quarta-feira, 21 de abril de 2010

Eu nasci foi pra você


Quem me as de saber...
Tampouco dirias o que dizer
Que meus olhos
Questro mundo iriam ver...
A criatura criou você.

Destes
Olhos que te espia.
Dia e noite
Noite e dia...
Faz-me sempre lembrar...
Qu’eu nasci
Pra te amar.

Permita-me
Ao
Menos sonhar!
Se,
Pois que nesta vida...
Meu destino é te amar.

Uma louca magia aqui se vê.
Inusitada imaginação!
Sou eu quem flerta
Os brilhos destes olhos
Que te vê!
O beijo desta boca...
Merecido ei de ter.

És a cria que criou e cria
Se não existir um só fio de esperança!
Sou eu que venho chorar
Se por este amor...
Meu coração quis implorar
Evidencias...
Distantes sonhar.

Se todo rio corre pra o mar...
Deixa-me ser seu rio
Sede meu mar!
Pois qu’eu quero muito...
Muito te amar
São evidencias...
Questro mio eterno soñare.

Anjo Imortal



Um Anjo chamado...


Dezinho


Ao meu eterno amigo...

Hoje acordei pensando em você... Acordei com você em meus mais tristes pensamentos... Pensando em como poderia ter sido tudo diferente...Senti um aperto no peito pelas minhas recordações...que insistem em ficar...Hoje pedi a Deus....você. Para te ter de volta comigo...Mas Ele resistiu em me lembrar que você se foi pra nunca mais voltar...E sem ao menos me dizer adeus. Sem me dar tempo pra dizer o quanto você iria me fazer falta quando essa hora chegasse... você se foi junto com um anjo que te amou mais do que nós... Que te respeitou mais que eu. Esse amor desse anjo me fez ver que poderia ter sido diferente...Eu poderia ter sido mais seu amigo!...me dedicado mais a você... Esse anjo te conquistou com o seu amor sem fim... E quando eu menos esperava, ele te levou de nós... Deixando-nos sozinho... Com a dor de não ter sido mais seu amigo do que esse anjo... Esse anjo que te roubou de nós. Porque você nos deixou aqui? Volte e nos leve com você...também quero ir para os braços de um anjo. E aprender a conquistar melhor os meus amigos... Não me diga que é impossível...Preciso de qualquer forma estar com você...Nos braços de um anjo...Que nos ame como este anjo. Vem pra nós como um anjo. E por favor... Orai-me por nós que ficamos! Tire-nos deste lugar onde só existiram anjos em sua vida... NÓS. . TEMOS suas lembranças e nós recordaremos você como presente de Deus que se foi. Mas se depois de tudo você ainda achar que não é suficiente... Seja apenas meu consolo de quem um dia também A GENTE TEVE UMA GRANDE AMIZADE... Porque nós seguiremos para junto de você, sem sua ajuda um dia, porque não somos eternos. Mas que juntos éramos bons.


Tonnypoeta

quarta-feira, 14 de abril de 2010

FELIPE CAETANO

http://www.youtube.com/watch?v=CBC8X2-vuNk

BOGRAFIA RESUMIDA DE ANTHONNY GUIMARAES RAMOS






Biografia resumida de Anthonny Guimarães Ramos
( Relatos metafóricos e fictícios)

Guimarães Ramos, filho de agricultor, José Guimaraes Ramos, e de dona Flora Dorcelina Santana.
Nasceu em Central de Minas, Minas Gerais. Aos 29 de julho de 1968, tendo sido batizado na mesma cidade. Onde se refugiou sua família que, como muitas outras fugiam das mãos dos senhores da terra. Emigrantes da tribo de Quendals, donos das fazendas as quais se refugiavam seus ancestrais. Seu pai ergueu uma casa de madeira, feita das suas próprias mãos e as de seus sete filhos, terras vizinhas, onde futuramente seria deles.
Seu pai se formou jurista no ano em que Juscelino Kubitschek inaugurava Brasília. Depois veio Jânio Quadros e outros mais presidentes, e a cada dia, o Brasil tomava rumos diversos.
Guimaraes Ramos estudou nas melhores escolas da época. Foi presidente da conferencia dos estudantes de Minas Gerais. Participou ativamente por dois anos consecutivos, depois segue os estudos. Formou-se em letras aos vinte e dois anos. Descobriu o lado romancista,. Escreveu sete livros que depois os editou pela Editora Flora Dias. Em 1980 lançou Justiça Tardia.
Esta obra deu-lhe o título de melhor romancista do ano. Depois disto a fama veio por meios de seus atributos literários. Toda sua infância foi vivida em Governador Valadares, pra onde foram depois de uma subta febre amarela assolou algumas cidades do interior.
Escreveu crônica para o jornal valadarense. E em 1985, foi para o Rio de Janeiro. A Historia se sua vida, após o falecimento de seu pai sua vida virou de ponta cabeça., foi morar no Rio de Janeiro. Retornou a sua terra natal, logo depois, onde fundou a academia de letras do Rio de Janeiro. Foi condecorado pelos seus feitos literários, teve reconhecimentos no exterior. Fez teatro nas melhores escolas do Brasil. Fez faculdade de Psicologia na UFMG, ano de 1992.
Suas obras foram traduzidas em sete idiomas.
Fez magistrado, foi bacharel em ciências e letras nas universidades do Alcácer de Sevilha [ Espanha}
Entenda que seus feitos literários , assim como todos os poetas romancistas, tiveram como base uma
Alusão amorosa perdida no tempo.
Isto não quer dizer que ele deve desistir de um grande amor.

O Analista.
A Trib’us
A Bruxa de Mahatma.
O castelo Mahatma.
Justiça Tardia
A Essência da Alma
Provérbios Poéticos
Antes Sonhar
O Tesouro dos Vallesteros
Setmus
Sereias
Ora pro Nobs
Alma

Atualmente esta escrevendo, Every Day of my Life.
(AtosFictícios da memória do Poeta)

Anos2010

TONNYPOETA

ALMA





A.L.M.A










Anthonny Guimarães Ramos
Direitos autorais reservados - Lei 9.160/98
Copyright; Anthonny G. Ramos.






(Alma-parte espiritual e imortal do homem)
“Nua, virgem, descalça”.

Tonnypoeta









Brasil
Minas Gerais

Romances sagrados de Anthonny Guimaraes Ramos.






























1980

Anos sagrados





I

“Sua mão esquerda esta sob a minha cabeça, e sua direita abraça-me”.
“Conjuro-vos, filhas de Jerusalém, não desperteis nem perturbeis o amor, antes que ele o queira”.
Cânticos dos cânticos 8-3,4






Governador Valadares, Minas Gerais.


Guardo-me de dizer, que esta relação, da qual descreverei, em parte é verídica. Vivi no personagem Brian, Meu cotidiano. E não foi, senão comum a todos os seres viventes deste planeta. Se eu de tantos escritores brasileiros, ou não, criamos nossos personagens, tais eles como dizem nossas inspirações. Descrevi minuciosamente em um volume como este que me lerás. Alma, doce alma. Alma, na forma douta pessoa, é o amor que de criança batia em meu peito, como bate seu coração, quando o amor se faz presente. Um amor de mulher. Alma. Amor platônico. Meu nome é Anthonny Guimaraes Ramos, poeta por assim dizer. Não é um mero hobby. Sou mineiro, nasci na Central de Minas, versado em literatura brasileira, formei-me em filosofia aos vinte e dois anos. Por ocasião do destino. Filho casula, duma família de sete irmãos, sou romancista. Meu pai teve o seu pai falecido dias antes de comprarmos a fazenda raio de luz, que fica na cidade de Central de Minas, onde nasci. Deus o tenha, era bom fazendeiro nos tempos meus de crianças. Fez engenharia arquitetura, mas se deu conta que seus dons eram os de agricultor, criou gados da raça manga larga. Ministrei alguns cursos de filosofia, versei-m neste oficio. Tive muitos projetos aprovados. Minha mãe, mulher rendeira, das melhores, a costureira. Hoje, com seus setenta e dois anos, inda recorda a vida que vivemos. Impresso através de escritos, uma infância da sociedade que herdei os dons de meus antepassados. Resolvi integrar-me ao meio editorial. Quero fundar uma Academia de Letras. Meu avô era poeta, e dizia em seus relatos, que a sabedoria é consistir em buscar inspiração pra se viver bem, Apreciando a beleza do mundo. Gosto de grandes Historia da humanidade. De forma analógica, arte helenística. Tem lá seus horizontes muito mais amplos que a arte clássica. A Grécia cede sua primazia e, por assim dizer, Sua exclusividade na produção artística. Os centros tradicionais, Atenas, Argos ou Sicion, dão lugar ás novas dinâmicas capitais. Antioquia, Alexandrina, e é por ai que se dirige a humanidade. Loucos poetas é o que todos dizem de nós pensadores. Vivo numa ordem social, e moral. Nunca aprovei o feudalismo no Brasil. Aprovei a Lei Áurea. Chega de escravidão! Nascemos livres e o seremos. Antes agora, que nunca mais, homens livres. Este romance, digamos em pequenos pergaminhos meus, manuseados detalhadamente, dedico minhas mais puras inspirações a este Brasil, de brasileiras formosas. Brasil mestiço. Falemos de Alma. Numa das minhas escritas, não deixaria de citar com detalhes o que se passou por este amor. Os poetas perdem seu patamar democraticamente e digo de ante mão, que não se iluda o leitor, temos toda via, de apreciar nossas culturas, mesmo que façamos um ultimato na Historia. Tão logo, senão... seremos uma comunidade de poetas mortos. A literatura perde com a omissão de uns ou de outros diplomatas, doutores das academias de letras deste Brasil, quando não se dedica à classe. Não tendo o mesmo respeito à classe, devemos nos unir. Falemos de Alma, de coração. Muita coisa me ocorre dizer. Brian é uma personalidade curiosa. Ele afirma; acho que veio ao mundo, para dar novo apreço, ânimos. Desse modo, haveria de se dedicar-se a literatura. Certamente ainda me lembram os velhos tempos em que vinha a janela espiar as flores no jardim de minha morada. Eis que meus olhos atentos a tudo, nada passava despercebido. Tinha como ideal sempre a vida, depois, os restante vinha acrescendo. Cuidei-me pra este dia, fosse dos melhores. As lembranças de Alma eram inevitáveis. Vinha descendo com um livro debaixo de um sol que era demasiadamente quente, quando vi Brian se destacando no meio das pessoas que visitavam o museu em Veneza. Ele é de tudo, nada discreto, sempre com seus trajes sociais, ar de intelectual. Seu nome é Brian, neto de italiano com brasileiro. Os fatos que se conta de um romance não deixa de ser Verdades e são até certo ponto. Moreno, 1,70 de altura, olhos pretos e cabelos sociais iguais. Romancista brasileiro, em busca de inspiração para um grande empreendimento. O leitor saberá distinguir os elementos que descreverei aqui. Cada detalhe se teve cuidado em expressa-los, e pra que se sintam a vontade. Tens livre-arbítrio. Minh’alma dará cabo a esta onda de inspirações, pra descrevê-las em primeiríssima mão. O livro é mineiro tal qual é o escritor.

Eu Brian, quando estive com Alma, pela primeira vez a um passeio ao pico mais alto de Valadares, o Ibituruna. Havia neblina no pico Ibituruna, quando muito das vezes estive lá com meus amigos acampar. Alma tinha uma aversão por aventuras desbravadas. No entanto, tinha um lago predileto, Que dava debaixo de uma cachoeira. Esperava à hora do banho matinal de Alma, ela vinha descendo pelas pedras, se ajeitava dentro das minúsculas roupagens intimas. Nadava como uma sereia, seus cabelos longos, escondia a pele aveludada, vê-la era meu prazer. Trazia no colo um arranjo de flores, que cobria de cima para baixo a intimidade. Atirava-se na água, quando ouvia meus passos, sabia que a espiava por trás dos arbustos. Sorrindo como a flor que carrega no corpo, convidava-me a mergulhar, caçar pedrinhas coloridas. Ei-a pos que era este meu maior desejo, se não a respeitasse tanto quanto devia de ser. Achava que Alma era a virgem que um dia meu a teria de vez por todas, não fosse o destino. Era assim que a via sempre em meus sonhos. Inda que era mesmo um sonho este de muito que tenho com ela.




II


Tentarei ser no dar discrição aos detalhes, resumidos por puros caprichos meus, ao pé que se deixar, a mente irá alem do carro. Das paginas deste prólogo, aonde faria dele meu reduto literário, para expor a minha imaginação se repete e dirá sempre; as virtudes dos homens estão em seu coração. Sem se deixar levar por outros caminhos. Durante os meus trinta e dois anos, de psicologia, entendo pouco. Algumas vezes, ora em que me sinto alquebrado de tantos porque na minha vida. As pessoas de longe, as brincadeiras de criança, uma infância não vivida, era o que menos queria falar ao pé que não se inicia um castelo pelo teto, senão pela base. Aqui estou filosofando minhas confidencias mais profundas, cuidei-me de habituar os lugares distantes de minha mente, da qual não me limitei, se é que se limitam pensamentos. Dou de contar a vocês. Um dia, quando caminhávamos pela orla do rio a noite, paramos e sentamos a ver estrelas no céu. Eis que Alma avista uma pequena luz na parte direita do pico do Ibituruna, era bem abaixo de seu colo. Aonde trazia um triangulo uma base, que era de difícil acesos, mas que se ouvira que uma tribo habitava aquele lugar, e somente eles sabiam como chegar lá. Vi também esta luz, mais parecia uma fogueira, com pessoas dançando ao redor. A principio, fiquei com medo, depois, eles estavam lá e nós aqui. Nada a temer. Mas iria averiguar um dia destes com a turma de amigos do bairro. Era uma área estritamente perigosa. Já foi cilada de muitos transeuntes desavisados. Existe uma mata virgem, dizem que tem até onças, se bem que não acredito nisto! Mas quando dois ou mais dizem, o melhor é se precaver.

Brian e Lion.

- Tento esquecer Alma!
Que por pura talvez vaidade minha, alimento ainda este sentimento dentro do coração.
Amar ainda não é crime neste mundo.

Brian caminhava lentamente, sem mais olhar para trás. Pensativo ia pelas ruas de Veneza.
É de cunho literário simbólico dado aos seus anos de mocidade. O que contrasta de tudo é a maneira como se Retrata sua vida sagrada no que vive este mundo, não são a sós as fantasias.

