam assim sucessivamente. Ter conceitos fundamentados em fazer fluir a literatura seja escrito composta em obras desenhadas a punhos. Paraninfo deste se auto entitualiza o poeta de Monte Verde. Deu-se o titulo cidadão no dia do aniversario de São Gonçalo do Sapucaí. Da-se 31 de maio de cada ano, em que é atribuído o seu idealizador Frederico Giacono, a primeira exposição de quadros do ateliê de Monte Verde, na cidade de São Gonçalo. Há indícios de que toda a corte de Monte Verde se faça presente também na inauguração do ateliê de Monte Verde. Para deleite dos transeuntes, é apresentada “O luar de Monte Verde”, obra criada por Martins. Cuja obra foi avaliada em duzentos mil dólares. Os pais da pintura podem ter copias em suas casas, ao preço de pouco menos. A obra será mostrada ao publico pagante ao preço de vinte dólares. Parte será destinada ao acervo do Ateliê. No dia vinte foi à data indicada pra a abertura da semana literária de São Gonçalo.
ANTES SONHAR
19 de agosto de 1960.
Sexta feira
Antes sonhar...
Que ficar tecendo conjunturas. Falemos de sonhos concretos.
Francamente eu conheço talvez se ninguém entender os motivos que os sonhos revelam aos corações, quem me as de entender? Ser ou não ser... Eis a questão. Ops!... Acho que li isto em algum lugar.
Basta-me crer naquilo que cada um se propôs a fazer nesta vida. Andei em boa sombra desde meus dias de adolescente. Viajei por mares distantes, se amei , amaram-me. Se não me amaram, não os amei. Por menos... Não os esqueci. Escrevo minhas formas de ver a vida, imagino-as discretamente, nem pra mais nem pra menos. Uma literatura diferenciada. Ao que se pode ver hoje a cidade de São Gonçalo do Sapucaí, recebe seus ilustres convidados, numa vez que pode ser das melhores obras já registradas em Minas Gerias, sem dizer ou porque não o dizer, um atraente marketing literário desde o nascimento de Salvador Dali. Outros mais. Excelentes pintores.
A principio era esperado um numero menor, em virtude de ser o primeiro de muitos que virão, foi-nos surpresa, digo em termo histórico que recebemos obras inéditas de homens famosos, tais como os de Frederico Giacono, e Martins, seguidos doutos mais. Apresento-lhes o senhor Eriberto Cunha, nosso vice-presidente da câmara dos vereadores da cidade.
Bem senhoras e senhores...
São Gonçalo do Sapucaí e Monte Verde recebem de braços abertos este evento literário. Tão logo abriremos as cortinas para que estejam para julgamentos e leilões com forme dito, em nossas propagandas.
São dezoito horas e os convidados se encontram ao pé do jardim do Ateliê de Monte Verde. Ao todo são duzentas obras a serem apreciadas pelos jurados e convidados. Um bufe acompanha com toda uma infra-estrutura feita com louvor aos participantes. Fico agradecido pela gentileza de ouvir-me. Deixou-os com a senhora Pinkerton.
Oras o que traz aqui, belos quadros e muita gente bonita. Sou a senhora Pinkerton, de Los Angeles, literatura internacional. A principio pensou-se no que fazer. Tínhamos no controle o patrocínio de um banco mineiro, algumas financeiras no caso do ateliê não exigir pagamento imediato. Lembrando que são obras de cunho requintado. Sempre sorrindo. Laura diz que é preciso estar acordada e em tudo ter o controle da situação. Pois somos seres iluminados. Tudo o que se toca vira-se ao nosso favor se os tocar-mos em pontos adequados. É sabedoria criar coisas que demonstre seriedade. Bem vindos ao ateliê de Monte Verde. Quem vos fará saber um pouco mais é o senhor Anthonny, mestrado em poesias, mineiro que encontrei em Veneza ano passado.
Obrigado senhora Pinkerton!
O Brasil precisa de imaginação para sair deste sistema ante literário que faz da gente um punhado de pessoas menos esclarecidas, e perante a sociedade, ser ágil no saber, ser ágil do criar, é algo serio de que falo aqui. Nós temos o dever de raciocinar naquilo que é digno de ser apresentado, e hoje, o Monte Verde ateliê apresenta uma versão de literatura espiritualmente focada em Antes sonhar... É meditar no ponto que buscamos pra nossas vidas. “Antes sonhar” é o meu mais recente livro de romance brasileiro, do qual estarei autografando-o aqui nesta que é uma casa de poetas, artistas mundiais. Gratos, perdoai-nos a todos os poetas senão os são excêntricos deveras menos que não os são.
Antes Sonhar...
O prefeito Airton e sua digníssima esposa Helena continuam o discursar.
A proposta que temos aos visitantes é de que seguimos um roteiro pela cidade de São Gonçalo do Sapucaí, e aqueles que se dispuser de tempo, lhes mostraremos a cidade e sua boa comida mineira.
O que não falta por aqui.
Termina o discurso a eles são apresentados os arredores do ateliê de Monte Verde.
Fred segue de braços dados à senhora Pinkerton...
Disse;
O nosso hotel lazer é que haja diversão e tranqüilidade, propomos alternativas para que todos fiquem satisfeitos e voltem sempre.
- Bem como para os casais, alem de todo gosto!
- Sim! Investimos em detalhes culinários e atrás de novidades, implantamos pequenas lanchonetes por todas as praças, trazendo melhor conforto e praticidade aos ilustres visitantes.
- Queremos tornar a estadia de vocês, mais confortável, enfim fazendo de tudo para tornar a vida mais bela e divertida.
Disse Marins a um dos convidados de honra da casa. O senhor Alerton de Vasconcelos.
Colecionador de quadros, da cidade de Birigui.
- Se for o que vocês vieram buscar?...
Aqui temos uma cantina bem ao modo caipira, e serve uma das melhores comidas da casa.
E para aqueles que ficarão mais tempo, ao que vamos mostrar-lhes em breve, as cachoeiras e suas trilhas.
- É uma estadia segura e tranqüila, posso assegurar-me disto!
Afirma o prefeito Airton.
- Certamente que sim! Senhor Alerton.
Para o ano seguinte, quero tornar esta cidade em modelo para o estado de Minas Gerais.