- Tem muito de real aqui. Fiz muitas viagens pelo mundo!
Estive por uns tempos em Veneza, Itália.

Dizia ele ao amigo Lion, que fora com ele a Itália fazer pesquisas de mercado.

- Como a descreveram os famosos da época; Veneza chama a atenção. Por causa de sua historia de mil anos, por sua imponente arquitetura, pelas ruas cheias de canais. E seu clima ameno dá um toque especial. Conhecida pelo planeta como a capital do amor.

- É... Itália e seus museus, os maiores acervos culturais da humanidade. Depois disto, caro companheiro Brian, fiquei no Brasil por longos anos de minha vida, alternado sempre entre uma e outra viagem a Itália. Lembro-me bem de como falava em Alma.

- Nem me fale Lion!
Estivemos juntos numa destas viagens, Alma e eu. Tínhamos dos anos, uns vinte e poucos. Seguíamos juntos pelas ruelas de Veneza. Aqui no Brasil, estamos sempre de conversa pelos bastidores da elite mineira. Ficamos famosos por nossa diferença política. Embarquei dos ares de Veneza para o Brasil quando terminei o curso de pos graduação em marketing exterior.

- Estudamos em varias escolas, eu, você e Alma, fizemos filosofia na U.F.M. G em Belo Horizonte.
Tivemos tudo para dar certo em um grande negocio imobiliário.

- Era meu o querer dela. Você? Não sei se queria!

- Tivemos um desentendimento ao longo de nossas vidas.

- Brigas de primeiro amor. Fizemos românticos passeios de gôndolas por Veneza, ascendemos o fogo de nossas vidas. Mas só ficou nisto.

- Embora, tudo lá vem à tona como uma aliança para os enamorados.

- Fui nesta época, buscar inspirações para os meus livros, dos quais os dedico aos meus leitores amados. Belos versos ei de descrevê-los aos quem me as de ler estes. Falo de Veneza como falo de meus poemas. Quando Alma vem a Veneza, e quando volta ao Brasil, leva consigo o ar, a beleza, o romantismo.

- Onde ficaram da ultima vez em que aqui estiveram?

Dizia ela.

- Oh! Lion! sabes que não gosto de ficar nestes hotéis muito badalados!

- A principio, ficamos em um daqueles hotéis a beira do rio, era aconchegante, tinha seu nível de cinco estrelas. À noite, saímos pra dançar num daqueles bailes bastante freqüentados pelos turistas. Dizem as más línguas, que é uma opção romântica para salvar casamentos e namoros em crise. Viver em Veneza. Era, a principio mesmo uma viagem á negócios.

O amor nasce em “Veneza”. Um artigo badalado the affair of Veneza. Não é uma Verona! Mas tem lá seus encantos. A historia de Romeu e Julieta, não fosse dada em Verona, podia ter sido em Veneza. Tento me lembrar disto! Alertando a Alma sobre tais encantos. Não perdemos nada em vista dos amores daqui.
Todo namoro, ou casamento tem seu desentendimento... Melhor remédio, o discernimento. A magia de Veneza era a luz que se espera desta viagem. Uma inspiração para mesclar um pouco o cotidiano. Ficaram dez longos dias e na cidade encantada. Tão logo voltariam ao Brasil. Comentou-se com Lycan.

- O trabalho nos esperava. Alma e eu nada tínhamos de definido os relacionamentos. Talvez haja magia a que hora se busca, não esteja mesmo em Veneza. E sim dentro de cada um de nós.
Não pode haver mudanças senão partir de nós mesmo.




















III

“Nua, virgem, descalça”




Someday I’ll try to forget you.
E agora, em algum dia, eu tentarei te esquecer.
It takes some time.
Isto leva algum tempo.

São Paulo era seu destino traçado. Tinha de dar uma entrevista a um programa juvenil. Ficaria um, ou dois mais dias. Era o que dizia todo o tempo nas suas recordações de Alma.
Sentados em um barzinho da zona sul de Sampa eu, Lion e Brian recordávamos os dias de então. Bares de Sampa os paulistanos numa daquelas adegas em que se tomam vinhos. Desfrutando da beleza Paulistana que transitavam pela avenida.

- Meu coração, sem que a Alma soubesse, teria de passar uns dias na cidade de sampa.
Tenho buscado forças no tempo, ainda que mais quisesse, não conseguiria assim tão logo.
Viver sem a Alma! Distante dos meus encantos. Sento-me objeto dos desejos dela.

- Oras Brian!
Desencante-se.
Não vês? Amanha cedo, tomaremos a ponte aérea e estaremos em Valadares. Matarás a saudade de Alma.





Governador Valadares.
Oito horas da manha, Brian e Lion embarcam para Valadares.


O canto do rouxinol se apagou naquela noite, dando o ar da manha! Pairou sob suas cabeças o vento vazio de nada. E novamente vieram à tona as lembranças de Alma. Teria que ir para longe dela. Alma tinha ciúmes da minha sombra. E não se tinha nada afirmado de namoro, tampouco casamento com ela. Tinha de passar pelo crivo de sua mãe. Não era carrasco, mas não aprovava o namoro deles. O objetivo, no entanto, era de sua ida a sampa, de fazer parte de estudos mais precisos, depois montar, uma infra-estrutura, formar uma editora gráfica moderna, capaz de absorver toda uma estrutura gigantesca, depois criar filiais em todo o Brasil, nas principais capitais. Uma futura equipe de profissionais da área. Plotagens, gráficas, copiadoras de altíssimo nível. Por outro lado, engenheiros e técnicos experientes em busca de adereços mais adequados aos meios que poderíamos dispor no momento. Heyd cuidava da administração dos negócios exterior no gabinete da cultura, onde, juntos as outras quatro pessoas, exercia esta função, para que desse maior apoio a Brian, quando este estivesse fora. Mas Alma, nem de longe, queria fazer parte deste mundo, aonde Brian, via como seu meio de vida futura. Não queria aquela vida pra si. Ao contrario de Heyd, que amava aquela vida de literatura. Ela não quis ficar. Deu as costas e se foi.
Ficou em seu caminho, novamente só. Teve vontade de nunca mais saber dela! Mas não era o que lhe pedia o coração. Deu um tempo.

- Ela se foi. Foi que me contaram o que não viu meus olhos.

















IV


Desceram e se foram, diziam os transeuntes; uns diziam que um anjo era ela! Desceu a rua de mãos dadas a outro. Dobrou a esquina do hotel e dirigiram-se para um parque. Andar entre plumas de Avalon! Eles conversavam animadamente e, ao que se soube, creio que estava excelente seu humor nesta manha. Diziam, e era. Era e Brian escutou aquilo tudo, pra saber, era fina em seu andar, e sem nada poder fazer, Brian chorou. Chorou o choro de lagrimas que desciam pelo seu rosto ao saber que estava indo embora seu sonho, sem saber se viria um dia este amor ter. Amar aquela uma era demasiadamente pedir pra morrer. Traidora, era o que dizia em seu intimo. Nunca mais poderia ver aquela rapariga com os olhos do amor, se lhe era distante, seus olhos. Perderia tudo neste dia! Um amor que era flor... Se mais querido, não sei! Era assim que viria a ser o resto de sua vida. Ela era a senhora de seus sonhos perdidos nas noites mal dormidas. Era seu conforto saber se ela o esperaria. Estaria bem ao seu lado, não fosse o cão, que induzia os latidos aos ouvidos. Alma. Alma seduziria qualquer ser humano com seu riso alegre e descontraído.
Moravam na ilha dos Araujos, suas casas, davam de frente para o rio doce. Alma tinha idade e a juventude nos olhos! Nada tinha a perder, senão que via a vida com olhos de aventuras. Nada serio.








V

Ainda me lembro daquela rapariga; a minha paixão, uma judia, era tal como Alma. Ao qual dou nome de Helena, para que não se julgue a tal! E descobrir que meu coração batia acelerado por ela, não vai ser fácil Brian esquecer... Sabe-se que paixão é assim! Aquela era a rapariga dos meus desejos! Rsrsr. Não era eu para o bico dela. Acho que não. Também não queria ser! Ama-la seria meu fim, talvez! Um sonho de vida, meu maior consolo. Não sei se fazia gosto seus pais. Mas se faziam, não ouve aos cantos, que era de seu agrado. Mas tinha de formular meus objetivos primeiro, homem sem futuro, anda as cegas pelas ruas por onde passa. Até hoje é assim. Lembro-me de como era Helena. Eu fiquei muito tempo pensativo no que ela disse Brian sobre Alma. Agia conforme pedia seu coração, que às vezes dava pra perceber seus intentos. Até as batidas de seu coração se ouvia ao longe.

Tecia comentários com Lion, que havia feito a viagem a beaga com Brian,
Pensativo, tomando o chá da tarde em Beaga. Vendo os transeuntes passando pela Afonso Pena, esquina com Rua São Paulo.

- Já tecia dentro de mim, a louca vontade de sair, viajarmos pra bem longe. Iria para Fernando de Noronha passar uma temporada, não fosse o meu trabalho aqui em beaga. Depois voltaria a São Paulo para dar cabo das compras dos maquinários da editora. O dia em que estava marcado para a apreciação dos documentos da copiadora estava chegando. Passo fins de semana em Valadares, onde moro na ilha dos Araujos. Nada como uma ponte aérea a disposição. Preocupa-me muito meu velho pai, a idade avançada, as dores não param pra pensar.






Governador Valadares.

VI

Quando Alma soube que Brian estava de viagem para São Paulo, que ficaria por muito tempo, ficou pelos cantos dos olhos o choro, não sei por que, se lhe desprezava! Mais ainda, quando soube que Heyd ia também. Tinha ela a chance de vê-lo aos fins de semana.
Era o amor de criança ainda que em outros tempos se aflorasse dentro deles aos poucos.
Antes de partir, fora convidado para o aniversario de vinte anos de Heyd. Alma não foi convidada! Se, pois que Brian estava indo com sua secretaria. Percorreu os olhos ao redor e viu descendo de seu carro defronte a casa de Alma, vinha chegando com a Heyd, sua secretaria. Eram amigos, e já faziam este tipo de trabalho juntos. Aproximou-se Heyd pra se despedir. Deitou se as mãos e abraçou-o com carinho! Disse um até logo mais, que deu a impressão de que algo mais que um beijo sairia dali. E se foi. Distante, Alma via tudo, sem pestanejar. Brian, talvez pensasse que Alma iria arrumar um escândalo daqueles. Não o fez e se não fez, o faria depois. Assim que Heyd se foi, Alma deu as caras.


- Come back to me!
Volta pra mim!

Disse-lhe aos ouvidos pra não ir embora.
Depois disto o abraçou. Ele era maduro no pensar. Nunca antes sido abraçado tão carinhosamente. Ela era sua primeira namorada! Mas não sabia disto! Seu corpo encostou-se ao dele, foi como fogo. Excitava-o com seu andar, ou sabia e nada dizia. Os lábios pediam beijos! Era um absurdo, não ver que ela tinha amor por Brian. Naqueles tempos, amor não era fazer sexo explicito dos de hoje. Era muito mais. Nunca pensou em deitar seu corpo sobre o de Alma! Sem que antes tivesse com ela um amor maduro, consciente. Haveria de chagar o dia. Os beijos... Não os teve, nem saberia se os teriam. Não sei se a descrevia com-forme é. Alma. Morena, clara, menina, faceira, extrovertida, boca da cor de morango, nem era preciso usar baton! Era natural. Tem os cabelos pretos, lisos abaixo dos ombros. Tem uma pinta nos lábios. Seus olhos são na cor castanhos! Vi esta menina crescer, havia mo-rado muitos anos naquela Ilha e via Alma exibir seus seios volumosos, tinha mais brilho que hoje tem. Estava sempre com os lábios molhados. E seus olhos apontavam sempre o horizonte. Agora. Alma tem os seios empinados feito flecha apontando horizontes, dá pra se ver a mulher que se tornou. Trás a vaidade no andar no falar no corpo esbelto. Quando a conheci, era criança de oito anos, ou mais um pouco. Brian já tinha amor por ela.
Tinha certo mimo por ela. Já brigaram muitos garotos por Alma. Tive um flerte por Alma, mas sabia que a disputa seria inconveniente, deixei pra quem a ama, dar sinal de vida.
Ainda um dia, quando seu irmão percebeu que havia um lance de namorico entre Brian, perguntou-lhe, se tinha reparado que a Alma crescia os seios, e que um era maior que o outro. Ficou encabulado. Com a descrição do irmão, quando se falavam de mulheres na rodinha de amigos. Disse que não sabia. Aquilo tudo era do tempo se apagar, uma vontade invadia seu coração, me lembrava de Helena. Mas pedia tempo. A gente dançava na sala de minha casa imaginaria. Tínhamos algo em comum! A musica no sangue, o sexo. A primeira musica que dancei de verdade, foi Flay, dancei com ela. Já contei que certa vez fiz uma viagem imaginaria? Desculpe minha indiscrição, caros leitores. Viajei por entre linhas, fui ver meu amor. Foi quando dei meu primeiro beijo. Inda molhado. Falo desta mulher, como fala meus olhos. Helena, até os dias de hoje, sumiu , acabei me apaixonando por Ana, do qual sou casado até hoje. Não temos filhos, ainda. Vivemos uma ilha distante, cercada de verde, e de praias. Afrodisíacas. Amo esta ilha tal qual amo Ana. Longe de mim, se inda me deixar levar por Helena.





























VII

Uma moradia, digna de um poeta.
Brian foi à festa de aniversario de Heyd, naquele dia, esqueceu a Alma. A família Lions. Acabei convidado, os Lion, Morava perto da ponte da ilha dos Araujos. Uma casa com picina, jardins floridos, mas parecia uma daquelas mansões de diplomatas! De tão linda era sua moradia. O portão havia um senhor de barbas longas recebendo os convidados. No andar de baixo, um salão enorme, com almofadas espalhadas pelos cantos da casa. Uma escada seguia pela sala e dava no andar superior aos quartos. A vista da parte externa, era demasiadamente incrível. O solar trás um clima de veranico. Ao lado da varanda dos fundos, uma churrasqueira era exibida uma. Porção de carnes típica da festa. Seus pais nos recebiam com cortesia de anfitriãs que eram. Heyd veio com eles. Trazia um laço nas mãos, na cor branca. Tem este nome pela cor amarelada que eles tinham. Amigos de infância. Uma festinha dos seus vinte e poucos anos era o que mais precisava naquele dia. Um dia tive a graça de conhecê-la, e também a seu irmão Lion. Linda menina, mais parecia estar completando quinze anos! Vestia branco, trazia nos cabelos loiros, ondulados a flor de Liz. Ficou bem! Seu riso era de gracioso e espontâneo parecer. Radiava por onde passava. Heyd era o fino da elite. Foi quando a musica se fez brotar no salão. Qual foi à emoção, quando Brian lhe convidou pra dançar, sem mesmo saber, foi por impulso de sua parte. Dançaram por um momento, era ele o mais indicado em cortejá-la, se, dançar, na verdade, não era seu forte. Pois que já havia dançado antes, não tinha habilidade como Heyd, ela foi sua companhia naquela noite. Deram-se os primeiros passos de dança depois disto, foram seguidos pelos visitantes. Eram amigos de longos anos prima de seu melhor amigo o Lion. Ela foi gentil, e disse que queria dançar outras vezes com ele. Foi-lhe que de espanto, se a dança não foi bem, não o saberia dizer se foi. Ela tinha o corpo quente, cheiroso, era uma rapariga de fino porte. Conduzia bem a dança. Heyd uma mulher experiente! Media 1,65 de altura, os cabelos, eram loiros, abaixo dos ombros, anelados nas pontas, os olhos castanhos misturado com verde folha seca. Uma boca sedutora. Dava arrepios ao ouvir sua voz rouca. Era extremamente irresistível. Dançaram; l’ll be over you, quer dizer; Eu vou te superar.
Era linda esta musica. Depois vieram outras e mais outras, dançaram-se todas.
Brian, devidamente vestido a rigor, trazia nos olhos, o contentamento, o visual social, simples, aparentemente bem que era. De preto, era seu terno, vestia uma camisa branca, ao pé que apresentava nos punhos, a renda. Filho de rendeira tinha o costume de se vestir à moda.

- Aceita sentar-se e tomarmos um vinho?
Quando dançávamos senti a boca seca.
Adoro vinhos.

Convidou Heyd.
E sentaram-se a uma mesa ao canto do salão. Velas coloridas adornavam a mesa, uma flor era seu convite que continha cada mesa. Tão logo a pedido de Heyd, era servido o mais doce vinho da adega.

- Só pra te lembrar...
Também adoro vinho Heyd.
Sentemo-nos. Tomemos o vinho ao seu encanto de mulher.

Disse Heyd aos meus ouvidos.

- Encanta-me este seu sotaque de italiano com brasileiro.
Se bem te conheço... Ainda não esqueceu Alma! Ficaria comigo?
Mas pelo que parece não gosta de loiras... Não é?

- Não é bem assim!
Creio que concordaria comigo, se visse como já fui tratado por elas!
- Pensando bem!! Já sofri demais Heyd! Nada contra as loiras! Acho que não entendo muito de mulheres!

- Se você quiser, podemos ver que nem todas as loiras são iguais.
Se deixar mostra-lo!...

- Quero tentar ser feliz! Esquecer Alma talvez seja meu destino.

- Vai pra longe de Alma?

- Você quer?

- Si quero? Hum!! Deixe me ver!
Falemos nisto em momentos oportunos devidos.
Porquanto brindemos este momento.
Tomemos outra taça de vinho?

- Sim cavalheiro!
Brindemos ao que?

- A uma nova vida!

- Vai incluir-me nesta sua nova jornada?
Rsrsr.

- Tenho algo que lhe atrai Heyd?

- E porque não?
Seu cheiro, seu corpo... Tem lá seus predicados. Diga-me... Se ela te faz ficar triste, bem melhor que... Busque um novo amor, dizem que nada melhor que outro amor pra esquecer o ex. Se sente bem ao meu lado? Sou sua vida... Depois, suas recordações desaparecerão daquela uma. Deixe-me conquistar-te! Brian. Não falemos mais em Almas.
Aonde for, irei eu também. Toma-me por sua.


Abraçou-o, deu-lhe um beijo. Foi demorado, como se ante já existia neles a química do amor. O primeiro que não seria dos últimos.

- Será que deste flerte poderá sair um?...
Presente pra toda uma vida não poderia dar-me melhor diamante.

- Acho provável que sim!

Disse Brian.

- Admiro sua pessoa, pela amizade, pelo muito apreço que te tenho. Nada dirá a outrem Heyd. Não se entregará a mim, sem que antes mesmo, eu tenha percebido que lhe amo.

- Pode ser. Diante disto!




Se me pedes. Quero outros beijos!

Que dissestes?

- Outros beijos assim!
Quero um beijo seu. Para poder esperar-te.
Sem a ansiedade de um esquecimento meu, ou seu.

- Você tem cada uma Heyd!
Se bem que um....

Mal terminou de expressar-se, Heyd o beijou.
Tão terno foi que teve gosto em continuar.
Tiveram assíduos beijos.



Heyd deu-lhe um beijo dizendo;
Amo-o demais! Não quero te perder!

- Esperarei por você!

Depois se foi. Poucas foram os transeuntes que viram aquele beijo.
Talvez fosse de bom tom, que Alma visse. Acabaria um namoro que nem começou, iniciaria outro. E viu. Tanto que ficou apavorada, sem lugar, pendeu-se pelos cantos as escondidas.










VIII



Dez dias depois da festa de Heyd.
O aniversario de Alma surgia.

Na ilha dos Araujos. Comentava com Lion sobre o beijo de Heyd, perguntou-me se eles ficaram. Deste intento, não fui capaz de ter visto! Brian tem boas intenções com sua prima. Sobre relacionamentos? Os Brian e Alma... Inda não se aflora. Cujo lazer eram os de andar pela orla do rio doce. Desciam à rua, Brian e Lion, quando entretidos com as atribulações da vida, comentava sobre a festa na casa de Heyd.

- Viu se ela esteve na festa?

- Sim!


Naquela noite, Alma se ajeitava dentro de uma roupagem toda.
Aflorava-se aos poucos! Era uma flor que desabrochava com tempo.

- Não a vi!

- Não a veria mesmo! Estava-se com Heyd aos beijos.

- Vistes?Rsrsrsr.

- Quem não os viu?

- Alma?

- Não! Alma viu.
Viu tanto que se foi mesmo antes de terminar a festa.

- Sabe amigo meu!
Eu e Alma, com ela meus anos eram felizes junto dela. Dezessete anos se passaram, e ela continua a mesma menina travessa. Estaríamos nos formandos juntos, mas tive o destino aplicado que fui, de fazer outra faculdade mais apropriada. Disse a Heyd que ia para Sampa, ficar longe de Alma. Ficaria um ano só! Depois voltava para colocar os planos em evidencias. Perguntou-me se estava incluída nestes meus planos. Foi que lhe disse, o tempo é dono da verdade, ele dirá, qual lado deve pender este amor. Mas, me lembrava dos olhos de Alma que tinha um jeito de olhar penetrante, e isto não me dava paz! Fazia ciúmes em mim. Apresentava-me sempre uns amigos seus. Às vezes dizia que estava namorando-os.
Não sentiria ciúmes caso não os tivesse. Mas tinha. Estava resolvido, depois tomaria outro rumo na vida. Ficaria em Beaga perto da faculdade, faria planos referentes à editora.

-Quem sabe não resolvia?

-Vou apenas formar a equipe técnica da editora em beaga.
Implantar e depois, escrever alguns livros, depois viajar pelo Brasil a fora.

- Quanto aos estudos?

- Continuaria. Quero fazer letras, ser um daqueles loucos poetas, escreverem diversos livros, talvez por hobby, ou por alguma razão maior que eu. Quem não quer ser um Machado de Assis, ou um Manuel Bandeira? Todo poeta que se preza, o quer ser. Uma vidente me diz que eu devo ir embora deste lugar e...

- Vidente?

Alma que acabara de chegar, ouve a conversa de Brian e Lion.

- O que diz ai?
Não vai ficar pra minha festinha??
Quero que fique.

Ela o pediu com delicadeza de sempre quando quer algo.

- Mas não poderia ser indiferente a Alma.
Ficarei um tempo.

- O que queres de presente?

- Posso pedir o que quiser??

- Calma lá! Sabes bem o que pedes Alma?
Ela irá pedir sua alma. Rsrsr.

Disse Lion.

- Da-me sua palavra de que poderei mesmo pedir?

- Sim! Mas olha lá o que vai pedir!
Mas se dei minha palavra!...

Esqueceu-se a quem estava dando a palavra. Nisto, vendo que era vela entre eles, Lion despediu-se e foi. Continuou Alma. Encostou seus lábios aos ouvidos de Brian e disse:

- Quero ficar com você esta noite toda! Amanha será meu aniversario, será como uma despedida de solteira! Rsrsr.
Quero-o pra dançar, ficar comigo, quero-o todinho pra mim, se pode ser, quero hoje ser sua.
Sua completamente nua de corpo e alma.


Certo do que pediu a Brian, nada pode dizer se não que aceitaria com prazer estar ao lado dela. Ficaram juntos alguns minutos. Ela queria aproveitar o tempo.
Se, pois que era seu aniversario no dia seguinte, Brian seria o primeiro a dar-lhe os parabéns de seus anos dourados de psicologia. Era quase dez horas, quando ela pediu-lhe um beijo como seu primeiro presente.
Deste seu intento, ela não os teve.


- Tivestes o primeiro de minha vida!
Um dia...
Não sei se os terá novamente!






Não eram os de Brian, intenção de beijá-la.
Ela deu de costa e se foi. Ficou ele pensativo ao passo que, sua mente vagou no espaço, viu Heyd sentada na varanda do solar, um dos redutos de Brian. Duas crianças brincavam se abraçavam, sorriam como dois anjos. Eu sei que o sonho não era ilusão. Quase real, vi de perto a cena. Porque sei que era assim que os sonhos se dependem de todos os amantes.
Tão logo Alma de despediu saiu, depois se deu as mãos a outro, e este a acompanhou.
Na verdade, Alma era escrupulosa. Não media as conseqüências das coisas. Brian lembrou-se dos beijos de Heyd. Quando a beijou. Aquela boca por longos minutos estremecia de êxtase que repercutiu seu coração. Doce como mel era de saber, os lábios de Heyd.
Feitos como os morangos seu sabor! Diante dos seus beijos, não os sabia distinguir. Mas eram dos que mais amava. Mas saber, nada mudaria seu pensar! Seus olhos brilhavam de contentamentos. Mas não era suficiente pra mudar seu rumo, era assim que pensava.
Eram imprevisíveis seus atos! Ele não queria que Heyd soubesse dos arrepios que seus beijos lhe fizera. Alma, não era páreo pra Heyd e seu fogo todo! No entanto, caro leitor a de levar em consideração, o amor que desabrochava, e ardia seu peito. E que, nem mesmo ele haveria fazer vistas grossas. Agora, estava Brian dividido entre Heyd e Alma. Amores ferventes O amor era a musica que estrondava no peito de Brian O leitor há de perceber, que um relacionamento, carece de amor incondicional. Não existe o verbo amar se não houver uma troca continua de afetos. Trato o amor, como um exercício de memória constante na vida a dois.








IX

Dia seguinte;
- Flores brancas enfeitavam o salão de festa! Eram tantas, me lembro que tinha habito de economista. Pra dar-lhe um presente natural, sai pelas ruas, fui a uma floricultura, escolhi umas flores, queria a se fossem brancas, ou rosas, mas que fossem delicadas e perfumadas.


- Ela nem ficou sabendo quem as deu Brian?
Fez-lhe desfeita.


- Não Lion pedi que não dissesse que era eu. Rasguei o cartão. Se, pois que a vi beijando um outro á minha frente, dei de costa e sai. Esta Alma é mesmo uma pervertida!
Alma é insaciável! Sabes disto muito bem! Tem um fogo dentro daquele corpo, é atrevida, indiscutível sua presença. É uma fragrância, que não deixa passar despercebida.


Os convidados chegavam aos pingados, uns traziam presentes, outros não!
Mas, era bela a rapariga de preto, usa um, sobretudo, saia curta, e botas até os joelhos, e que joelhos têm! Alma! Brincos de estrelas prateadas, e cabelos soltos. Dona de uma silhueta invejável. Ela convence pela beleza e sedução. As fotos foram poucas, na verdade nem me lembro deste intento! Preto e branco era de ser. Se os leitores acreditam, foi mesmo um dia de festa pra muitos, menos pra Brian. A rapariga esqueceu-se dele! Desfez o encanto. A festa tomou-lhe tempo demais, pra gasta-los com Brian. Foi que em determinado momento, quando findara a noite, ei-la á escadaria de sua casa, descendo devagar, olhando para os lados, como se procurasse alguém especial. Era Brian? Se for não o viu. Alma descia com duas taças e uma garafa de vinho. Passou por ele, deu uma gingada no corpo e foi assentar-se com um rapaz que estava a uma mesa com outros convidados. Sentou-se ao lado dele, beijou-o sem cerimônia alguma, como se fossem íntimos fazia muito tempo. Ela tem este jeito de encantar, e sabes disto. Nisto, eis que surge Heyd, sorridente.


- Heyd?
Esta muito linda...
Meu fogo eterno!

- Como esta seu amor por mim?
Bebe comigo este intento?

Perguntou-lhe Heyd.

- Vem comigo! Estou te vendo muito tenso, quem sabe uma caminhada lhe faça bem?

- Brindemos nostro sentimentos mais profundos!
Quanto ao amor?
Continua o mesmo! Quente.

Respondeu Brian.
Talvez falasse não seu coração, mas sua boca naquele momento de tensão.

Verdade! Poderia....
Como fogo?

Oras Brian!
- Fogo não!
Ele queima as pessoas.

- Mas também poderia aquecer seu corpo!

- Pode ser... Talvez queira ser um coração!

- Coração?
Coração não!
Ele sofre muito.

- Sofre... Mas também ama.
Pode um amor mais serio?
Algo assim como... Pode.
Como um mestre.

- Mestre é serio?
Acho que não!
Queria ser uma flecha!

- Flecha?
- Hum! Flecha?
Não! Acertaria meu coração?
Flecha não! Morreria sem te ter.

- Pode ser como um vaga-lume.
Para alumiar os casais nas noites de lua de mel.
É!... Lua-de-mel.

-Heyd...
Não iria dar certo!
Ninguém gosta de ser vigiado.
Você me aceitaria na sua lua de mel?

- Se fosse você o noivo...
Aceitaria.
O que faria se fosse um olho virtual?

- Olharia o mundo!
Mas já tem Deus pra olhar o mundo!
E eu não quero ser tão poderoso assim!