O progresso deverá entra pela porta de São Gonçalo e permanecer crescendo. Ao que posso dizer desta obra aqui hoje, os artista são bem vindo, e suas obras magníficas nos indicarão os passos daqui pra frente.
Devo receber agora a senhora Martha do conselho literário de Belo Horizonte, ela vem com o esposo, o senhor Charles de Ventura, colunista do Diário da Tarde Permita-me?
- Pois que sim meu caro Martins.
- Deixo-os com a condensa de Monte Verde e o senhor Fred.
ANTES SONHAR...
20 de agosto 1960
sábado
Às nove horas, Frederico foi ao palco para anunciar, a pedido do senhor prefeito.
Não é de hoje que eles gostam de exibir suas ofertas para inglês ver.
Bem senhoras e senhores, bem vindos novamente.
A beleza nos espera.
Sei que discretamente, cada qual expôs seu trabalho em poucas e brandas palavras, sabias palavras digamos.
O Monte Verde é a casa da literatura, e a partir de hoje nunca mais será a mesma.
Acabo de receber das mãos do senhor excelentíssimo prefeito Airton o apoio de dois mil dólares pra educação turística desta casa. Estejam em casa.
- O que não é uma maravilha! Mas serve de consolo esta oferta do Airton.
Diz Martins a senhora Pinkerton.
- Tomemos um chá senhor Martins?
Falemos de negócios exteriores. Veneza fará gosto ter sua obra em nossos próximos eventos.
- Vai a Veneza?
Perguntou Martins
- Pois que sim!
Tenho negócios lá.
- Deveras que sim madame Pinkerton! Que é lisonjeado prazer.
Vamos á cantina, acompanhado de torradas, ao pé do qual me diz, teceremos algumas palavras.
Dentro de algumas horas, serviremos o almoço.
Saberá saborear a comida mineira.
- Sabe senhora Pinkerton! Ficaras para o baile em Monte Verde, creio eu?
- Deveras meu caro artista! Não o perderia por nada deste mundo.
Dizem em Veneza, que Monte Verde é o segundo melhor lugar de minas em matéria de lazer e privacidade.
Antes mesmo de partir. Quero conhecer o mosteiro de São Gonçalo.
Ficarei dias aqui, devo levar a Veneza o Maximo de informações.
- E pretende levar-me junto? Rsrsr.
Opa!
- Deveras se quiser! Tenho mesmo sentido falta duma boa companhia! Rsrsr
- Levaria uma amiga minha?
- Porque não dizer?
Estamos buscando literatura e seus criadores.
- Oras senhor Martins! Tens alguém em vista?
Oh! Claramente senhora Pinkerton!
Uma amiga do qual sabe quem, se não o sabes lhe direi.
A condensa de Monte Verde! Tens sonhado com uma viagem assim.
Acredita-se que jamais fará tal intento, senão por um milagre divino.
- Falemos mais tarde, no baile, se possível.
Disse e se foi.
Martins resolvera apadrinhar sua madrinha.
Dez horas, 21 de agosto sábado de 1960.
São Gonçalo do Sapucaí.
LÁGRIMAS DO SOL
Martins é homenageado com “O Lagrimas do sol”. Intitulado como uma das mais requintadas de sua obra contemporânea. Diz-se que, já vendeu numa única apresentação, duas mil para o estrangeiro. A Europa inteira soube dele.
Hoje, é o dia da literatura Brasileira. Uma única semana, e já podemos concluir que é sucesso garantido.
Tal foi o dito, que fez fluir o amanhecer em São Gonçalo do Sapucaí, era esperado, o que era previsto pelas pesquisas realizadas entre os dias sete e quinze do mês de julho até os dias de hoje.
Segue o dia, os convidados estão chegando, uns já se encontram no recinto, outros esperam o julgamento de suas obras. Estão em apreciação dos jurados, os quadros; Lagrimas do Sol, de Martins, Antes Sonhar, livro de Anthonny, o quadro de Martins, O luar de Monte Verde. As poesias de Frederico Giacono. Os livros da senhora Pinkerton. E vários outros quadros famosos, sendo que, para a exposição, o importante, é o reconhecimento que esta inauguração poderá surgir. O turismo de São Gonçalo deve trazer o progresso e depois, muitas empresas poderão surgir aqui.
O trem entre Monte Verde e São Gonçalo, deve ser colocado novamente nos trilhos.
- Senhora Pinkerton? Ele...
- Ola Martins! Estava mesmo te procurando!
E ontem à noite? Dormiu bem?
- Claro que sim madame! Fiquei até tarde na praçinha, mas à noite esta estava fria, o clima de São Gonçalo, nestes meses de julho e agosto, é deveras, frio. Mas tive como chegar a casa, tomar uma ducha quente, depois tomar um chocolate ao pé da lareira. Falávamos sobre Veneza, e toda a Itália.
- Falávamos?
Tinha convidados?
Oh! Mil perdões, não lhe falaram de Lady Laura.
Estava aflita por causa da exposição que não dormiu a noite inteira.
Sabe como são as mulheres não?
Ficamos de falas, eu ela e o senhor Frederico, sua filha e seu genro.
E por falar nela...
- Mi lady Laura, me acompanha, quero lhe apresentar à senhora...
- Pinkerton de Los Ángeles!.
Encantada señora Pinkerton.
Recordo-me de suas obras. Já tive prazer de vê-las.
- Não é exagero o que Martins me falara de você!
Es mesmo a dama de Monte Verde.
- Obrigada, mas devo aos amigos este titulo se não é exagero deles.
Mas esta gostando da exposição?
- Sim! Claro, não se fala em outra coisa em toda a cidade.
E o mais aguardado da noite, é o baile em Monte Verde! Não estou certa disto?
- Certamente que sim, senhora Pinkerton!
Ira gostar de lá.
Faz tempo não danço naqueles salões enormes de Monte Verde!
Mas não arredo mão duma boa convença ao pé duma lareira.
Tenho meus convidados, se quiser fazer parte, será recebida com carinho.
Contamos causos diversos. Divertimo-nos muito.
- Acompanhado de um bom vinho escocês?
Ula, lalá! Se não é meu predileto.
- Saberá apreciar os nossos vinhos nacionais também.
Pois a qualidade de uns, são internacionais.
- Olhe, tem um vinho que queria experimentar!
O Campo Largo. Um mineiro me falou muito dele em Veneza.
- Temos uma adega cheia deles.
Pois que fique sabendo, irei com prazer ter com vocês ao pé da lareira.
O dia passa despercebido, muitas obras são vendidas, colecionadores de vários lugares estiveram compradores hoje.
Os desfiles são uma das grandes atrações desta exposição.
Com objetivos adversos, promovendo o instituto Monte Verde, o setor mineiro de hotelaria também,
Trás benfeitorias a cidade. Workshops e palestras consolidadas, com a maioria dos estandes vendidos.
Tinha gente de todos os lugares, Valadares, São João Nepomuceno, Juiz de Fora e outras mais.
O projeto desenvolvido por Martins é sucesso total.
Das obras mais vendidas, estão incluídas o Lagrimas do sol. A Noite de Luar de Monte Verde. O livro Antes Sonhar de Anthonny Guimarães.
O sofisticado quadro do solar dos Pinkerton.
Faturamento alto foi o resumo da festa.
A noite se aproxima, a festa termina com o ultimo leilão do dia. A ponte de Monte Verde, seu criador...
Até o momento, incógnito.
Abramos o envelope que esta exposta junto a ele.
Ao passo que podemos dizer, ser a obra desta exposição. Vendido por cem mil dólares.
Pertencia a família da Condensa de Monte Verde.
Vendida para o arquiteto Jean Paul. Da Inglaterra.
- Como não me disse Mi Lady Laura?
Perguntou Martins.
- Este quadro, falado, desenhou-me. Meu pai quem o pintou. Era hobby de ele pintar ao luar, ou pela manha.
Pintava com a alma. Era pra ser apenas um quadro, mas tornou-se valioso em toda a Itália. Não esperava mencioná-lo como tal, apenas, para ser apreciado. Estávamos sentados ao pé da ponte de Monte Verde.
Meu pai pintava, enquanto eu, na minha ingenuidade aguardava um amigo que havia de chegar de Veneza, e me contar seus causos de sempre. Mas ele tinha outros planos em vista, e acabou não vindo. Esperei-o por longos anos de minha vida. Quis o meu pai, que esta obra, fosse doada. Os quinze anos de minha juventude, escrita em obras, pelo meu pai. Uma delas é A ponte de Monte Verde. Acaso um dia viesse ser sucesso. Como forma de gratidão ao talento de meu pai, Farei esta doação em prol da literatura desta cidade onde nascemos e vivemos.
Criou-a naquele dia, aonde pescávamos quando crianças, eu minha irmã, e meu pai. Mamãe cuidava dos pescados a sua moda.
Disse e se foi do salão do ateliê. Fora tomar um ar da noite que se inicia em São Gonçalo.
A PONTE DE MONTE VERDE
Assim foi assim será todo o sempre em São Gonçalo do Sapucaí. Bem que se sabe que aqui, esta ponte é o elo de muitas amizades entre as pessoas que neste lugar vieram passar apenas uma temporada de férias.
Lady Laura, é que nos conta, em dias que sua equipe comanda a caminhada por estas bandas.
Houve um tempo em que a pesca era proibida na perto da ponte, não fosse os rios aos arredores secarem com a seca, as chuvas eram distantes, tudo teve de ser mudado, ao redor da ponte dava-se o melhor pescado da região. Os peixes tinham mais o que se alimentar. Não era proibido dar comidas aos peixes!
Os visitantes recebiam certa quantidade de ração para peixes, dos quais, fiscalizados pela equipe de Laura, era permitido alimentá-los. Ao pé que, as crianças que nem ousara fazer isto um dia, fazia com gosto. Hoje,
Continua assim. Uma terapia para os adultos, aprendizados para as crianças. Preservar a natureza, para sua própria vivencia. Era esperada a noite, para o grande baile. Senhora Pinkerton, acompanhada de Martins, seguidos de Lady Laura, Fred, o prefeito Airton e sua esposa, seguidos doutos mais, a festa vinha com muita alegria. Bem sabendo, após o sucesso da exposição, era de ser comemorada com júbilos.
- Oi Martins!
-Ah! Ola senhor Bentho!
-Viu ai minha mãe?
Claro! Vi-a com o senhor Frederico indo para o salão.
- Obrigado! Irei ter com eles.
- Com sua licença Martins!
- Passe bem jovem Bentho.
- Boa educação tem este menino! Filhos da aristocracia.
Pode-se esperar tal tratamento.
Sua mãe uma dama, quem não a conhece?
- Pelo jeito que fala dela senhor Martins...
Não se apaixonou por ela?
- Pode ser! Talvez a ame! Quem não se apaixonaria por ela? Bem afeiçoada, sozinha. Que mal tem isto?
Olhos azuis, seios médios, elegante, aqueles cabelos loiros!...
Sempre nos perfumes.
- Nenhum! Apenas um comentário!
- Houve tempo em que se ela me aceitasse... Seria com prazer seu namorado.
Nossas vidas são opostas. Não me enquadro em seus parâmetros de vida! Assim como aos meus.
Sou aparentemente, solteiro por convicção. Nada tenho, senão o dia e a noite. Creio eu,
Não serei domado por mulher alguma! Se isto lhe diz alguma coisa... Senhora Pinkerton.
Sem querer ser rude e...
- Opa!
Pra mim, tudo bem!
Enamorar... É questão de tempo!
Ninguém vive só, meu caro Martins.
“É bom que o homem não viva só”
- Penso assim senhora Pinkerton! Vamos aos vinhos?
Sim! Já esperava este convite, faz tempo.
Ufa! Que calor em? Não esta sentindo?
- A temperatura de Monte Verde? Oh não!
Já me acostumei com ela. Faz frio à noite, e saberá melhor, quando estiver dançando.
- Aquela senhora Pinkerton, haveria de ser menos discreta!
Pensou Laura.
- Dando em cima de Martins! O que ela quer?
- Falou alguma coisa mãe?
- Não meu filho! Pensei alto demais. Acaso viu a Thais?
Pegue um vinho pra mim?
- Oh sim!
Ei-lo aqui.
- Se não percebi, o leitor há de te-lo. Ciúmes por conta de Laura?