- Quero ser pra você algo mais obvio.
Prestativo, uni presente. Nem tão presente, mas...
Presente em sua vida.

- Já sei! Brian.
Pode ser ponte do rio doce que nos une!

- Sabe que tento ser Heyd!
Volto a pensar em ser mesmo ponte.
As pontes unem as pessoas.
Ponte não!
Mas pontes também desunem
Não quero ser ponte!
Definitivamente que não.
Prefiro ser água para banhar este corpo aos pouquinhos, numa banheira, eu e você!

- Água lava a alma dos homens.
Também mata as pessoas!

- Mas da vida as plantas.
Bom! Ser água pode ser boa idéia.

- Mas água não tem cor, nem cheiro, nem sabor!
Não mesmo! Quero você com o gosto dos seus beijos.

- Canção? Bem que poderia ser uma canção!

- Mas, me já disse que queria ser um coração.

- Posso ser que seja atraente.
Tenha sentimentos.
Um coração também tem suas vantagens.
Bate acelerado quando vê outro coração.

- Quem sabe posso ser os olhos deste seu coração?
A menina dos seus olhos.

- Como assim?

- Os olhos...
Com eles olharia o mundo de cima pra baixo e...

- Acho que não seria uma boa!
Ditado popular:
“O que os olhos não vêem”... O coração não sente.
Cheira algo de traição. Mas pode ser minha menina.

- Quero ver mais vida nesta sua vida Heyd.
E...
Se eu fosse uma exclamação?
Um ponto, uma vírgula?
Uma interrogação?
Não iria me querer.

- Não seria uma boa!
Não pode ser nem um nem outro!
O dicionário já tem letras demais.
E as pessoas sempre as mudam.

-Posso ser imutável.

- Tomemos outro vinho?

- Você quer? Rsrsrsr.

Lógico! Quero sim.
Voltemos ao nostro dialogo!
Disse que ser imutável.

- Mas ser imutável não tem lá muita graça!
Ficaria a vida toda do mesmo jeito!
Parado como uma estatua.
Não! Definitivamente seria meu fim.

- E você fosse esperança? A minha esperança?

- Seria legal!
Ela morre no final
É mesmo! Mesmo as pessoas dizendo que ela nunca morre.

- Eu sei que morre.
Poderia ser um escritor!
Você uma flor.

- Um poeta...
Um trovador?

- Sim! Já é um.

- Mas dizem que eles inventam tudo!
Até finge não ter dor...
Será que as tem?

- Não!... Seria uma fuga para minhas dores.
Seria uma maneira de explicar minha existência a Deus?

- Mas Deus já sabe disto.
Não se explica e nem conjuga o verbo ser de Deus.

Quero ser sua criatura sem mácula.
Sem julgar!
Sem ser o ponto final na vida de alguém.
Sem refutar.

- Deixe que eu seja co-autora de sua vida!
Quem me dera ser teu amor!
Produziria vidas... Se sou apaixonada por seu você!

- Prefiro que seja eternamente uma paixão.
Apaixonado tem seus altos e baixos, mas estão na moda.

- Mas paixão? Moda?
Não é melhor ser amor?

- Pensando bem!!
Nada melhor que ser
Eu mesmo!
Vida...
Mente lógica. Idealista.
Modelada.
Queria ser tanta coisa meu amor!
Mas uma delas sabe que sou!
Filho de Deus!
Disto jamais ei de esquecer.

- É melhor ser cérebro.
Ele comanda o corpo
Talvez tenha um raciocino lógico do que é vida.
Pare de querer ser tanta coisa seja mais você
Deixe de ser proteus.

- Eia, pois, que meu sonho é como os de muitos nesta vida!
Se não os são, é o destino dono dele.
Chorarei mil lagrimas antes de ir-me. Sei bem disto.
Toma outro vinho comigo?

- Por que não?
Far-nos-á bem!

Alma se aproxima de Brian e Heyd.

-Tomar vinho pra ter coragem de que Brian?
Dizem que o vinho nos faz falar aquilo que quando estamos sóbrios não temos
Coragem de dizer!

- Pra se ter coragem pra falar o álcool, o que a boca não diz.

- Por mim é que não peço mais o beijo a quaisquer uma se... guardas não se sabe pra quem.

- Juntemos... cada beijo que pediu e não ganhou!
Ou refletidos na sua vida.

- Talvez estejam esperando uma pessoa adequada, e ainda não a tenha encontrado.
Sei que todos os beijos guardados a sete chaves por longos anos, estão lá, esperando a pessoa certa. Não sou casto, tampouco o serei, dos beijos que não te dei. São pra quem me amar de verdade.

Alma não quis aceitar a verdade. Deu de costa e se foi..

- Se nada sabes de Alma, Heyd, pois que fique entre o céu e a terra, se naquele coração, existe uma muralha que não se quebra com palavras de amor, é o que me resta pensar dela! Não te ama como eu te amo.

- Oras Brian! À noite, luarenta é nossa inspiração de começar novo rumo.
Se te faz esquecer aquela uma! Sou toda sua.

- É o vinho... Ele faz da vitima o que bem quer.

- Verdade Brian! Tem lá seus efeitos transitórios.
Se a viu por tantos anos uma criança, não haverás de vê-la mulher!
Senão em outros braços. Tomemos o vinho, o sabor de cada segundo de nossas vidas juntos. Quem sabe assim, ele te faça ver que te amo. Muito mais que imagina.

Alma que via tudo às escondidas. Heyd se aproxima os lábios e os encostam-se aos de Brian. Percebeu sem querer ser mal educada, se sentiu ofendida com as palavras de Brian. Em determinado momento exatos saberíamos! se soubessem os gestos que os olhos vêem... Descreveriam o saber. Era obvio. Ela conhecia Brian como a palma das mãos e queria; desculpe o leitor, que ele também reconhecesse isto.
Alma ficou parada no tempo, era uma noite muito quente, e no dia seguinte, ela teria muito que fazer. E mais uma vez, estava ancorada perto de um rio, olhando a paisagem, quando ouvia musica. Permitiria ser enamorada de Brian, não fosse os contra tempos diários. Para Alma, Brian era apenas um fantoche em suas mãos, uma toalha pra se secar-se e nada mais. Neste mundo, quem tem consciência... Torna-se alguém que pode escolher. Não tem que sermos forte, mas que os outros. Temos de ser nós mesmos.
Sem nos entregarmos de corpo e alma. Por muito pouco não se via um beijo entre eles. Se bem que não houve. O destino nós mesmo que o fazemos! Se finalmente encontramos um grande amor, não o sabemos, saberei. Passamos tanto tempo buscando a felicidade, que às vezes não percebemos que o tempo passou, e não vimos. Devemos olhar para dentro de nós, e dizer pra nós mesmos, se vale o tempo perdido por um amor não correspondido. Existe uma força dentro de cada um de nós... Que nos inspira que nos move. Que nos invade sempre. É como um sensor adaptado em nosso meio de vida, que o cérebro comanda. Poderia Brian estar dizendo agora tantas coisas, até mesmo de um desmedido.

Era o que verdade diria em pensamentos a Alma;










X



“Não a sinto, se não a vejo”

É uma maneira que encontrara pra viver a sua louca vida....
Queria me tele transportar para dentro de sua cabeça. Ficava lá.

Sem você. Pensava consigo Brian;

Descobri que o ser humano, é extremamente pensativo! É como um enigma! Um coração com amor intenso demais para não enxergar um palmo diante dos olhos.
Receio em pedir a Deus, vida melhor, se me deu esta que vivo. Se não vive a minha com devidos cuidados. É um desejo meu, e não sei aonde vou terminar com tudo isto!
É uma rua sem destino, sem rumo, sem cor, sem seus olhos olhando pra mim. Tudo é deferente, mudo, sem nexo. Mas é assim a vida. Quando o amor nos invade, tornamo-nos frágeis humanos. A festa acabou pra Alma. O esperado não aconteceu se era conquistar Brian, Alma perdeu. Deu as mãos a outro e se foi.






A vida é uma flor sem cor, quando não se ama. Quando não se limita os sentimentos. Quando mesmo, sem se sentir só... Você se imagina o imaginário e decide por um fim as expectativas de arriscar uma nova relação.
Heyd tem sido boa amiga para Brian, mesmo tendo amor por ele, sem o saber! Têm se mostrado afinidades a seu respeito. Não sei se deseja como não se sabe qual será o destino sem Alma. Que irá esquecê-la, disto tenho certeza, o fará. Era sábado ainda, ao termino da festa, foi dar umas voltas pela orla do rio. Noite luarenta, era um brilho intenso que alumiava os céus. Estavam lá numa roda de amigos de faculdade. Era o assunto da noite. Alma

- Bem! Devo repensar minhas relações daqui pra frente.
Desejo fazer esclarecimentos, mas precisos de minha vida, senão voltar,
A vida cotidiana douta era que nos aguarda, devo ir agora. Foi-se aos poucos os amigos pra suas casas. Brian ficou com seus pensamentos.

- Alma é carta fora deste emaranhado discurso sem sentido que vivo, vivia...
Não mais viverei. Darei a esta vida novo rumo. Considero inconciliável nossa relação
Se, pois que tudo na vida tem limites. Hoje, entretanto, muitos são os que buscam manter a felicidade, presa dentro de seus corações. E pensar que poderia ser a vida sem tantos atropelos conjugais.
Brian caminhava pensativo, ao que surge ao seu lado;

- Heyd?

- Oi!!
Eu mesma, em carne e muita disposição.
Rsrsr.

- Verdade Heyd! A estas horas na rua?

_ Sim! Segui você e seus pensamentos pela orla do rio. O que pensas fazer? Anda pensando em Almas? Vi seu carro parado lá atrás e...

- Viu?
Verdade! Deixei-o pra trás e segui a pé meu destino.

- Perguntei se andas sonhando com almas?
Quem não conhece seu Maverick preto? Ama-o mais que seus poemas.

- Rsrsrsr! Verdade Heyd.
É pura verdade o que diz! Que o tempo é acaso minha cura.

- Tentando esquecer o inesquecível?
Se for é mesmo!... Ainda pensas na Alma?

- Alma? Continua lá no seu mundinho medíocre.

Eles continuavam o caminhar. Já estavam perto do bico da ilha, ao norte, precisamente exato. Ali, a ilha era o point forte dos amores, muito verde, areia do rio, a prainha,
Como era chamada aquela parte do rio. Praia dos namorados. Via-se muitos deles namorando, sentados na areia branca. Ou visualizando o pico do Ibituruna doutro lado do rio. É a lua, o misticismo e o erotismo, ambos se ajuntam pra deixar os namorados,
À vontade nas areais do rio doce. Heyd e Brian sentaram-se. O rio era a parte que ele mais apreciava Heyd fazia parte do conjunto. Ele deixou Alma no pedestal, que ele mesmo colocara, pra viver a vida. Morrer? Completamente fora de conjunturas.











XI

Seduzes-me...

- Heyd!
Tem sido uma boa amiga pra mim! Talvez não passe disto. E não sei o quanto se deve esta nossa afinidade!

- Pode ser que... Seja pra mudar seu conceito de vida, seu modo de ver as montanhas!
E sabes bem que não sou nenhuma planície pra ficar sem teus olhares.

- Agora vejo com outros olhos seu ponto de vista!
Se achegue pra perto de mim! Minha menina linda.

- Oh Brian!

Heyd ficou tão perto de Brian, que dava pra sentir sua respiração, seu hálito refrescante.
Tem um jeito arteiro de ser, um rosto angelical, mas o fogo da linha do equador impregnado no corpo. Ele deita o rosto no colo de Brian, e se deixa acarinhar-se.

- Suas mãos são macias!

Disse Heyd.

- Seu corpo é como veludo minha adorada Heyd!
Toma banho de cremes?

- Que nada Brian! Durmo bem, e nas horas certas.
Malho muito na academia, e depois... Hoje estou fazendo uma exceção!
Ficando ao seu lado, namorando.

- Namorando-me?

- Sim! Se você não sabe, sou sua namorada faz tempo!
Namorei-o da janela de meu destino, faz décadas.

- Não o sabia mesmo!
Diz-se e pode ser..
Sou seu!

Ela encostou os lábios nos dele, e se beijaram ao luar da noite.

- És como uma flor!


As flores...
Umas,
Botões já florescidos,
Nem tão lembradas...
Tampouco esquecidas.

Uma rosa,
Duas...
Outras!
Meus amores!
Belas flores.

Do
Mais intimo ser...
Distante coração!
Não há quem vos delas
Falem...
Sem amor e emoção.

As
Pétalas desta flor...
São como sementes caídas na terra.
Implantadas n’alma...
Regadas no amor.

- Nossa! Colocarás este poema,
Em seus livros?


- Sim minha flor!
Heyd,
Os beijos que poucos tiveram aquela uma, guardo-os pra você!

Ai, ai amor! Encanta-me meu namorado!
Belo e amado meu.

Beijou-a com desejos, dos beijos mais amantes.
Seus lábios, seu rosto agora brilham ao luar desta noite luarenta.

- Meu coração haveria de ter te procurado antes!
Seria seu namorado de verdade. O que temos hoje, talvez não baste pra uma,
Relação duradoura!

- Oras Brian! Existe tempo pra se começar tudo nesta vida!
Os corpos se alinham na curva do rio!
Sabia disto?
Na curva do rio, aqui onde estamos agora.

- Curva do rio?
Pense coração! Pense.
Já sei que diz Heyd!
E porque diz.

- Por que Brian?

All see you, you mean the one to me!

- Preciso de você! Pra completar meu dia, minha noite, minha vida.

- Bom saber disto, meu amor. Darei a você toda atenção que me dá suas palavras, seu carinho. “Toda minha vida esperou minha alma por alguém” sabia que em algum lugar do mundo... Encontraria um amor. Toda vida merece ser vida, como uma noite.
Aluarenta de estrelas. Assim você invadia-me.

- E este amor, vai repercutir em algum lugar do mundo. Este amor é segredo, que as águas do rio doce serão testemunha esta noite. Feliz o homem que tem uma esposa virtuosa. Heyd.

Our lives have just begun! Forever.
Nossas vidas apenas começaram

Heyd, era o tipo daquelas garotas modernas, adorava estar de jeans, e mine blusa.
Cheirava flores do campo. Às vezes me passava pela cabeça, que ela nasceu sob um jardim em flores. Brian, vestido em trajes esporte. Estava sempre as acariciando. Nunca transei ninguém assim! A não ser Ana, quente como o nordeste. Tempestiva. Alegre extrovertida.