Deitou-se ao colo da mãe o filho Bentho. Sentia falta daquele colo! Enquanto os olhos não desgrudavam dos de Martins. Sua irmã era mais requisitada, quando crianças. Ele às vezes deitava e dormia. Tinha que carregá-lo para a cama. Na verdade, os filhos nunca crescem. Era tarde, quando a senhora Pinkerton e Martins se juntaram ao pé da lareira, para uma prosa com os amigos. Interrogou-se por demorar tanto Lady Laura.
- Estávamos nos divertindo Laura! A senhora Pinkerton, é bastante divertida.
Tomou-se vinho suave, acho que tomou até demais.
- Tomou-se? Bebi uma adega inteira de Monte Verde!
Experimentei de todos um pouco.
Esta noite vou me esbaldar.
Aproveitar a vida com estilo.
Deu uma manobra com o corpo e desceu as escadas.
Morena dos olhos apertados, cabelos longos e pretos, idade, entre os trinta para quarenta, essa é aparentemente a senhora Pinkerton de Los Angeles. Bela dona! Sem dono. Ela adora ser fotografada.
E com um requebrado que deixou Martins de boca aberta. Seus olhos caminharam com as ondas daquele corpo.
- Gostou Marins?
- Hâ? Do que falas mi Lady?
- Do vinho suave que esta tomando!
- Belo! Excelente, não sabes o que perde! Se não tomares aos poucos, não saberás o sabor que tem.
- De fato!
Não sei mesma! Bebo por esporte, não por vicio.
Acho que um bom vinho, Poe mesmo a mesa!
Não é verdade senhor Frederico?
- Sim mi Lady!
Ao que se pode dizer; o que seria da festa sem o vinho?
Naquela festa, em Cana da Galiléia, Jesus transformou água em vinho. E dos bons, foi o que disseram.
Os convidados dos noivos.
- A senhora Pinkerton, esta gostando do baile?
Perguntou Fred.
- Ao que se pode expressar, ela esta amando tudo aqui!
O senhor Martins lhe faz a corte. Rsrsrsr
Não é Martins?
- Porque esta sorrindo mi Lady?
- Força do habito Martins.
Não me foi intenção alguma.
- Aceita dançar mi Lady?
- Eu? Oras Martins! Se não me conhece bem, só danço depois das onze! Quando a festa esquenta as turbinas! Mas aceitarei dançar com você!
- Então?
Vamos?
- Sim!
Martins estende-lhe as mãos e a conduz ao salão. Uma musica soava ao fundo, de modo que era romântica.
Duas outras seguidas foram se ajuntando, aos olhos dos transeuntes, eles se davam bem.
De certa maneira que era a alma e o corpo que se tocavam, e não os olhos vistos doutos ângulos.
Martins, e Laura, não seriam outros de muitos, casais de amigos que se encontram situados no amor.
Mas síria pedir ao padre que aceitasse esta união, uma vez dada a mão? Se não as deu, dará.
Ouve quem não se arriscou e viu o roçar dos lábios se, qual outro não cedeu, se não foi desta vez que os olhos viram! Ambos eram de juízo feito, talvez um para o outro. A musica, o inesperado? Tudo pode acontecer. Depois saíram para dar uma volta aos arredores do Monte Verde, a lua esta naqueles dias. Esplendida.
Ficaram de falas até mais que pareceu ser. As noites enluarentas de S.Gonçalo. eram as mais belas.
Outras horas em que se lembraram luas passadas. Inda que seus olhos, o brilho refletisse, mas as mãos tremulam desciam e se apertavam entre a outras. Via que suspirava ofegante Martins, Laura estendeu-lhe os lábios, e este, a beijou. Quis-se fugir do destino, fugir da realidade, era demasiadamente tarde. Era envolvente este momento, tal qual se deu à alma o arremesso esperado. Não que tenha previsto este intento! Mas que o destino é dono de eternos corações dos quais não se sabe o homem. Foi deixando pra trás o mundo! Agora, era de estar estes ligados. O céu se abriu em estrelas, uma delas, cadentes, caiu. Deu tempo de um pedido fazer. Olhou-a nos olhos, beijou-os. Fez-lhe o pedido. As estrelas se encarregarão de sede-los ou não. Eu que vinha este enlace apadrinhando, que se trata de uma mulher envolvente, que me agrada a alma, senão as de Martins, apaixonado por ela. Era de saber, os olhos fitados nos dela, não os parou. Aquela noite poderia dizer dos amantes, em todas, aos cantos e recantos de Monte Verde, se via enamorados entre laçados pela magia noturna. Loucos e apaixonados, feito estrelas, eles se madrugavam, dançavam, espantavam a solidão se existiam antes. Se ontem a saudade era mantida acelerada, ao pé que hoje, é carinho, ternura e amor. Na experiente descoberta dos amores, cuidados e afetos vão além do simples gostar. Para quem as dedica ao amor intenso pode se fizer impossível por alguém, ou tudo acaba se a noite se foi, senão a fogueira deste amor alimentar, seria demasiadamente fugir da realidade vista. Dos amantes, era assim intitulada esta noite. Podem-se contar os beijos, não se deverias de contar estrelas sem se dar conta ao final. Eles ficaram aos beijos e abraços a olharem estrelas.
- É melhor descermos!
Disse Lady Laura.
- Antes mesmo que se dêem por conta de nosso paradeiro.
- Fica comigo mais um pouco?
Pediu Martins.
E esta cedeu um pouco mais, se também não queria ir, não foi. Esperou. Seguiu-se de beijos que só a noite era testemunha do que se passava entre eles. Tão próximo era o paraíso. “Seu gosto, seu carma” dizia um mestre tibetano Lama Gangchen. Um bom vinho os acompanhava, seguidos mais tarde, era esperado uma rodada de champanhe. Dizem que foi Dionísio, um deus grego que inventou o vinho, e depois saiu ele pelo mundo ensinando as pessoas a fermentar frutas para beber. Expansivas, felizes e chegar ao êxtase. Faltaram dizer, os resultados futuros. Era de se esperar, não se conta santos, só pesquisando.
- O vinho é essencial à saúde, aos poucos, não aos exageros.
Disse-lhe Martins.
- “As impurezas do mundo... não pode penetrar na sua intimidade.” É com esta mente, que se pode alimentar a alma de dois corações apaixonados?
Indagou lady Laura.
- Não leve a vida tão a serio, pode dar em tudo ou nada. Mas se ontem era paixão, hoje amor.
E porque não se dizer; “Deixar fluir o amor”?
O momento era a energia das estrelas mais alta que se colocara entre eles. O brilho a favor, o momento é de expansão e muita alegria. Lady Laura, vestida de um vestido na cor verde água, os sapatos bege, o cabelo solto, combinava, com seus olhos azuis. Eternamente apaixonantes. Um sorriso estampados no rosto, era o gesto da felicidade, se não me arrisco em dizer aos leitores; era o sol e a lua que se formava em eclipse. O momento expande alegrias, ilumina os bons fluidos. O lado emocional dispara dentro de nós, o instinto natural a curto ou em longo prazo, refletia luz das estrelas.
Dirigiu-a Laura e;
- A vida é como um mar, quando sem ondas brandas fica turva, e não se satisfaz.
Mas não se esquecendo que as ondas é que faz agir o coração de quem ama.
Às vezes ficam ocultas pela inércia, pela desesperança, mas opta em buscar o essencial.
- “Volta-se um passo atrás para dar dois à frente” meu desejo só quer seu calor.
Diz lady Laura.
- O seu amor é igual ao meu céu... É neste sonho que me encontro.
Antigamente, eu acostumava vir aqui, e me dedicar aos quadros que pintava, hoje sou parte dele, eu e você. A vida não tem graça mais sem você! Às vezes não sabia por onde começar se era de trás pra frente, ou se esperava o momento, embora fosse preciso saber das duas, senão me arriscasse nada arrancaria do destino, senão que ele mesmo se encarregasse de nos aproximar.
Dizendo isto, Martins demonstra seu amor, em poucas palavras.
Ao que ela responde.
- É bom ouvir os grilos, ver os vaga-lumes, é como estrelas e os sinos dos anjos tocando corações.
Há coisas que a memória eternizou, ficou.
Disse entre um e outro beijo, lady Laura.
E não foi douta forma a resposta.
- É deste alpendre que agora velo céus! Ho Mi lady!
Beije-me um beijo eterno como as estrelas dos céus.
À noite, a madrugada varou minha alma de tal forma, de que não me acorde, quero sonhar.
Talvez seja melhor sonhar...
Eu me lembrava da cor dos seus olhos! Pra mim todos os beijos que nos demos, refletia no meu cotidiano. Estava entretido com a musica que passava na vitrola, nem vi o tempo passar, era nove horas, e tinha de me encontrar com o conselho da cultura, e apresentar-lhes o resultado da exposição.
Quando estava por sair, vi lady Laura cuidando do seu cavalo ventania, no jardim, próximo à cocheira.
Era de esperar, a noite fora dada aos beijos, aos sonhos e delírios. O que era visto nos seus olhos, brilhava o sorriso. A satisfação era vista que não se podia descrevê-la sem dar um preço. Já a definição era de cultivar a bondade, A mente sadia ilumina a alma. Dizia certo filosofo. Era bom estar em sintonia com a vida, até os mais simples acenos, demonstraria apreços. Segui meu caminho depois de beijar quem me ama. Esta me compreendeu as intenções, se não me as de entender, saberás. Metade do caminho esta percorrido! Se mantivermos assim, outras exposições virão. E com o tempo, quem sabe, Veneza não vem á nós? Olhar atento mente aberta ao futuro, planejamentos e estratégias são requisitos fundamentais para se ter oportunidades de vida. A chance vem de onde você menos espera. E pronto, ela surge nos momentos mais difíceis de nossa vida.
- Ola senhora Pinkerton!
Senhores... Perdoe-me se o atraso foi de minha parte! ...
- Esta na hora certa Martins! Ainda nos faltam o senhor Frederico.
- Estou aqui senhores! Tive que deixar minha filha no cabeleireiro. Sabem como são estas mulheres!
Podemos começar se faltava apenas a minha presença.
- Estamos com os resultados nos envelopes.
São quatorze ao todo. Abrimos e saberemos quem nos representará em Veneza na próxima semana.
Juntamente escolherá sua equipe de trabalho. O conselho de literatura de Minas Gerais arcará com as diárias de temporada na Itália. Somos ao todo sete pessoas aqui.
Representamos S. Gonçalo do Sapucaí, e o conselho deliberativo de literatura de Minas Gerais.
- O senhor Frederico, nos fará a gentileza dos resultados.
Leia, por favor, os envelopes, senhor Frederico.
Bem senhores, ao que se pode apreciar, aqui esta, o primeiro.
O quadro mais vendido.
1 - “O Luar de Monte Verde” de Martins. O alpendre de Monte Verde de Anthonny
Os sinos da Matriz de Frederico e A ponte de Monte Verde de Lady Laura.
Duas pessoas vão a Veneza representar a cidade de S. Gonçalo do Sapucaí.
Uma delas é o senhor Martins.
A condensa de Monte Verde, lady Laura.
Hoje à noite daremos a ultima noite de autógrafos desta festa maravilhosa que foi.
O senhor prefeito fará as boas vindas.
O coquetel será no Ateliê de Monte Verde.
Os convites eram ao todo para duzentos e cinqüenta pessoas. A orquestra local faria o
Enceramento deste que foi senão a melhor festa realizada aqui, em São Gonçalo.
O prefeito esta feliz fez o que devia, até um pouco mais.
Afinal as eleições estão por vir, e candidato que é...
- Estava pensando...
- O que mi lady Laura?
Perguntou Martins.
- Oras se me conheces, sabes que estou ansiosa pra ir a Veneza.
Quero ir a Praça de São Marco!
Dizem que são um luxo aquelas arquiteturas! Já me vejo andando pelas ruas de Veneza!
- De veras mi lady Laura! Para quem já esteve lá, pode se disser dos palácios erguidos naquele lugar.
O amor parece que renasce ali! Embora a mais famosa das historias de sentimento entre um homem e uma mulher tenha sido a de Romeu e Julieta, aquela peça de Willian Shakespeare, tenha ocorrido numa outra cidade italiana, em Verona ao certo. Não é por puro acaso que, ao longo de sua história, a cidade ficou conhecida por abrigar romances inesquecíveis contados pela literatura, pelo teatro e cinema.
- Vou passar, a saber, o dia e a hora em que partiremos.