- Você me vê como uma mulher virtuosa?
Com amor?

Oh yes, you’ll always be my endless love…

- Creio que sim! Heyd.
É o tipo que faz bem sua companhia. Temos futuro juntos.

- Nem de longe aquela uma?
Rsrsr.

- É distante meu pensar, assim como meu saber. Não quero tecer conjunturas deste passado. Quero beber, e não chorar por ela a vida toda. Tento esquecer aquela boca de vez. Tudo acaba em solidão, a vida é o que é. Um momento feliz, nada mais.
Em cada coração tem uma pessoa que nos ama. Sou apenas um homem que quer ser feliz. É você, pode ser a mulher que o destino colocou na minha frente.
Daí então, muda a Historia. Sabes que sonhei com você?

Eu? Sonhou comigo? Como foi?

- Eu e você Heyd. Duas crianças dançavam no seu ventre!
Uma menina e um garoto! Depois os vi brincando no alpendre com você.

- O que pode vir a ser este sonho?
Uma visão futura?

- Não era uma visão! Era tão real! Verdadeiro!
Meu coração saltitou quando os vi.

- Grávida de ti? O que mais quero amor.
Encanta-me, meu homem! Suas palavras soam como harpa aos meus ouvidos.
Uma viola afinada, um beija-flor, eu a flor.

Nisto ela senta no colo de Brian, de frente pra ele e de costas para o rio, dois corpos se alinham na noite. Caricias deverás surgiu das palavras destes dois amantes.
Ela, sem a blusa fina que cobria seu corpo, era nua! Roçava os seios no corpo de Brian.
Excitado, pendia o corpo para trás. Aos poucos se despia de suas intimidades.
Ofegante, Heyd contorcia num frenético bailar suas pernas. Brian mordia os lábios de tanta energia que os cobria. O suor dava oleosidade aos dois. Era somente ela, que fazia Brian delirar-se de prazer. A lua e as estrelas no céu naquela hora de amor.
Eram mudas suas falas! Incompreendidas, não se descrevia tal qual era a cena de amor.
Ficaram por longo tempo assediado, em transe. Até que Heyd levanta o corpo, desce novamente num vai - e –vem de loucura.
Depois deixa os lábios molhados de prazer, beijar o pescoço de Brian.
Depois disto, estes dois, serão como carne e unha.

- Às vezes me lembro se perdemos tempo!
Ou se guardamos pra este momento! Éramos amigos!
Agora?!! Estamos aos beijos!

Disse Brian.

- Oras amor! Ninguém manda no destino!
Acontece.
Seria sua um dia.

-Vivíamos naquele escritório, eu quase não fazia as coisas direito, quando vinha.
Pra cima de você aquela uma, era uma gata, mas quando lhe dava as costas ela esbanjava antipatia. Acontece que tenho birra desta mulherzinha. Houve momento, em que quase dava nela!


- Imagina estivemos juntinhos assim naquela sala! Eu e você Brian.
Lembra-se de que um dia, ficamos a sós? A luz apagou, deu um dilúvio em Valadares, o rio transbordou, e ficamos ilhados! Era uma sexta-feira de maio, dia dos namorados. A ponte da ilha dos Araujos, a água estava por cima dela e...

_ É, a noite se abriu em estrelas, surgiu à lua por trás do morro do ibituruna.
Incrível! Como pode ser aquilo? Obra de Deus, tão obvia e transparente.
A lua alumiava a terra, e tudo era tão claro e evidente!

- Sei! Lembro-me bem disto! Brian.
Era obvio! As águas que as represas acima do rio iriam desmoronar-se! Eles receberam ordem de que deveriam abrir as comportas, e as abriram.
Como as estrelas deste céu que alumia nossos corpos. Foi uma noite sem fim.

- E você ficou inerte de medo, tesão ou sei lá o que!
Agarrou-me num abraço forte! Tenso, carente. É certa dose de sexo... appeal
.Não resisti, beijei-a a luz de velas, ali mesmo na sacada do edifício Araújo.

Todos tinham ido embora, eram somente nós que ainda não havíamos saído, pois tínhamos um trabalho pra dar cabo e... Heyd era capaz de perder a cabeça por Brian, como se já não o fez antes.

- E?...
you’re every step I make!

- E ficamos retesados tal ponto que não deu! Sedi-me ao seu encanto de mulher.
Não existem efeitos, sem uma causa.
Quanto maior a intimidade, mas nos sentimos à vontade.
Aos poucos fomos cedendo às energias de nossos deleitamentos.

Aqueles dois ali, a sós no leito do rio, à noite, as estrelas, o rio deslizando suavemente seu curso. É preciso transformar sonhos em realidades. O êxito é conseqüência de objetivos definidos. Brian e Heyd iniciaram uma cena de amor do qual acordar era deveras impróprio daquele momento. Eram feitos um para o outro. Era obvio que seguiria de orgasmos e tudo mais entre eles. Não havia impedimentos.







XII

I can’t resist your charms.

O amor era o ponto Maximo dos deuses. Irresistível, sim. Poucos são os seres humanos que se dão conta do que amar é o êxtase, um balsamo da alma. Aberto ao amor, sempre.
Alma, pensamentos? Como equilibra-los? É dizer que o mundo é mundo e que não me chamo Raimundo, sou poeta, inspiração da inspiração. Românticos modernos, não mandam flores, descrevem-nas. Incita-as. É meu o poder da sedução, encantar, transformar, criar, saber que existe a dor, fingir, mesmo quando a sente. Alma e corpo... Respire e depois aspire à natureza, energisado, a mente e o corpo, Obedece ao instinto natural de cada ser. Eu que velo por ser assim, hei de sê-lo. Ela veio, deitou seu corpo sob de Brian, ofegante, respirava na suavidade que se dava rumo ao amor. Ela deixou da parte intima cair, o véu que cobria sua nudez, desfazia-se, ofegante arfava no beijo úmido, saliente seguia num vai-e-vem que deixava seu homem ofegante. Heyd, bela, deixava os cabelos loiros caírem pelo corpo de seu amado. Na mais íngreme forma, eles se amavam, beijava-se num intrépido contentamento. Eram eles e, mas nada neste mundo! O silencio era divino, só o vento assolava os cabelos de Heyd, e esta arcava suas ancas sobre seu bem amado. Inúmeras vezes repetiam-se um vai-e-vem sem pressa de acordar. Se tiver, alguém naquela ilha, senão já estivera distante, não obstante, era de se encontrar uma sequer, alma viva. Brian respirava, depois aspirava nos seios daquela virgem e doce mulher de um homem só. Era quente aquele vulcão, senão mais, presumo. Heyd, não se dava o luxo de sair em busca de noivos, namorados ou tampouco maridos pra si! Guardava amor por Brian, e sofria sabendo que era seu pensamento de outra, senão os dela. Era de se esperar um dia. Quem espera sempre alcança, mas quem busca.... As possibilidades de encontrar são maiores. Por um momento, deitaram-se os olhos para a montanha a sua frente, uma luz vinha surgindo, como um holofote cair luz sob eles. Pairava a brisa, já se viam estrelas cadentes abençoando aquele momento. Ate que seus corpos suados deram-se um motivo de entrarem na água e refrescarem de vez, mas nem isto seria capaz de apagar tanto fogo contido neles. Depois, vestiram-se e se retiram daquele lugar. O dia vinha raiando, a hora era não tardava chegar. Saíram de mãos dadas, foi até o carro de Brian, um Maverick preto. Aonde deram um toque de recolher. Aos beijos, se despediam da noite bem sedutora que se viveram.

“My love, there’s only you in my life” termini quell moment com courtesan doctors.

Oh Brian!… seduces-me!
My love, my love endless love.
Meu amor, meu amor sem fim!

O dia amanheceu sem tempo.












XIII

Cinco horas da tarde de abril

“Surpreenda seu amor”

Era assim que Brian se sentia deitado no divã da psicóloga Lua Ana Drens.

- Ama-as e não sabes qual das duas ficar!

- Que dizes doutora?

- Elementar Brian!
Carrega dentro de sua mente dois amores, um irresistível demais pra ser deixado sem uma resposta! Outro é determinado à realidade. Tem base de vida. O amor, dizem as más línguas de que é cego! Mas tem olfato apurado. Seus sentidos, avaliados em plenários analógicos de que é afrodisíaco. Não se curva diante ao amor, deixa-se elevar-se nas suas asas, como a folha vai à brisa do vento. É sedutor demais pra que as mulheres o resistam.

- Falas por enigmas minha cara! Se, pois que não estou ciente do vazio que há em mim.
Quero amar uma, ou a outra, se já não sabes meu ser.

- Sabe meu caro Brian!
Existem pessoas, que não é seu caso, presumo isto. Que fala de paixão e amor, sem mesmo ter tido experiências com estes sentimentos. É provável que caiam em tentação, e se percam pela vida.

- Numa conversa de ontem, que tive com um paciente meu, ele sofria deste mal! Se é que é um mal, disse a ele. Queria se tratar pra não cair em tentação, amar quem lhe desvirtuava sua vida. Então que me veio falar você! Tem dois, e não defere nenhum.
Tem de escolher, ou deixar o “destino dar caminho a outrem”. Conte-me, com quem estivera nestes últimos dias. Deixemos o destino tornar amor, seja qual lado em realidades.

- Oras se bem me lembro! Estive com Heyd.
Tivemos momentos excitantes. Sou louco por ela.

- Detalhe-os.

- Oras me poupe dos detalhes! Doutora, não quererá saber.

- Quero-os!

- Bem, tive uma transa louca com Heyd! Nunca tive ninguém assim!
Nem dormi pensando nela.

- Por quanto tempo pensou nela?
Alguma loucura de amor?

- Infinitamente penso nela desde sempre.
Quanto à loucura!...
É cedo pra falar minhas loucuras! Nenhum psicólogo iria adotar-me por alguns minutos. Talvez ouvir-me-ia! Dos meus fantasmas saberia pouco, seria mais que iludi-los com palavrescas ressurgidas de doutas horas. Dos meus sentimentos, dos sonhos, dos selos que tenho pela vida, dos beijos, incontáveis que deram asas aos meus neurônios. Amei aquela mulher, e por um momento, entregaria a ela minha alma.
Tenho medo de não ser correspondido. Que ela me tome como Alma. Sofreria ainda mais. Vou deixar fluir e ficar na reta guarda pra ver no que vai dar.


- Então? Alguma duvida?

- Toda possível doutora Lua Ana Drens. Sei que estou preso em laços sem tamanhos!
Não quero ter alguém, pra ter segundos, ou minutos de amor! Quero sim!
Pra todo o sempre, não quero ser vaidade de amor que se prende, se encarcera.
A Alma, não me entende, tanto o quanto... Heyd. Custar-me-á deglutir tudo duma vez. Ando por ai tentando me encontrar. Sem querer imaginar que esta paixão é só de palavras, e não de amor. Quero a Heyd, quando quero a Alma.

- Dou-te três dias pra voltar aqui!
Vou analisar seu caso de perto. Pesquisar detalhes que possa ter ficado dentro de sua mente, do qual não captou meus conhecimentos. Volte depois Brian.

-Esta bem Dra.
Volto na sexta-feira.
À noite. Quero antes, saber o resultado por e-mail.

- Passe bem Dra. Lua Ana Drens.

- Gracias Brian.

Em Belo Horizonte, era esperado no aeroporto da Pampulha, O desembarcar das maquinas da editora, era esperado na sexta-feira uma transportadora os aguardava pra serem levados para o bairro Floresta. Brian fizera contatos por intermédio de representações no Rio de Janeiro, do qual possibilitou as transações da compra. Os meios técnicos, viriam implantar programas de edições. Como era esperado, Heyd, teria que de ir a Belo Horizonte recepciona-los. Brian ficou de telefonar depois, tinha consulta marcada com a Dra. Lua Ana. E teve de adiar. Heyd não iria só! Ela marcou as passagens no vôo das dez horas. A Varig prestava sempre este serviço a Brian, cliente vip, passagens devidamente marcada antecipadamente. Eram já onze horas quando desembarcaram no aeroporto. As maquinas já haviam se destinadas ao bairro Floresta.

- Desta vez, vamos ficar duas semanas por aqui!
Nossa tudo isto meu amor? Tenho que ligar para os meus pais e...
Não trouxe roupas o bastante e...

- Calma Heyd! Use o cartão de credito da empresa! Ligue pra seus pais depois, e diga que esta comigo. Ligue também pra minha psicóloga, ela me espera hoje, tenho uma consulta, diga-lhe que adie por tempo indeterminado. Pague nossas despesas, relate-as depois, cobriremos as que não se pode registrar, se bem me entende!

- Esta bem! Sei do que falas meu amor.

O perfume de Heyd exalava todo o jardim do Éden.
Rosa eram seu predileto,

Brian usa Quasar do Boticário. Aliás, era o que todo homem que se presa, ter um.
Um Quasar, uma mulher, um bom vinho! Combina incondicionalmente. Uma noite no “Forest Hill” Alguns telefonemas hospedam-se no Palace Hotel. Heyd e Brian chegam, a tarde já ia distante, todo aquele movimento de maquinas e pessoas andando pra todo lado deu sede.

Entraram para o quarto.

- O que quer beber Heyd?

- O de sempre!

- Como assim? Um Red Label?
Whisky escocês, Johnnie Walker, depois um vinho chileno.

- Você trouxe um?
Claro Brian! Sei que iria pedir um destes. Enviei um e-mail antes para o hotel reservei a suíte, perguntei se serviam Red. Confirmaram que sim.

- Bem sabes que quero minha loira! Bebe o mesmo cálice que eu.
Ao comando de Heyd, eram entregues uma garafa de Red Label, e a muito selo, acompanhava uvas verdes, gelo, morangos.

Colocou no aparelho de som uma musica romântica. A noite ia à dentro, quando estes, dançaram coladinhos por bom tempo, de quando em vez, tomavam um gole de Whisky. Deglutiam morangos, uvas verdes, bem suculentas. Às vezes vinho suave. Embora, vinho combina mais com musica sertaneja! E não com Whisky. É um sertanejo! Tem bom gosto duma pinga, mas bebe whisky em momentos românticos. E o whisky predileto de Brian e Heyd, é o Red Label. Não trocam por nada destilado.


- Vou tomar um banho!
Segue-me minha loira?

Disse;

- Obvio que sim!

O telefone toca, é tarde da noite!
Heid atende, é seu pai.