- Venha mi lady! Vamos à prefeitura, marquei de estarmos às quinze horas com o senhor prefeito.
Quem me as de lembrar, saberá do que digo. Veneza é a cidade da lua-de-mel. Bem dizem aos transeuntes que por lá estiveram. É esperada uma quantidade de pessoas de outros países em épocas de verão. Veneza se transforma num palco de esperanças dos noivos. Passar sua primeira noite de núpcias era o presente de toda rapariga que se prezava. E não fica por ai, se diz que em Veneza a reabilitação da crise matrimonial e certa. Transpirava magia de amor. Casamentos em crises, não era talvez, o desejo de estar navegando por entre as obras mais belas do mundo: senão o fosse, o que mais seria? Um passeio de gôndolas custava o olho da cara! Em torno de US$60 por 45 minutos. Só os turistas Endinheirados se davam o luxo deste passeio. Falemo-nos de seus ilustres moradores; Ditamos certos músicos, escritores e atores da época. Como; Vittore Carpaccio, o musico Antonio Vivaldi, viveu nos anos de 1678/ 1742.o ator Cesco Baseggio 1897/1971. Ambos detalhistas em suas obras. Vivaldi fez de sua musica o maior reconhecimento musical da era Veneza. Ao que se pode saber, ele entrou para o estudo de sacerdócio, se formou padre, teve seus momentos religiosos, depois, vendo que era a musica seu lado atraente, digamos assim, deixou a igreja, há quem diz que Vivaldi, deixou a igreja por ter se apaixonado por uma religiosa, de nome Anna Goiraud. E para se defender, Vivaldi se viu obrigado a enfrentar as autoridades eclesiais o quanto pode. Mas acabou desistindo da carreira. Para afastar-se do oficio, alegou que tinha sérios problemas de saúde e precisava se tratar. Nem era na verdade uma mentira, ele tinha mesmo uma doença, ou até mesmo duas. A de saber que; asma e angina eram diagnosticadas certo. Mas não parou por ai. Ele tornou-se mais tarde, regente de um conservatório de Ospedale della Pietá. Um dos quatro grandes orfanatos para meninas, na cidade de Veneza. Serviam também como escolas de musica. Nesta função, conheceu a moça por quem se apaixonou Anna Giraud. Inspiradora de suas obras mais famosas. Vivaldi passou a compor com intensidade. No conservatório de Ospedale, permaneceu por três anos. Depois de uns tempos, voltou ao cargo de maestro de concerto. Escrevia para excêntricos instrumentos, incluindo o bandolim. Fantástico, podia assim dizer de Vivaldi. Com tempo deixou o conservatório, mas não deixou de tudo, escrevia musicas e as enviava todo mês. Repetiu isto por trinta anos seguidos, até a sua morte. Inúmeras obras, depois de um esquecimento, reatam novamente suas obras, e desta vez, mais famosas eram.
“Esta é a cidade dos sonhos”
O que se pode esperar de Veneza!
Viveu por algum tempo em Amsterdã na Holanda. Por fim morreu com 63 anos, no dia 28 de julho de 1741. Não se conhece bem, ao pé da letra a biografia de Vivaldi, ao seu tempo, iria pesquisar a fundo.
Suas obras estão espalhadas pelas galerias de Veneza aguardando a quem quiser ver ouvir e cantar.
Veneza é assim.
Não tarda e eles se encontram na sala do prefeito. Ao que não era tão esperado, ele estava com as passagens.
Para Veneza.
- Como vai senhor prefeito?
- Encantado com sua beleza my Lady. É assim que me sinto.
Honrado por representar nossa cidade na Itália. Estive em Veneza no inicio do ano. Continua bela.
Sabia que temos uma Veneza no Brasil?
- Ora senhor prefeito, não me venha com piadas!
Disse Laura.
Se não sabes, nunca esteve em visita ao nordeste?
Pernambuco, Recife, aonde a cidade é rodeada de pontes, e ainda não perde por aquelas gôndolas de Veneza.
- Não quer dizer que nosso destino é Recife?
- Não senhor Martins! Estava retratando que temos esta Veneza, que não fica devendo nada a outra.
Mas aqui estão as passagens. Quero que fiquem a vontade, já temos pessoas que estarão dando suporte.
A vocês na Itália.
- Obrigado senhor prefeito.
A propósito, irá ao baile hoje à noite?
- Não o perderia por nada deste mundo!
Irei com prazer. Senhor Martins.
- Bien! Andiamo-nos Laura.
Temos que nos preparar, à noite esta chegando com a tarde sumindo.
A noite era esperado umas trezentas ou mais de convidados.
Estava sentada a mesa, a senhora Pinkerton, o senhor prefeito, sua senhora, e ao lado a mesa uma jovem rapariga,
Seus olhos verdes, mas pareciam ametistas de tão belos que eram. Ao se aproximarem, digo Laura e Martins, se sentiram em casa. Tão logo foram agraciados com uma taça de vinho. Digamos de passagem, dos melhores que esta corte... Pode oferecer-lhes. A noite era de entusiasmo estampados naqueles rostos de merecidos esforços. Tudo era de sair com forme Laura e Martins. No céu, as estrelas festejavam, tanto quanto os convidados. Conclui que era assim o momento. Para obter a confiança era conveniente a participação deles, uma vez que no dia seguinte, já estariam de malas prontas. Ao grande dia bastam pouco menos que horas. Veneza os esperava. A senhora Pinkerton lhes fará serviços de guia turístico. E cada vez mais, os convidados iam chegando. Ao fundo, uma aparelhagem sonora fazia a noite harmoniosa. Causos e mais causos era, contados ao redor duma mesa repleta de variedades em vinhos, vindo de todo pais.
É verdade, disse a senhora Pinkerton, a Martins, que ouvia atento á suas falas.
- Uma vez estive aos eternos bailes de mineiros, estive num daqueles, dados a celebridades internacionais! Acabar de chegar de Roma, trazia lembranças de Veneza. Bem! Na verdade, estava aqui à procura de um amigo meu, sabe?
Havíamos nos flertado em uma viagem a Roma. Ele dizia que estava acompanhando um bispo de Minas.
Depois nos perdemos.
- E aonde anda este seu amigo? Senhora Pinkerton.
- Oras Martins! Não nos vemos faz tempo! Nem sei se existe mais.
- Não perca as esperanças! O boato de que é a ultima que morre, permanece.
Quando menos esperar, pode encontrá-lo.
- Com sua licença! Senhora Pinkerton!
Martins se levanta e sai à procura de Laura. Ao fundo, as estrelas, e o ar da noite esperavam algo mais.
Talvez um abraço, um beijo. Um papo agradável de uma pessoa esperada.
- Uma taça de vinho, Martins?
- Vou aceitar sua companhia Laura!
Uma taça de vinho me fará bem.
- Estava pensando com saudades dos seus beijos!
Quando passeava pelo jardim.
A inda outra vez, meus olhos não o tinha visto.
- A paixão é antes de tudo, o primeiro passo duma relação duradoura.
E a nossa viagem? Esta de pé?
- sim! Laura, tão logo foi anunciada a viagem para Itália, às malas já estavam preparadas faz bem tempo.
Um avião da Varig tem seu destino marcado. Levará obras dos artistas mineiras, e seus ilustres convidados.
Laura e Martins. A noite passa sem tempo.
Laura fica atônita, a noite traz a magia do luar. Martins se encontra com Laura no salão do baile.
Quando ao fundo a musica tocava, ao centro os convidados dançavam lentamente. Bons tempos.
Era esperado que eles fossem para Itália e voltassem enamorados de lá. Mas Martins nem Laura ainda não
Estavam prontos para amar, faltava-lhes algo mais! Talvez a química necessária.
De um acasalamento seguro. Não basta amizade, e sim amor verdadeiro...
Eram amigos e nada mais. A vida dá voltas como dá seus nós e os desfaz.
Ouve momentos, digo, o destino haveria mesmo de encarregar-se destas duas almas unirem-se.
Do contrario não teria meus versos caídos em terra branda.
Ele vinha de olhos nela, pensava o pretendente ao embalar da musica.
- Ela não me deu entender que quer ficar com Martins! Como dizia meu intimo senhora Pinkerton!
“O amor é algo incitável”, surge a nossa frente, não nos dá muita escolha a não ser...
Amar e se deixar amar. Dizia a senhora Pinkerton a uns amigos que estavam sentados com ela ao pé da porta de
Entrada do salão.
- Bom! Vamos então? ...
Dançar um pouco.
- Não deixemos nossos amigos nos esperando muito!
Esta musica que esta tocando não é...
É sim! Titanic.
Meu coração segue adiante.
- Adoro esta musica!
Disse Laura, ao pé que Martins, afirmou o mesmo.
Eles se encontram na sala principal, dançam algumas musicas depois se vão.
O amanha vem surgindo. E tão logo se apresentam pra viagem á Itália.
O embarque se da no aeroporto de São Gonçalo, às oito horas da manha.
Toda a corte de São Gonçalo segue de perto a partida deles.
Senhora Pinkerton. Martins e Laura.
Uma viagem de sete dias somente.
Eles se vão e em segundos a aeronave ganha os céus de S.Gonçalo.
A rotina toma conta da cidade, e brevemente o retorno de seus compatriotas.
Em poucas horas de vôo, a aeronave dá sinal de estarem em Veneza. Tão sonhada.
É noite, quando estes desembarcam em Veneza.
- Ula lá! Dio mío, come te amo.
Veneza dos meus olhos!
Tenho uma particularidade por ouvir musicas clássica e cantos gregorianos!
Demais! Amo de paixão ouvir e embalar-me ao som destas canções.
Quero um dia ter uma coleção completa, outro dia ouviu Ave Maria orquestrada. Magnífico!
Exclamou Laura ao deitar os pés no solo de italiano. Eram esperados pela cúpula de artistas da cidade famosa.
De certa forma, os nossos artistas brasileiros, também famosos, eram esperados com toda uma cerimônia local.
Entrevistas, palestras eram acionadas pelos movimentos culturais de Veneza.
A senhora Pinkerton, era interprete de Martins e Lady Laura.
- Quase não acredito Martins! Estamos mesmo em Veneza?
- Claro que sim mi Lady! Veja as construções como são. O povo italiano, o clima deferente do nosso.
Estamos cercados por águas, os barcos, as famosas gôndolas de Veneza.
- Quero andar nelas!
- Andarás em todas, mas antes temos nossos deveres aqui. Depois, faremos à festa.
Lembro-me de propósito, sem consultar suas preferências, mi lady, de que devemos agendar cada detalhe.
Disto tudo aqui. Por onde iniciaremos?
A minha preferência, aliás, se não é pedir-lhe muito, quero tomar um café num destes bares a beira do rio, vendo gondoleiros passar, com seus tripulantes a bordo.
- Deveras que sim!
Disse Martins.
E depois, conta-me a tua vida e te direi quem tu és. Hoje de tarde, escreve, porque verás maravilhas deste lugar.
Teatro musica marcam esta época, eles vivem pelas ruelas de Veneza brincando com os turistas.
Eles se hospedam na casa da senhora Pinkerton, que fez questão de suas companhias. Tão logo chegam à casa da senhora Pinkerton, um senhor de cabeleira prateada, se apresenta, pega as malas. De nossos visitantes e as levam pra seus devidos aposentos. Ao pé, que lhe pergunta à senhora Pinkerton, se levasse às malas ao quarto de casal, ou solteiro. Ao que lhe diz que as colocassem-nos de solteiros, por enquanto. Riu-se deles. Deixou-os a vontade.
- Porque por enquanto? Existe ai um flerte ainda maior?
- Oras senhora Pinkerton! Deixemo-nos de lado!
A morada era modesta mansão antiga, ainda trazia aquelas molduras nos arredores da casa. Estatuas pelos Jardins, uma fonte luminosa adornava a moradia. Ali residiam apenas o mordomo e senhora Pinkerton.
Aos fins de semana, era alugada para estrangeiros, servia como um albergue. Isto fazia com que, à senhora. Pinkerton, não se sentisse sozinha.
A vida é um barco que navega para o infinito! Eu e você, sempre sonhando com a natureza! Bela mia! Come-te amo. Gosto de casarões assim!
Martins me leva pra dar um passeio?
Disse Laura, olhando em seus olhos.
Claro que te levarei Laura! Hoje me sinto nas nuvens, junto á você minhas fantasias, meus sonhos... minha vida. Vou te levar onde você quiser!