- Pai?
Sim, esta tudo bem? Já disse! Ia te ligar mesmo! É que vou ter de ficar aqui por uns dias!
As maquinas e o local, ainda não está definido. Com quem estou? Com uma amiga. Quer falar com ela? Ela esta no banho! Se quiser poso chama-la! Ou, ligue pela amanha cedo.
Está-se bem, é obvio se estou com quem estou. Já disse que sim!

- Seu pai amor?

-Sim!
Disse-me que tomasse cuidado pelas ruas de Belo Horizonte, se ouve falar muito nas cidades pequenas. Perguntou qual hotel estava. E desligou.

- Amor? Ele é gente boa!

- Meu pai?

- Gente boa este seu pai! Preocupa-se mesmo!
Tem uns pais por ai... Que não tem este amor que ele tem por você!

É... Meu pai me ama!
Sou filha única e...

- Herdeira de uma grande fortuna? Rsrsr.

- Oras deixe disto meu amor! Sabes que tenho pouco mais que uns milhões perto, de você, é nada.
Por onde começamos?

Perguntou Heyd.

- Pelo banho quente a dois

-Uma banheira, vinho, sauna ducha quente! É tudo que eu quero hoje!










XIV

Entraram eles a um recinto enorme, onde ficava o banheiro. Tinha um tom azulado nas paredes, e no chão, cinza claro, seguidos das cerâmicas. Tinha uma janela que dava pra uma sacada, com vista pra para o parque municipal. Heyd foi a primeira a entrar, seguido depois por Brian. Aos beijos e caricias, o ritual se segue. Sabe-se o que faz. Quando usa a boca para estimular a transa, Heyd é profissional. Fatores como a temperatura dos lábios, a umidade da língua e a sensibilidade da pele, os órgãos genitais, tornam-se altamente eróticos. Uma mistura de sensações prazerosas invade aqueles corpos nus. Disto, proporciona um estalo de êxito, quando se é regado o ato com vinho suave. Heyd é maravilhosa! Loira, sedutora, calculista se diz em detalhes suas façanhas. Aos beijos, segue o banho numa linguagem experiente. Experiente Brian conduz Heyd ao orgasmo.
E ela quer mais e mais. Não obstante desejos mais profundos os levam os seres assim íntimos, próximos. Cada um sabe seu ponto “g” de que tanto se fala os sexólogos.
A falação torna a relação mais adulta, inteiramente instintiva, um jogo de macho e fêmea. Cheiro se sabe bem o que digo caros leitores. Eles conduzem os movimentos em conjunto. Ate que se chega por varias vezes a excitar-se. Aquela mulher, inteiramente mulher, gemia aos poucos quanto era assanhada seu sexo. Heyd, assim propriamente dito, era tudo que se podia ter um homem. “Brian, cada vez mais apaixonado por ela, escondia por trás duma sombra chamada ‘Alma” Alma era o inicio meio e fim. Eles percorreram caminhos de orgias diversas, e não existe receio algum entre eles. Um ama o outro, que não sabe aonde vai dar tudo isto. Mas querem aproveitar cada momento, como se fosse ultimo. Afloram-se seus instintos. Entram num transe impossível de esquecer, tanto o quanto, descrever. Depois foram pra cama, dar continuidade ao que se destinaram fazer.
A noite foi longa, quando eles deitaram o dia já vinha nascendo. Acordaram os oitos, com o café da manha posto! Heyd havia feito o pedido, tão logo foi efetuado. Brian se levanta e vai fazer sua hora higiene pessoal, depois volta a sentar a mesa com Heyd. Ao passo que as nove, seguiam para o bairro Floresta.

- Então quer dizer que Belo Horizonte é assim?
Muita gente, carros e arranha-céus!

- Sim! Heyd.
Cada um por si e a todos Deus guia. Cada um tem sua Historia pra contar.
É assim é que vamos entrar neste mundo de negócios. Vamos editar tudo nossa inspiração der cabo.

O celular toca.

- Oi! Diz, estou indo bem, aliás, nós estamos indo!
O que esta acontecendo em Valadares? Normal? Bom, assim é melhor!
Olhe Lion! Toma conta ai que vamos demorar aqui! As maquinas, não chegaram ao todo.
Esperaremos a outra pra darmos inicio no trabalho. Estou hoje, junto com a Heyd, fazendo um trabalho coletivo. Vamos convidar a imprensa toda e festejar nosso negocio. As expectativas são das melhores. Ficamos no Palace Hotel, nossas coisas estão lá. Depois te dou meu fone. Mande-me um e-mail, depois abrirei minha caixa de mensagens e responderei na hora oportuna. Por enquanto, vai dando as noticias daí.








XV


Beaga, oito horas da manha. Já se passaram sete dias, e nada ainda de concreto.
Brian e Heyd deixaram o hotel e foram para o bairro Floresta. Na editora, precisamente no segundo andar, uma suíte foi feito pra eles. Apenas uma reforma e tudo mudaram. O que era uma casa antiga, agora um moderníssimo apartamento. Fica de frente pra linha do metrô. O trem que vai pra Valadares, as sete da manha todos os dias. Se não fosse tão demorado, era uma opção pra economia. É um meio barato de se viajar, transportar.
Volumes pesados. Eles tomam café da manha.

- Brian, meu querido! Aqui é bem melhor que aquele hotel nas alturas!
Aquele elevador! Não te falei, mas sempre tive medo deles.

- Ora, nada teria de te dar medo! Os elevadores são seguros.

- É, mas, prefiro ter os pés ao chão.

- E de avião?
Não teve medo?

- Tive! Rsrsr
Mas vim dormindo todo tempo, e só acordei quando você me chamou.
Tive de ser forte. Quando chegar a Valadares, vou subir no ibituruna e pular de asas delta.
Tenho vontade de voar agora. Tomar banho no rio nas noites luarentas. Estar livre! Querer viver um amor ardente dentro de mim! Não é mesmo meu namorado?

- Claro que sim!
Minha namorada.
Juntemos nossas heranças?

- Se quiser! Topo agora mesmo e...

- Você é mesmo um anjo Heyd!
Bom demais pra mim. Sou um romântico sem juízo.
Só te amando serei teu.


- Só me amando serás meu?
Hum!...
Amas-me?

- Sim! Com ou sem herança.
Estou aprendendo a te amar. Tenho testado minha memória olfativa!
E não posso ignorar este sentimento. Toda vez, que sinto teu cheiro, me lembro onde quer que esteja você!

Heyd seduz com o perfume espalhado pelo corpo, mas seduz com o bailar...
De seu andar.

- Você é o verbo continuar.
Um beijo dado aos poucos

- Nossa?
Sou tudo isto que diz?

- Menos, menos Heyd!
Nada de exageros. Mas digo a verdade, sabes disto.
Olho-no-olho, se me entendes. Onde quer que você vá... Eu sei exatamente como minha vida e sentimentos poderiam continuar Em seu coração e em sua mente, ficarei com você para sempre. Forever.

- Brian, você gosta do jeito que sou?

- Ô... demais.
Não há maior carinho, ainda é tempo!
Juntemo-nos em enlace.
Tão logo que nos colocarmos seguros n ossos negócios aqui em Beaga.

- Verdade!
Temos uma vida profissional a dar cabo dela.

Heyd, parecia não acreditar, mas era pura verdade os sentimentos de Brian. Não lhe passava pela cabeça, nem de longe, ou perto, que Brian, seria capaz de amá-la. Era então apaixonado por Alma. E Alma por ele, não tinha nada. Ao que nos parece, e vemos aqui, uma paixão, que tem posse, entretanto de expressões evidentes de romance.
Adivinham seus sentidos. Heyd vestia-se de pura seda javanês, trazia um ar de japonesa, cabelos soltos, creon nos olhos adornando os olhos, não fossem loiros seus cachos, diria que se tratava duma originalidade do Japão. A beleza de Heyd, deturpava a mente de Brian.

- Sabe Brian! Tem momentos de minha vida, em que sonho estar em alto mar com você.
Um cruzeiro pelas ilhas de Bahamas. Muitos sorvetes, uma cabine perfumada, banheiras de água quente. Queria viver momentos interessantes ao seu lado. E esquecer infortúnios, se é que já os tive nesta vida. Caminhar pelo convéns do navio a olhar estrelas cadentes, uma vez, ou mais fazer pedidos.

- Quais fariam, caso visse uma?

- Segredos meus, amor!
Toda mulher sonha, nem sempre conseguem. Talvez um deles seja um alguém, que me ame, mais que a mim mesma! Prometa-me de lembrar-me deste desejo? Que não me esquecerás.

- Dou-te minha palavra.
Farei deste desejo, o meu também, o de lembrar você.
Claro.





Brian se encontra no escritório da editora.

Recebe um e-mail de Alma.

Ola meu amor. Faz tempo que você se foi de mim!
Não mais me amas? Sabe...
Às vezes fico pensando, se esta vida é minha!
Vive-se dentro de mim a alma Se o fogo da paixão se apagou neste coração! Não mais me ama! Amou-se um dia alguém. Se os amantes serão amanhas? Se existirão ontem, foi mesmo realidade. Se o hoje, é dádiva do passado, se é real esta vida em que vivo utópica. Se meus olhos não vêem alem das aparências os seus. A luz que inda existe nos meus olhos... serão capaz de fazer-te voltar pra mim! São tantas as minhas perguntas! Se é que existe ai neste coração uma razão pra amar-me. Que seja então o agora pra reatarmos nosso namoro mal iniciado de adolescentes. Fico eu a pensar sobre o amor... Se realmente foi claro, ou apenas uma metáfora. Talvez seja assim, ou foi este intento que me moveu a escrever-te hoje. Fui comovida pelos anos de nossas vidas. Nunca é tarde pra quem se ama. Esperarei por você por toda minha vida. Inda que não seja nesta. Abraços. Alma.


RESPOSTA;

O tempo me deu temo pra pensar;
Agi.

Não vale a pena tentar novamente o que não deu certo no passado.
Não te amo mais.
É tarde pra reatar o impossível desta que chamo de paixão pervertida.
Amor de um só, não cola.
Não é possível este amor.
Pra dizer a verdade... É tarde demais!
Será que acha que vou cair aos seus pés?
Que me arrastarei por seu amor?
Engana-te. Quem bate não se lembra do acontecido, mas quem apanha de tudo se lembra.
Ass. Brian.

“Depois enviou assim estes dizeres”.
Talvez no mundo tivesse agido, a se lamentar uma reles metáfora.
Seria uma “incógnita na minha vida”.
Já acostumaram meus olhos sem os seus.
Ele encontrou graça noutros.

Heyd se aproxima de Brian.

- O que tanto escreve meu amor?

- Venha ver!

É Alma!
Andas atrás de quem não a quer?
És meu!
Amor, ela ainda te ama.
Não dela este seu coração.
Se ela quer briga, terás.

- Não terá este gosto de me envolver com Alma.
Veja minha resposta.

Heyd lê atentamente o e-mail e a resposta de Brian.
Tão foi seu espanto que o abraçou imediatamente.

- Isto é o Maximo meu amor!
Aquela uma, não mais existira entre nós.

- É de fato não nos restou vestígios algum desta relação, se eu me apaixonei por você.

- A é?? Hum!!!
Que belo amore mio!

- Olhe Heyd, recebemos resposta da fabrica de maquinas. Terminaram de embarcar em beaga o restante dos materiais da editora. Agora, nos resta dar continuidade. Coloquei um anuncio de contratação! Quero que estejam aqui pessoas que se dedicam ao oficio de editores. Faremos convites via jornais, e-mails. Dentro de dois, ou mais dias estaremos a todo vapor. Estão chegando também os computadores. Você vai entrevistar todos.









XVI

Heyd esta com a relação dos possíveis funcionários da editora. No primeiro ano, já é sucesso garantido. Muito trabalho e perseverança na editora. Brian acolhe noticias de todos os lugares, tanto foi o sucesso, tal qual foi, Que criaram uma revista de literatura, cuja área voltada aos alunos das escolas de beaga. Pequenos escritores, grandes poetas. Foi assim que se deu o maior investimento da editora de Brian & Heyd. Deu-se o primeiro de muitos outros, o festival de poesias de beaga na praça da estação. Bem perto da linha férrea. Com apoio da estrada de ferro Vitória Minas. Muitos livros, doados pras escolas, e seus poetas orgulhosos com o evento. Se Minas acordasse pra este intento, dizia seu respeitado editor Brian; Se Minas acordasse pra este intento, não haveriam rascunhos empoeirados em nossas gavetas. Se isto fosse possível, mas será que nossos governantes querem acordar pra literatura brasileira? Acredito que existiriam menos papeis engavetados, e nossos pequenos grandes poetas não precisariam se rebelar! Não haveria uma só inspiração que nós não as colocássemos a prova. “Minas dos poetas, acordai” Enquanto é tempo. Esta beaga tem muitos poetas, atores anônimos. São como a fênix em cada esquina da vida. Terminou seu discurso, do qual foi aplaudido, foi o prefeito entregar-lhe a chave da cidade dos poetas. Criada a partir dali. Declamava-mos nossos poemas em praça publica. Era uma euforia sem medida, quando éramos esperados. Não era ano de eleições deixa claro este movimento é criado pela Editora Brian & Heyd.







XVII

Pai? Porque me abandonastes? Tiveram que ir a Valadares, implantar o mesmo projeto, o pai de Brian faleceu. Deixou Brian filho único de seu casamento, uma pequena fortuna em imóveis e o que mais importava naquele dia, era mesmo, chorou lagrimas de rio. Os sentimentos de Brian. Heyd o acompanhou de perto todo o tempo. Chorou lagrimas de rio. E lá estava Alma, veio e o abraçou, deu-lhe os pêsames, depois se distanciou deles. Alma ainda trazia o semblante duma romântica e sedutora mulher. Estava só, não mais que outros, ela tinha amizade pela família de Brian. Viveu junto deles, mesmo quando tudo era a principio uma pura inspiração de amor, ela conteve ao ver Heyd de mãos dadas a Brian. No enterro de seu pai. Brian era filho único! Leria testamento dias depois. Seguiria os pedidos de seu pai. Seu pai era generoso, amava a literatura. Deu a Brian certa quantia pra se dedicar à literatura. Em determinado tempo, cada qual se foram pras suas casas. A perda do ente querido era visível naqueles rostos. Brian e Heyd voltaram pra beaga. Antes, pois, dera a Lion, incumbências de dar cabo de implantar imediatamente os planos da editora em Valadares. Estando em beaga, Brian e Heyd, se colocaram diante os trabalhos da editora.