- Verdade! Bem vou querer mesmo. Iremos, deixe-me ver! Olha só! Você me faz as surpresas. Certo?
-Tudo bem! Vamos nos instalar, e depois vamos escolher um bom lugar e deixar fluir nossos sonhos.
DIAS DEPOIS EM VENEZA
Bom dia senhora Pinkerton!
Disse Martins.
Bom dia senhor Martins. Dormiu bem? Onde esta a Laura?
Sim! Claro, dormi como um anjo! E quanto a Laura? Não a vi desde que acordei, ando a procurá-la também, e avistá-la, diz que estou ansioso por ve-la.
Claro, senhor Martins! Sim, o direi com gosto. Vamos tomar um café? A mesa esta posta, faz tempo.
- Isto vem acordar meu apetite! As guloseimas de Veneza! Bolinhos! Sou apaixonado por bolos senhora Pinkerton!
- Pois fique a vontade senhor Marins, tão logo virá o almoço.
- Olhe só! Quem vem em nossa direção! Nada mais que Laura.
Eis que Laura se aproxima, vestida de branco com sapatinhos pretos, sola baixa, meia calça fumê. É simples sua maneira de se vestir. Uma dama da sociedade, dirias isto. Laura é a classe média de São Gonçalo do Sapucaí.
- Estive dando olha volta ao redor de sua mansão senhora Pinkerton! Quero morar aqui pra sempre! Nunca mais sair de Veneza! Hum!!! Acho isto aqui, um paraíso.
Veneza dos poetas.
- Isto mesmo Laura! A Veneza dos poetas! Intitulada assim. Por aqui não só passaram os poetas, mas toda a corte de desenhos, pinturas das mais famosas. Aceita um cafezinho conosco?
_ Sim! Estou varada de fome. Oh! Desculpe-me pela maneira como falei! Mas estou mesma com uma vontade de comer alguma coisa por aqui.
Tudo bem!
Disse senhora Pinkerton.
Conversaram muito sobre a exposição de logo mais. Tudo estava preparado, os boxe, os ajudantes pra levarem as obras deles. E toda uma montaria de aparentemente formada pra que o evento fosse de sucesso. Era para as dezoito horas dar inicio. O parque de exposição os aguardavam.
O dia passou sem muitos movimentos, a não ser os de muito nervosismo da equipe de Laura e Martins. Mas é assim mesmo quando se trata de expor em Veneza. Cada qual quer agradar mais que outros. Laura e a senhora Pinkerton, estavam já de saída, quando Martins se aproxima e as acompanha.
- Martins? Ainda estas aqui? Pensei que...
Oras my lady! Pensou que iria sem vocês?
Não era se ser um cavalheiro indo sozinho a uma exposição tão esperada por todos! Não évero?
- Sim! Evero mesmo!
Disse senhora Pinkrton com um olhar para Laura.
Exposição de quadros brasileiros
Assim era o Box de Laura e Martins.
Havia uns cento e vinte quadros esperados por toda a exposição no Box de Laura e Martins.
Venderam todos.
Foi um sucesso sem tamanho. O mais famoso, era de esperar, feito criatura de Martins, “O Delirius de Castre”
Tinha por trás dele, toda uma implantação de cores e adereços, onde se via uma figura, dentro de outras, uma paisagem inusitada. Ao fundo, as cores se misturavam com o céu, as montanhas de Salão Gonçalo do Sapucaí.
Vendeu-o por uma quantia de duzentos mil dólares, junto à montante foram mais de dois milhões vendidos de quadros na exposição.
Depois saíram pra comemorar o sucesso de vendas. Eles ficaram famosos com sua pinturas. Tão logo voltariam á Veneza, pois no meio do ano que vem, terá mais quadros pra se expor. Era tudo o que se mais poderia se consagrar. A exposição fora um sucesso. Depois voltaram para casa onde a senhora Pinkerton os aguardavam, já com taças diversas nas mãos juntamente com vários convidados. A noite era uma criança. Tudo fora destinado a ter um fim de maneira que o destino os conduzira a este. Senhora Pinkerton, os preparou, uma festa digna de artistas.
Tão logo a noite estava por findar. Laura se aproxima de Martins e se declara abertamente seu amor por ele, e o pede pra ficar com ela pra sempre. E este, aceita de bom agrado, era um paro o outro como se nasceram. Beijaram-se, e depois, surgiu no meio do salão de mãos dadas, não pela surpresa da senhora Pinkerton, que se se apadrinhara deles. Fez-lhe a corte, e depois os apresentou um par de Alencar, eram tão sublimes, cravejadas de brilhantes, as deu a eles. Como forma de um apadrinhamento, como forma de carinho e simpatia demonstrada e todos os presentes. Senhora Pinkerton era de se mostrar a todos seus feitos antes de uma cerimônia deste tipo. Tudo era de conformidade com ambos. Martins tomou a palavra e em meios aos convidados, feito um pedido oficial de casamento com Laura. Esta se fez de surpresa, embora, era de se esperar um pedido deste porte, por parte de Martins, que era de se consagrar-se de vez este amor reservando suas intenções feitas faz tempo em silencio em seu coração. Feito o pedido, brindaram-se, beijaram-se, profundamente foram aplaudidos pelos transeuntes.
Dias depois de voltara á São Gonçalo do Sapucaí. Foram recebidos com honras e muitas glorias e desfile pelas ruas da cidade, foram condecorados com medalhas de respectivas as quais eram destinadas aos poetas, pintores famosos da cidade mineira. A câmara dos vereadores, os homenagearam com boas vindas, muitas flores eles receberam. Foram dias e mais dias, não se falaram tantos assim de Veneza, como antes se falara.
Dias depois de casaram, tiveram uma vida tão românticas como as de Veneza da Itália. Aqui também era considerada a mais vista cidade interiorana de Minas Gerais, a mais romântica de todas as outras já vistas. Haja visto que, o amor deles era de decolar, como tal era destinado. Encontravam-se sempre à tardinha numa praça, a mais falada de São Gonçalo para se falar de amor, o deles, o de todos os românticos de São Gonçalo de Sapucaí.
Beijaram-se e eternizaram ali este romance, quando tudo se vai bem, a noite era de estrelas no céu... regadas com bom vinho, assim era o amor de Martins e Laura.
FIM
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