- Heyd!
Tenho uma novidade pra você!
Quer dar um passeio?

- Oba! Aonde iremos meu amor?
Espere, deixe-me adivinhar!...
Levar-me-á ao parque municipal.

- Não! Vamos sair um pouco disto tudo aqui na cidade!
Vamos até a cidade Igarapé.

Igarapé?
Onde fica esta cidade meu amor?

- Fica a uns kilometros daqui.
Ficaremos em um sitio, de um amigo meu.

- Ótimo! Farei nossas bagagens.
O que devemos levar?

- Levemos apenas roupas! Ficaremos alguns dias de férias.
Depois de lá, faremos um tur até o nordeste.

- Nordeste? Praias?
Ula, lá!!
Aqui vamos nós.
E o carro? Fez revisão? Estão falando que as estradas de Minas Gerais estão uma droga!
Cheia de buracos por tudo quanto é lugar.

- Meu amor! Vamos de ponte aérea!
Já reservei as passagens pra daqui a quatro dias.

- Merecidas férias?
Vou adorar ficar todos estes dias com você Brian.

- Esta pronta? Vamos embora?

- Sim! Coloquemos-nos a caminho.


Eles saem pela manha, e chegam ao referido sitio. Fica perto de Igarapé. Antes de chegar à cidade, vira a direita, entra numa estrada, depois de dez minutos. Eles chegam ao sitio. Uma morada confortável, com um reservatório abundante de água potável. Peixes, pássaros cantando. Uma morada rústica, picina, campo de areia, e outro de gramado. Muitas frutas, apenas um jardineiro, amigo de Brian, vem lhes recepcionar. Entrega as chaves, e depois se dirige a sua casa que fica bem distante do sitio.

- Brian!?
Vem ver, tem uma cama redonda aqui nesta suíte.

- Já sabia amor!
Mandei fazer pra nós!

- Como?
Diz pra mim! Sabia que viríamos aqui?

- Sim! Esta morada é nossa.

-Nossa! Verdade?
Como assim? Nostra?

Minha e sua! Não nos casaremos um dia?

- Verdade?
É uma surpresa pra mim, amor.

Comprei-a num destes leilões públicos que a cargo políticos estão parados em beaga.
Fechei o negocio depois que vim de Valadares, após a morte de meu pai. Era meu sonho ter um sito para passar férias, pescar, colher frutos, deitar e rolar, tomar um suco debaixo duma destas inúmeras arvores. O “Recanto dos Poetas”

A noite se aproxima no Igarapé! Céu estrelado, o silencio, os vaga-lumes sobrevoando a casa, davam uma magia sem igual. Brian e Heyd, sentados ao alpendre, relembram os dias decorridos na editora. Tem saudades de Valadares, do clima ameno. Das noitadas a beira do rio doce.

- Amor!
Beija-me.

Pediu Heyd.

- Sinto algo doer meu coração! Como se não mais o teria.

- Como assim Heyd?

- Um pressentimento estranho me bateu o coração.
Algo que esta por vir, que não se sabe!

- Vem comigo amor!
O frio da noite pode estar de fazendo mal.

Eles entram para o quarto. Tomam um banho e relaxam na banheira. O luar da noite entra pela janela. Eles se deliciam com aquele momento, entre beijos, se amam o que se sabe, é que eles não querem perder tempo com pensamentos agourados.

- Meu amor!
Serei sempre sua, ainda que o mundo traçar caminhos deferentes dos que almejamos. Amo-te como quem ama sem limites pra iniciar e terminar-se em orgias de amor. Morreria sem teus beijos em minha boca.

Heyd prepara o coração, como quem prepara uma viagem sem volta. Tão logo temia aquela viagem pra Valadares, já marcada para o amanhecer. Fizeram amor até tarde da noite. Depois foram se deitar. Brian tomou de mão uma taça de vinho, brindou o amor deles, depois olhou o riacho que corre lentamente a uns metros de sua propriedade. Corria manso, se ouvia apenas poucos pássaros cantarem. A lua era alta.


Dia seguinte, eram dezoito horas.


- As malas estão prontas amor!
O Dr. Abrantes e sua esposa nos aguardam no aeroporto.

- Verdade Heyd, ia me esquecendo de que eles vão conosco. Será que o Heitor, esta no aeroporto? Dei-lhe um relógio de presente, igual ao meu. Será que esta usando? Quisera tanto ter um, aproveitei pra comprá-lo, dar-lhe de presente de aposentadoria. Moderníssimo, com radio, celular, é uma pulseira do tipo James Bonde. Diz-me que esta se aposentando, e que traria um co-piloto com ele. Apresentar-nos-ia ele.


- Verdade! Falou-me mesmo de sua aposentadoria, que depois deste vôo, irá cuidar do sitio de sua família em Valadares. Que seja assim seu desejo! Trabalhou-se tanto por isto.


Meia hora depois eles se encontram no aeroporto. Senhor e senhora Abrantes. De malas prontas. Eles fazem parte da cúpula redatores de um renomado jornal de beaga. Estariam de viagem a trabalho. Não tarda, e eles decolam.

- Ola comandante! Esta aqui seu presente! Coloque-o!

Não precisava Dr. Brian! Mas muito obrigado! Farei gosto em colocá-lo.
Vesti-a roupas jeans, o comandante! Brian não ligava pra uniformes mesmo.

- Vamos então?

Aqui é o comandante Heitor da aeronave AC 4.9 de propriedade do senhor Brian,
Nosso destino é Valadares, levamos seis passageiros, contando com meu co-piloto, o Junior.























XVIII

Minutos depois em Valadares.

- Comandante, fez o que lhe pedi?

- Sim Dr. Brian.
Estou pronto, é só dar as ordens.




- Biem!
Estamos já sobrevoando o local.
Podemos deixar cair às pétalas de rosas.


Neste momento, uma chuva de pétalas de rosas de todas as cores cai sobre o cemitério de Valadares uma homenagem a seu pai que havia falecido fazia dois meses. Depois isto, ligou para Lion. Dizendo que estava chegando, e se havia feito o que lhe pedira. Brian queria que ao amanhecer todos vissem as pétalas no cemitério.

- Claro que sim! Todos os livros já se encontram nas ruas de Valadares conforme pediu.

- Esta bem!
Por enquanto obrigado.
Vemos-nos assim que chegarmos.

Uma chuva de livros é despejada na cidade. As bancas, as escolas de todos os bairros estariam naquele momento recebendo exemplares do primeiro livro de Brian, juntamente com um manifesto de ultima hora. “Um incentivo a literatura.” ““ Liberdade de “expressão” “O Tesouro dos Vallesteros” era distribuídos gratuitamente ás escolas. Obra de Brian. Brian pediu ao piloto, para sobrevoar o ibituruna. E este o fez, mas....
Uma pane nos motores e o inferno começam.

- Doutor a aeronave está caindo! Uma ave entrou dentro do motor, vamos cair.

- Segurem - se!

- Aqui é a nave. ªC 4.9 estamos rumando ao pico do ibituruna, os controles não obedecem. E não há como pousar a aeronave.
Temos alguns passageiros, são eles. O Dr. Brian, Heyd, Abrantes e sua esposa de nome...



Brian trancou-se em suas filosofias de vida, deixou-se abandonar-se pelo destino.
A ironia expressa o funesto sentido desta viagem. Dão-se as mãos e ora o quanto podem. Ouve-se um estrondo, e tudo veio por terra. A aeronave explodiu ao se chocar com a montanha. Um choque surdo sacudiu a aeronave, uma cortina de fogo assolava tudo. Valadares viu o desastre acontecer. Foi um clarão que assolou a noite adentro. O resgate fora acionado. Era de difícil aceso. Tudo terminara ali. Um desastre não esperado colocara fim nos sonhos de Brian. Algumas horas depois. Dentro da noite escura, procuram o que não mais existe, os bombeiros de resgate. Infinitamente buscas, até que encontram no seio da selva, obscuras. Destroços da aeronave. Vários corpos estendidos na planície. Lion foi ao resgate de seus amigos. Este ouvira pela ultima vez, dez minutos atrás. Agora, o fogo tomou conta de sua carcaça. Tudo esta perdida meu Deus!! Gritava desesperado Lion.

-Brian!!!
Brian!!!!!

Seus gritos foram em vão! A poucos metros dali, encontraram corpos carbonizados.
Pelo visto, eram os de Brian e Heyd de mãos dadas.

- Como era possível meu Deus!
Estava falando com eles agora mesmo! No entanto, estão mortos depois.
Não aceito estas mortes meu senhor! Deus!! Traga-os de volta.


Ele chorava feito menino.
Sua lagrimas de nada adiantavam. Seus amigos estavam mortos. Encontraram a caixa preta dez metros da aeronave. Tal era a hipótese, mais favorável ao encontrarem a caixa preta que esquecerem dos outros corpos, mas tarde, os encontram. Cinco ao todo, foram os que encontraram não se sabia mais nada. Somente depois que decifrassem a caixa preta, saberiam mais detalhes do acidente. Não se sabe ao todo, quantas eram mesmo os tripulantes da aeronave AC 4.9. Se existe outro tripulante? Onde estaria? Eles são levados para serem velados no cemitério da Paz. Havia choros, Alma, pirou de vez! Estava tudo acabado, seu amor, suas esperanças de, Ter Brian pra si, eram inúteis agora, se já era morto seu amor. Mas no fundo, não conformava com esta morte tão grotesca.

































XIX

Foram feito o enterro das vitimas do acidente que matou cinco pessoas, uma delas,
Diretamente era Brian, pois encontraram a pulseira que tanto usava no braço esquerdo.
Lion, a reconhecera de seu amigo Brian. Era ele, estendido na mata selvagem do pico do Ibituruna. Alma chorou rios de lagrimas por seu amado. Dias e noites, não saia da beira do rio. Lembrava sempre do que Brian lhe falava. Tem muitos nativos naquela montanha. Um dia destes vou até lá e desvendar este mistério que ronda este pico. Os outros são; Heitor, o piloto e Abrantes e sua esposa, Brian, Heyd. Foram analisadas estas mortes. Não restando duvidas algumas. Na verdade, esperaremos resultados mais convincentes da caixa preta. Era o que dizia o comandante da ação resgate.
O resultado saiu dentro de cinco dias. Era seis, a tripulação do avião que se chocou com a montanha. Onde estaria o outro ocupante da aeronave? Alma passa noite e dia olhando pra serra do ibituruna.

Sexta-feira, vinte horas.
São cinco dias após o acidente.
Alma olha fixo pra serra, vê uma fumaça subindo.

- Brian? É Brian! Eu sei, ele esta lá na montanha me dizendo que vive. Brian não morreu! Ele esta lá na montanha. Ela sai correndo feito louca e avisa Lion. Do qual acha que a amiga esta ficando louca.

-Lion!!!!
O Brian esta vivo!

- Que Brian Alma??
Sabemos qu ele esta morto!

- Lion! Ele me disse que, se algum dia estivesse lá, me avisaria com sinais de fumaça.

- E você acha que vou acreditar nisto?
Eu vi a pulseira no braço dele. Era Brian.
Mas se tratando de quem você é, vou dar-lhe credito.
Vamos montar uma companhia e ver isto de perto.








XX

Eles saíram às vinte horas e trinta minutos de sexta-feira. Lion, Alma que não se conteve, Mundico, o Carlos fuzuka. Amigo pessoal de Brian. O fio maravilha, todos eram amigos de Brian. E também cinco guardas mirins. Eram todos cheios de esperança de encontrar o amigo vivo. Um raio de loucura era o que imaginava Lion. Mas caminhava rumo a serra. Lanternas nas mãos e um cão de caça, tudo o que eles tinham para encontrar Brian, ou quem quer que esteja lá. E se não for Brian? Se por lá estiverem os nativos? Alma pode estar enganada. Eles chegam ao pé da serra, tem uma trilha estreita, sem iluminação alguma, mato fechado, capim meloso. Era tudo que se via pela frente. A luz que refletia, já não mais estava lá. O que acontecera? Cansou de esperar? Alma estava com sede de tanto andar. Pede para parar um pouco, era noite escura, não se via nem um vaga-lume pra contar historia. Somente alguns curiangos lhes faziam visitas pela estrada estreita da serra. O trabalho era árduo! Cansativo, extremante perigoso. Mas eles sabiam disto. Lion, por medida de segurança, levou uma arma carregada de balas, um facão, e algumas foices. Não se sabem ao certo, o que tinha lá. Um urro dentro da noite assola o lugar. Eles haviam esquecidos deste detalhe. As onças da serra.



- Calma gente!
Esta longe daqui, não nos vê! A fogueira lhe espantará.
Fiquem todos perto um dos outros.

- Tenho medo!

Disse Alma.

O Brian me contou que elas devoraram dois meninos que vieram acampar aqui.
Nunca mais os viram. Aonde a mata é densa, não se deve ir lá.

- Mas...
E se Brian, ou o sobrevivente estiver neste local que diz você?

- Deixe estar! Nada disto é verdade!

Disse Mundico.

- Já vim aqui por vários anos, acampei sozinho nesta mata, e nada vi! A não ser uns curiangos voando pela estrada à noite.

- Esta valendo.

Disse Fio.

- Mas onde uma, ou duas pessoas falam a mesma coisa! Deve ter um fundo de verdade. É melhor termos cautela. Já são vinte e duas horas, vamos prosseguir o caminho pela encosta direita.


Eles se levantam e seguem a jornada. Se existe esperança, esta é a hora certa de buscar. Alma vê a fogueira, uma minúscula cortina de fumaça. Acende os olhos de Alma.

- Ele esta vivo! Sinto que esta. Vamos meus amigos, resgataremos meu amado Brian.

Vamos pessoal!
Brian....

Fuzuka solta um grito de euforia.

- Meu irmão, meu irmão estamos chegando.

Eles encontram os destroços da aeronave. Depois se dirigem para um penhasco adiante. Pedaços da aeronave C.4.9 por todos os lados. Alma busca por todos os lados, quando vê o triangulo que Brian dizia ter uma passagem secreta até o topo da montanha. Carlos Fuzuka, também conhecia aquela passagem. Seguiu na frente, sendo acompanhado de perto pelos seus companheiros de aventura.

- Tenha calma! Se Brian estiver aqui, o encontraremos.

Disse a Alma.

Ela esta aflita, seus batimentos cardíacos aceleram. Por onde andará Brian? Era o que perguntava seu coração apaixonado. Eles encontram a entrada da caverna.

- Fuzuka!
Estamos entrando em área de risco! Não acha melhor nos armarmos.

Não levaram muito tempo para descobrirem uma subida ao topo da montanha, ou, provavelmente, a parte plana do pico do ibituruna. Caminham por meia hora, encontram vestígios de vida.

- Brian! É ele.
Sei que esta aqui em algum lugar.

- Lá esta ele!

Disse Carlos.

- Onde?
Ali!..
Vejam.

- É mesmo Brian.
Disse eufórica Alma.

-Vamos tirá-lo de lá!

Ao que o caro leitor pode perceber, Brian estava caído num desfiladeiro de uns trinta metros, recolhera-se perto da clareira, onde havia uma cachoeira. Havia restos de comida, e algumas frutas. Mas? Quem lhe tratou as feridas? Será que são as criaturas da mata? Era o que se perguntavam todo tempo.

- Vamos descer até ele.

Brian os reconhece, e emocionado, abraça Alma.
Carlos, depois Mundico, seguido de Fio. Todos estavam contentes agora.

Brian pergunta.

- O que foi feito dos meus amigos??
Onde esta Heyd? O capitão? Onde estão todos eles?

- Brian, daquela viagem...



XXI

O suspense foi interrompido com a chegada do resgate. Aflitos em saber das noticias, Brian tem um ataque cardíaco e cai ao chão. Um helicóptero o leva as pressas para o hospital. Alma foi com ele. E quanto aos seus amigos, descem à montanha, sabendo do ocorrido. Agora, felizes por Brian. Quando estão pra saírem...

Fiuiiiiiiiiii!!!!

- O que foi isto??
Perguntara-se Carlos.

- Um assovio, e veio daquela direção!

Apontou Mundico sentido a montanha.

- Rápido! Vamos sair daqui o mais depressa possível!
Deu-me um arrepio de repente.

- Os nativos!
Eu sei! São eles que assoviaram.
É melhor irmos mesmo.

Eles tratam de sair a tempo. A noticia de terem encontrado Brian vivo, foi o assunto comentado por toda Minas Gerais. Era querido por onde passava. Sua mãe que chorava sua morte, agora chora pela sua vida. Brian teve um ataque cardíaco de risco, mas fora atendido com urgência, depois recomendado, foi visitado mais tarde pelos amigos que o resgataram na mata. Brian acordou no Hospital, chorava ao saber que Heyd e seus amigos morreram. Chorou toda a noite, não mais parou até a chegada dos repórteres. Após todo o acontecido, era hora de contar seus feitos para sobreviver na mata. No pronto socorro Uma entrevista coletiva era montada.

-Sabe,

Disse aos repórteres de plantão.
Pedia insistentemente aos repórteres.

-Como o senhor não foi devorado pelas feras, que dizem existir no pico do ibituruna?
E como teve comida, e seus ferimentos?
Quem os cuidou?

- Feras? Não as vi!
Eu mesmo assei e cacei minha comida!
Encontrei um baú de primeiros socorros na caverna.
Depois, podem deduzir o restante dos meus dias.
Sete dias foram contados depois do desastre.

- As frutas? Como o senhor fazia pra chegar até elas, se estava ferido?

- Verdade?

Indagou outro repórter.
Mas Brian, nada disse a este respeito. Prometera aos nativos do ibituruna, que guardaria segredo de sua existência. Disse que era possível, pois não havia quebrado nada no corpo, e que apenas. Estava desacordado, e alguns aranhões. Quanto à parte da comida? Era do avião. Antes de embarcarem, naquele vôo, havia separado bastante reserva de frutas do sitio de Igarapé.

- É verdade que existe uma tribo no pico do Ibituruna?

- Não sei!
Nem os vi.

- Mas... Como se explica sua sobre vivencia?

- Nada a relatar meu caro!

Depois disto. A hipótese de que a lendária tribo, era apenas imaginação do povo de Valadares. Não poderia ser descobertos. Nada mais. Uma saliência de terreno encobria a entrada da caverna, e pra chegar até lá, uma corda era. Arremessada por um nativo de guarda. Ele nunca fugia quando alguém se aproximava, dava um assovio longo, outro imitava o urro de uma onça.

Mas agora, tudo esta resolvido. Deveria a justiça, que ora tinha dado como certidão de óbito a Brian, agora dar merecido lugar de descanso a quem era devido dar.
O morto agora, era o co-piloto de Heitor. Perguntou Carlos

- Onde esta Alma?

- Disse que ia até o cemitério ver Brian.

- Como? Brian? Ele esta aqui.

- Alma fez uma lápide com os seguintes deferimentos;

“Nick of time”
Tempo esgotado.


Um dia o amor tornará “este em realidade” era assim que a psicóloga advertia Brian.
Dará lugar a este coração, o verdadeiro amor.


Pensou nisto Brian e foi procurar Alma.

Minutos depois, Alma esta sentada aos pés da lapide suposta de Brian.
Foi quando ele se aproximou e disse;

- Sabes que não estou ai!!
Por quem procuras?

- Um dia amei um homem! Acho que o enterrei aqui, juntamente com meu amor.
Vim dizer-lhe que o amava muito. E se tivesse outra chance, faria deferente desta vez.
Sairia com ele pelo mundo! Onde fosse iria com ele.

- Se este ainda vivesse!...
Dirias isto a ele?

Sim!
Se me amasse ainda com o mesmo fogo que me amava antes. Sim, iria com ele.

- Digo-lhe que ainda este homem de quem fala com tanta ternura... A ama.

Ela se levanta, e o abraça, tremula sem ter mais o que dizer, apenas balbucia;

- Amor da minha vida! Morreria por ti.

O amor retorna a estes corpos sedentos. Em tempos de chamas ardentes, se coloca mais lenha na fogueira e a deixa queimar-se. Pra dar novo rumo. Novo alento.
Disse:

-Este do qual a convida pra um jantar no automóvel clube, ainda esta noite.
Aceita?

- Se for às minhas condições, sim.

- Diga-as!

- Diria que me aceitaria? Desposar-me-ias?

- Dirias que são muito mais meus sentimentos por você!
Qu’eu te amo! Disto não existe outro mais. Eu te amo Alma, mais do que já amei. Olho nos seus olhos que me vêem neles. A razão que vivo é prova convincente. Que sejas! Deveras o meu grande amor. Ia mesmo pedir que me acompanhasse.
Posso pega-la às vinte horas?

- Sim!
Às vinte horas.

























XXII

Transformaram o jantar em numa noite inesquecível.
Iniciaram pelo combinado. As horas foram de prazer, de amor, de parceria, de fidelidade.
Eles se abraçaram na entrada do carro, desde todo momento em que estiveram juntos.
Foram depois para um salão de festa, dançaram, se divertiram à custa do tempo.
Era alegria a olho nu. Ao passo que de pé, Caminhou até o pianista, pediu um fundo musical. Depois disto deu-se o pedido de casamento em poesia a Alma.
























Sonhei
Que
Ouvi
Me dizendo sua voz....
Que
Eras minha!
Qu’eu
Era seu.
Que
Éramos
De
Nós
Luar...
Não muito além
Mas...
Distante.
Um
Vulto
Dentro da noite a brilhar
Eram
Seus
Olhos
Tal
Qual
Diamante
Nas
Noites
Sem luar.
Quisera eu poder sonhar
Que
Um
Dia destes
Seu
Amor
Hei-a
Pôs
De
Conquistar.





Houve um silencio repentino, só se ouvia o solar do piano.

- Com este poema lhe peço em casamento...
Alma... Minh’alma.

Eles se beijam. Dão se as mãos. Trocam as alianças Depois no cair da madrugada, resolveram ir até o centro, que fica do outro lado da ilha. Desceram pela ponte, deu-se com o centro de Valadares. Estacionaram o carro, ali perto do jardim da prefeitura.
Muitos transeuntes ainda estavam por lá. Era dia de festa na cidade. Estava tocando uma balada na praça. Embarcaram nela. Divertiram-se a todo vapor. Mas a noite inda era criança, eles nem começaram ainda.

- Brian!
Não me iluda meu amor! Tudo é tão...magnífico!

Brian tomou-a pela mão, estendeu-lhes os lábios Alma.
Beijou-a como nunca antes. Aos poucos a tomou pela mão e a conduziu ao carro.
Depois, apanhou uma flor branca do jardim, colocou-a nos cabelos de Alma e se dirigiram ao Bit Palace Motel. Fica um pouco distante da cidade, precisamente na entrada.
Depois de um jantar á luz de velas, uma balada a dois. Dá um friozinho na alma ouvir desta boca declarações de amor. Tudo de bom.

- Quero ser sua! Nua, Inteira, como nunca fui.

Foi à primeira coisa que aqueles lábios sedentos de amor pediram.
No solar, uma suíte os aguardavam. Num luxo sem igual. Um banho de espumas.

-Alma....

Sem dizer uma só palavra a mais. Deitou ao lado dela, beijou-a, desnudou-a com os olhos.
Despiu de suas roupas. Depois aos poucos foi dando forma a sedução inevitável daquele sentimento Rompido pelo tempo, unido pelo amor. Foi tão sincero quanto pode, não existia mais o que dizer, senão deixar falar, O amor deles, um amor inflamável.
Aqueles corpos deitaram sobre o outro. Alma vestiu um lingerie azul escura, peça intima mesma cor. Deixaram as amostras belos seios turbinados, coxas e silhuetas indescritíveis.
Brian sentou-se ao pé da cama, era redonda, ao seu lado uma jarra de gelo trazia vinho importado, depois ao toque do prazer, encheu-se de estrelas o teto espelhado.
Aos lados, luzes adornavam a suíte. Não se ouvia nada, alem dos sussurros, os gritinhos de Alma aos ouvidos de Brian. A noite era deles, não, mas de outrem. O amor tende a ser cego, à medida que se ama muito sem medo, sem fronteiras. Hoje o amor entrou nestas almas. Beijou aquela boca como se fosse a ultima, abraçou aqueles braços, como se fossem.
Últimos de sua vida. Brian nem de longe esperava um pedido de Alma.
Deitou o corpo encima do dela, que se contorceu de tesão. Beijou a sua intimidade, que a fez estremecer a alma. Gemidos eram arrancados de ambas as partes.

- Amor!

Ela começou a chorar.

Por um instante, ele não entendeu o motivo!
Deu-lhe as mãos e as beijou. Deu-lhe uma pegada derradeira, arrancou arrepios.
Ela arrastou-se pra cima dele, gingou o corpo, depois por alguns minutos, desmaiaram de amor àqueles dois.

- Alma sabe que te amo muito!
Case-se comigo.

- Verdade? De corpo e alma?
Rsrsr.

- Agora mesmo.

Aceito foi tal pedido.
Brian beijou-a novamente.


No dia seguinte, a noticia se espalhara! Brian e Alma vão se casar. Lion quando soube, ligou imediatamente ao amigo. Tão prazeroso era este intento. O qual Brian lhe pediu pra dar continuidade Na editora, depois que voltasse da lua-de-mel, tomaria posse dos trabalhos.








O CASAMENTO DO ANO



Foi um casamento de poucos convidados.
Festa fora marcada a data, foi então realizado. No Garfo Clube, ao pé da ilha dos Araujos.
Foi que a noite caía em estrelas, que se foi realizado debaixo de tanta energia o casamento de Brian e Alma. Foi que Brian e Alma se fizeram verdadeiramente, esposo e esposa debaixo de muito amor. Alma recebeu das mãos do amado, um diamante azul, dos belos brincos de ametistas. Ao termino da cerimônia. A festa adentrou a noite. Antes mesmo que o dia fosse visto, eles seguiram o destino.













Enfim sós!
O amor tomou conta de dar cabo do destino deles, era o que dizia Alma, dentro do Maverick de Brian. Algumas latas se arrastando pelas ruas de Valadares.
Rumaram para o nordeste do Brasil. O litoral nordestino cheio de suas fantasias. Magia, luares, Barcos a vela, água mineral, baladas e muito vinho. Caminhada na praia fará deste amor o gosto de tanto tempo perdido. Aquele lugar vai ficar pequeno perto de Brian e Alma. Uma garrafa de Red Label para brindarem o casório. Não esqueçam os leitores, que beber ao volante, é crime, Brian segue sóbrio seu destino. É uma reserva pra uma para uma noitada de amor. “O amor é pra ser vivido sem medo da embriagues, tal qual o vinho”. Pois o mesmo não tem fronteiras, nem sempre é solução...
Mas tem muita sedução.

O amor é insondável, não tem cheiro, nem sabor, só quem sente, sabe de sua força poderosa. Aquelas almas foram feitas uma para a outra.

Como és bela e graciosa, é o meu amor, ó minhas delicias!
Teu “porte assemelha-se ao da palmeira, de teus dois seios são os cachos.” “Vou subir á palmeira, disse eu comigo mesmo, e colherei os seus frutos” sejam-me os teus seios como cachos da vinha.
E o perfume de tua boca como o odor das maçãs; teus beijos são como vinho delicioso que.
Corre para o bem-amado umedecendo-lhe os lábios na hora do sono.
(cânticos dos cânticos 7.8 versos 7,10).




Atos do autor


Esta obra foi idealizada antes mesmo de existir a
0 Academia de Letras dos Poetas de Minas Gerais.
Ainda não existe, existirás.
É apenas um alerta. A preservação do pico do Ibituruna é uma obrigação de todos. Muito do que escrevi de certa forma tem um fundo de verdade. Por quanto, deixo que pensem que é uma obra fictícia. Fui criado em Valadares, vi esta montanha pegar fogo. Aquilo me doía o coração. Por tais procedimentos desumanos é que apelo pela preservação desta montanha, tanto é minha quanto de todos preservar a natureza.
Quando se visita Valadares, quase sempre, se via o córrego do onça! Hoje um amontoado de estrumes em direção ao rio doce.
Um poluiu o outro, que poluiu o mar que os devoram.
Não basta o que já chorei pela morte do córrego do onça.
Acorda Valadares, antes que te tome escravo da civilização.
Enquanto é tempo. Falo que é obra sendo emotiva, não são reais certos ditos.
Sempre empolgou minh’alma com amores impossíveis, mesmo se tratando de Brian e Alma, tem jeito. Principalmente quando eles são apresentados descontraídos, como o fiz aqui. De certa forma, esta obra tem sua pegada de razão. Viveu-se amor igual meus momentos de vida. Inda que não foi concretizado por inteiro, de certa forma o foi.
Amei Alma.
















FIM

Anthonny Guimaraes Ramos
Tonnypoeta
Ano de 1980